A Tale of Thousand Stars | 1000 Stars – Episode 9
“Eu estarei sempre com você”
DOR E
SOFRIMENTO: PARTE 2. Com uma hora e meia de duração e carinha de Finale, o nono
episódio de “1000 Stars” foi uma
montanha-russa de emoções, trazendo um pouco de alívio e alento aos nossos
corações machucados do episódio
anterior, mas logo em seguida desferindo golpes quase igualmente dolorosos que
eu temi que não pudessem ser remediados a tempo, e um final bonito e
melancólico que, felizmente, ainda não é
o encerramento de “1000 Stars” – tudo está muito lindo, certamente um dos
melhores BLs que eu já assisti, mas, ao mesmo tempo, eu realmente espero que tenhamos um final mais feliz que o desse
episódio. No episódio anterior, Tian contara a toda a aldeia sobre a morte
da Srta. Torfun, sua responsabilidade no acidente e o seu transplante de
coração, e quando tudo parecia desmoronar para ele, a situação piora…
Tian
descobre, na famosa “Colina Fantasma”, o lugar onde os contrabandistas estão
guardando mercadorias, e quando ele tenta investigar tudo sem a ajuda dos
guardas, ele se coloca em perigo e quase é morto por Sakda – felizmente, Phupha
chega para salvá-lo a tempo… e leva um tiro. A primeira parte desse episódio se
passa inteiramente no hospital, e é repleta de momentos muito bonitos,
surpreendentemente, o que me fez sorrir… o que parecia tão difícil depois do
doloroso oitavo episódio. Vemos Phupha precisando urgentemente de uma
transfusão de sangue, mas a conseguindo, e o Tian, mesmo levemente machucado,
preocupado com o amor de sua vida, dormindo abraçado nele na cama de hospital,
enquanto o Dr. Nam assiste aos dois e carinhosamente cobre Tian… é uma cena
simples e terna que me deixou confiante para o restante do episódio.
O Dr. Nam
tem uma conversa bem legal com o Tian quando ele desperta, pedindo desculpas
por ter contado ao Phupha sobre o transplante, e pedindo que, se ele quiser ter
raiva de alguém, que fique com raiva dele, e não do Phupha… então, Tian pede um
favor a ele, e Nam o leva novamente para ver o Phupha, em uma cena LINDA na
qual Tian conversa com um Phupha supostamente desacordado, pedindo desculpas
por tudo: por ter sido o culpado de ele ser baleado e por ter mentido… fala da
culpa que ele sente, de como parece que ele roubou a vida da Srta. Torfun e
como sabe, agora, que isso não foi certo, e agradece Phupha por ter cuidado tão
bem dele, e então pede que ele acorde de uma vez, porque quando ele está com ele, ele sente que nada pode lhe acontecer –
“Acorde e cuide de mim de novo”. Phupha escuta tudo e sorri.
Parece que
as coisas vão finalmente ficar bem entre Phupha e Tian… depois de Tian
confrontar o pai, ele tem uma cena intensa com Phupha, conversando com ele do
lado de fora do hospital, e Phupha pergunta se ele tem noção do quanto foi
perigoso o que ele fez, e Tian diz que “sabia que ele viria salvá-lo”, mas
promete que nunca mais vai se colocar em perigo dessa maneira… Phupha está um
fofo naquele momento, pede que Tian pare de se culpar por tudo, e quando Tian
diz que “Torfun não perdoaria”, Phupha fala sobre e tudo o que passou pela sua
cabeça quando ele achou que fosse morrer… a aldeia, todas as pessoas com quem
ele se importa, tudo o que aconteceu recentemente, e ele diz que é isso o que
importa: ele não pensou no que Tian fez, ele não sentiu raiva dele, e ele
acredita que Torfun tampouco sentiria… talvez
ela mesma o tenha escolhido para receber o seu coração.
“Me perdoe, Chefe. Me perdoe”
“Está tudo bem”
Fui iludido
– brilhante e cruelmente iludido por “1000
Stars”. Quando diz a Tian que “está tudo bem”, Phupha coloca a mão no seu
rosto e o acaricia com muito cuidado e sinceridade. Ele toca seu cabelo, seu
rosto, e quer que ele saiba que está
realmente tudo bem… com Tian quase chorando, Phupha pede que ele lhe dê um
sorriso, e é um dos momentos mais fofos que o casal compartilhou recentemente.
Antes de entrarem novamente para o hospital, quando Tian está se preparando
para empurrar a cadeira de rodas de Phupha, ele coloca a mão em seu ombro e
Phupha tem mais uma coisa para lhe dizer: retoma sua fala sobre tudo o que
pensou quando achou que ia morrer, e diz que pensou em mais alguém… que pensou nele. E, ao dizer isso,
Phupha segura a mão de Tian que está em seu ombro – é tudo o que ele vai dizer
por enquanto, embora houvesse muito mais para colocar para fora.
