Star Trek: Discovery 4x05 – The Examples

Recriação do DMA.

Em cada temporada de “Star Trek: Discovery”, a Federação precisa enfrentar algo que pode destruir todo o universo… na temporada passada, a Combustão foi algo tão grande que meio que “resetou” toda a Federação, que está engatinhando ainda enquanto tenta se reconstruir, e agora estamos lidando com a Anomalia, sobre a qual eles ainda têm poucas informações… no último episódio, a tripulação da USS Discovery perdeu uma de suas personagens mais queridas, Tilly, que assumiu uma posição de professora na Academia, e o restante da tripulação está agora prestes a partir em uma jornada perigosa próximo a uma força que tem a capacidade de destruir mundos inteiros em segundos – como fez com Kwejian. “The Examples” é um episódio bastante humano de “Star Trek: Discovery”, com focos interessantes, mas que não perde o tom introdutório que venho sentindo nesses cinco episódios…

Stamets é um dos cientistas responsáveis pelo estudo do DMA, como estão chamando a Anomalia, e ele faz uma descoberta interessante (embora já fosse algo de se esperar) no início do episódio: a Anomalia não é algo natural, mas algo criado e controlado por alguém. Ele está estudando a Anomalia quando ela desaparece e reaparece 4.2 segundos depois em um ponto extremamente distante da galáxia, desafiando todas as leis da física que eles conhecem e provando que, o que quer que seja, não pode ser natural. Então, a Federação resolve enviar para a USS Discovery, para trabalhar com Stamets, um cientista de quem Stamets não gosta muito, por motivos que fazem muito sentido: Ruon Tarka é quem está estudando o motor de esporos e tentando reproduzi-lo para todas as naves da Federação, mas ele nunca se dignou a falar diretamente com Stamets.

E, quer dizer, isso é algo do Stamets!!!

Não sei o que pensar de Ruon Tarka, mas acho que o personagem não está ali para ser gostado de fato. Inteligente, mas com uma maneira arrogante e peculiar de demonstrar isso, ele faz alguns avanços ao lado de Stamets em uma pesquisa acompanhada de perto por Saru (que é sempre maravilhoso, diga-se de passagem), mas não chega a nada conclusivo – e o episódio faz questão de nos mostrar que suas intenções não são claras e muito menos confiáveis. Em uma conversa com Book no fim do episódio, na qual ele parece estar escondendo algo e disfarçando, Book fala sobre a maneira como ele parece ter alguma ideia de quem está por trás do DMA, mas Tarka age como se isso não fizesse sentido… o foco na sua tatuagem na nuca, a expressão de Book e a maneira meio ameaçadora como Tarka fala que “foi um prazer conhecê-lo” nos deixa desconfiados.

Enquanto Stamets e Tarka estão recriando um modelo em miniatura da Anomalia (que a USS Discovery não consegue sustentar, o que quer dizer que a energia usada para o verdadeiro DMA deve ser assustadoramente imensa), Burnham e Book saem em uma missão até uma colônia que está prestes a ser destruída pela Anomalia, e tudo parece bastante pessoal para Book: ele quer salvar aquelas pessoas como não pôde salvar a família em Kwejian. O episódio tem cenários belíssimos, como sempre, uma pegada interessante de ação e, ainda assim, momentos reflexivos interessantes gerados pelos prisioneiros que não estavam sob jurisdição da Federação e que estavam presos ali injustamente há anos… e o prisioneiro que se recusa a ser salvo, no fim, porque acha que, diferente dos outros, merece estar ali. Então, Burnham precisa tomar uma decisão: respeitar sua vontade ou salvá-lo?

É interessante como isso gera um pequeno conflito entre Burnham e Book – Burnham sabe que não pode fazer mais nada se o homem não quer ser salvo, e que continuar ali vai colocar a vida de todos eles em perigo, mas Book acha que eles precisam salvá-lo de qualquer maneira… Book vai passar essa temporada toda lidando com o luto por Kwejian e, agora que sabe que a Anomalia foi deliberadamente criada, procurando quem criou o DMA, porque isso é pessoal. Estou gostando dos rumos e das possibilidades da temporada, gostei de ver o Dr. Coulber ganhando destaque (ele teve cenas bastante importantes e bonitas nesse episódio, e adorei o Stamets percebendo que ele não está bem… não vejo a hora de ver o Dr. Coulber se abrir), mas eu ainda acho que essa temporada de “Star Trek: Discovery” precisa de alguma coisa para engrenar de vez.

 

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