Acreditei
que essa primeira meia hora de episódio se perpetuaria, que, ainda que com um
tom de melancolia, veríamos as coisas ficarem finalmente bem entre Phupha e Tian, e eu fui pego totalmente
desprevenido pela descoberta dolorosa que Tian faz enquanto ainda está no
hospital: ele vê Phupha conversando com o seu pai, que o agradece “por ter
cuidado tão bem do seu filho”, e então parece que o mundo de Tian desmorona, e
o nosso também… nós criamos essa fantasia de que Phupha se importava com Tian,
de que Phupha cuidou de Tian como não cuidara de ninguém antes dele, mas, no
fim, talvez não tenha sido voluntário – ele provavelmente aprendeu a amar Tian
e a cuidar dele porque se importava,
mas era apenas uma obrigação originalmente, e isso parece, de certo modo, manchar um pouco a beleza de tudo o que
construímos…
Dali em
diante, sofri. Tian retorna para a aldeia com Phupha, mas o ignorando, e quando
Phupha o procura para perguntar o que está acontecendo e por que ele o está
tratando daquela maneira, eu queria que eles conversassem e se acertassem, mas
não é o que acontece: Tian pergunta como Phupha conhece o seu pai, e então
Phupha diz que “ele era o seu contato no Ministério”, o que quer dizer que Phupha sempre soube quem ele era… e cuidar
dele era seu dever. O pior é que Phupha DIZ ISSO, o que piora tudo, e eu
achei desnecessário. Tian pergunta se tudo o que ele fez foi por dever, e
Phupha responde com grosseria surpreendente ao perguntar se Tian achava mesmo que ele tinha tempo de ficar
ensinando para ele como lavar roupa e cozinhar… sério, O PHUPHA PRECISAVA
FALAR COM ELE DAQUELA MANEIRA? Sofri, passei raiva e não foi pouco.
O episódio
tenta o tempo todo nos mostrar que não é
bem assim e que Phupha sente algo por
Tian de verdade, mas eu estava bravo
demais para levar isso em consideração, mesmo com o Dr. Nam instigando o
Phupha e dizendo que não acredita que ele fez tudo o que fez só porque o pai de
Tian pediu, e o aconselhando a fazer o que realmente quer fazer, para não se
arrepender depois… Phupha está apaixonado, mas ele não quer começar um
relacionamento que ele acredita estar fadado ao fracasso, já que eles são muito diferentes. Na próxima aula de Tian, ele
conta uma história de “como o Gigante Verde se tornou mau”, e é uma das cenas
mais pesadas do episódio… a maneira como ele usa alegorias para atacar o Phupha
e como o Phupha devolve, mandando as crianças irem embora e arrumar presentes
para a festa de ano novo, “que vai ser a despedida de Tian”.
Parece que ele não tem opção.
Tian
confronta Phupha, pergunta se ele realmente precisa fazer isso, e Phupha é
impassível ao dizer que “outro professor o substituirá”. É particularmente
doloroso a Tian pensar que mesmo agora, quando ele achou que estava fazendo
algo sozinho, o dinheiro de sua família lhe comprou privilégios – como sempre
fizera. A voz dele falha e ele começa a chorar ao perguntar para Phupha: “Apenas me diga a verdade: você cuidou de
mim porque era seu trabalho e nada mais? Você nunca sentiu nada, não foi?” Como
Phupha não responde, Tian diz que o pai dele deve ter lhe dado muito dinheiro
mesmo, que essa é sua chance de subir na vida, e embora Phupha primeiro peça
que “ele pare de insultá-lo”, a verdade é que é isso mesmo o que está aparecendo,
e o que ele mesmo confirma, no fim, perguntando se Tian acha errado um oficial
pobre querer subir na vida.
Tudo foi tão difícil nesse episódio, de
maneiras que eu nem imaginava.
Depois
disso, Tian se dedica mais do que jamais se dedicou à aldeia. Ele se lembra do
motivo que o levou ali e ele organiza aulas perfeitas nas quais as crianças
aprendem, se divertem e crescem, e é uma sequência lindíssima que me fez sofrer
porque tudo em que eu conseguia pensar era: Tian
não pode ir embora daquele lugar. Ele ama estar ali, as crianças o amam, e
ele está fazendo a diferença! Então, o Dr. Nam o procura para falar com ele
sobre Phupha, para pedir que ele lhe dê uma chance, e conta que Phupha está tão
mal quanto ele, que está se recusando a comer, e parte de mim ficou bem incomodado, confesso: Dr. Nam é
amigo de Phupha e vai protegê-lo, natural, mas independente dos motivos que
levaram Phupha a fazer o que fez, ele foi muito
cruel com o Tian, e os sentimentos dele foram severamente machucados –
agora ele tem que procurar o Phupha?
Sim, foi o
pai de Tian que pediu ao Phupha que ele o ajudasse a mandar o filho de volta
para casa, mas ainda assim… Tian o procura, pergunta por que ele está assim,
diz que todo mundo está preocupado com
ele, e diz que, se ele queria que ele fosse embora, então ele podia
simplesmente tê-lo dito isso e pronto, mas Phupha sabe que ele não teria feito isso. Phupha fala sobre os pais de
Tian, diz que eles estão preocupados, mas Tian não o deixa continuar, porque
tem uma coisa que lhe importa: que ele quer saber e tem o direito de saber… sobre o que Phupha sente por ele, afinal de
contas. Phupha desconversa, diz que é impossível, que tudo acontece por um
motivo e um monte de coisas, mas Tian insiste: ele quer saber o que Phupha sente por ele, e diz que ele vai ficar se
Phupha pedir que ele fique… ele pode resolver tudo com a família depois.
Eu queria
TANTO que o Phupha dissesse o que realmente sente por Tian… que dissesse que o
ama, que quer que ele fique ali com ele, que não pode se separar dele – por
mais que o Tian não pudesse ficar ali só
por isso, mas eu queria ouvir o Phupha dizer isso e, convenhamos: o Tian também queria. Phupha diz que o
que o fará feliz é vê-lo voltar para a sua volta e vive-la como deveria ser
desde o início… que ele não quer vê-lo largar tudo para poder ficar ali com
ele; ele tem um futuro brilhante pela frente, e precisa buscá-lo: é assim que Phupha saberá que Tian retribui
os seus sentimentos por ele. É dramático, triste e parece definitivo… tanto
é que os preparativos para a despedida de Tian continuam. As crianças preparam
uma festa de despedida e de ano novo para Tian, e Tian se prepara para fazer a
última coisa que precisa fazer: subir o
Monte Pha Pun Dao no último dia do ano.
Lá, Tian
agradece a Torfun por ter lhe dado uma vida nova e diz que fez tudo o que ela
queria ter feito, menos isso: agora, ele precisa contar mil estrelas e pedir
que o desejo dela se realize, e aqui temos uma das cenas mais dramáticas e
tristes do episódio, enquanto Tian tenta contar estrelas e perde a conta
continuamente, em paralelo a cenas de Torfun quando ainda estava viva ou de
Torfun encontrando Tian durante o transplante de coração do primeiro episódio,
e então, quando Tian parece à beira de um colapso, incapaz de contar 1000
estrelas, Phupha FINALMENTE chega para abraçá-lo e para dizer que ele já pode parar… que ele não precisa fazer
isso, porque já fez o bastante e não pode continuar vivendo apenas para
realizar as vontades de Torfun. Tian não sabe como pode parar de contar
estrelas se ainda sente que precisa redimir sua culpa, mas Phupha o incentiva a
fazê-lo…
É um alívio ter o Phupha ali com ele naquele
momento tão difícil.
E Phupha dá
um conselho sábio: “Tian, me escute. Viva
por você mesmo, não viva pelos outros. Entendeu?” Phupha diz, como dissera
no hospital, que “está tudo bem” e o abraça, dizendo que Tian fez o melhor dele
e não precisa provar nada a ninguém, e eu acho que Tian finalmente entende
isso… e, então, os dois se sentam no monte no que era para ser o momento mais
romântico do casal até aqui, mas acaba sendo um dos momentos mais tristes, porque eles estão se despedindo. Tian
diz que quer que a história deles tenha um final feliz, como nos contos de
fadas, mas Phupha diz que ele já fez da história deles a mais feliz de todas, mas “toda história precisa ter um fim”. Eu estava exatamente como o Tian, dizendo
que “não queria que a história acabasse assim” (aliviado, no meu caso, por
saber que ainda temos mais um episódio!), mas Phupha diz que eles precisam
aceitar o fim…
Tian tem
consciência que ir embora pode significar nunca
mais voltar a ver o Phupha, então o Phupha tira do pescoço a aliança que
sempre carregara consigo, que descobrimos ter
pertencido à sua mãe, e a dá de presente a Tian, dizendo que “sempre estará
com ele”. É triste e belo, e Tian pergunta se Phupha vai se esquecer dele, mas
Phupha promete que não – ele diz que nunca se esquecerá dele, nem um dia sequer… sério, essa sequência
toda tem carinha de conclusão de série e eu fico MUITO FELIZ por não ser a conclusão, porque ainda temos
a chance de um final mais feliz do que esse final bonito, mas melancólico, que “1000 Stars” estaria nos entregando se
terminasse no nono episódio. Talvez isso tudo seja importante para Tian, porque
acho que o Phupha tinha certa razão, no fim das contas: ele precisa começar a viver para si mesmo de agora em diante.
Curioso para
ver o que o último episódio nos reserva!
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Dor, sofrimento e desilusão. Esse nono episódio tira um pouco o brilho do Phupha. Me decepcionei real com ele. É engraçado como 1000 Stats tem essa incrível habilidade de fazer as pessoas de trouxa. Intercala tempestade, calmaria e outra tempestade. Quando a gente pensa que está tudo se acertando, e que o casal vai finalmente ficar junto, tudo desmorona. Achei tão lindo o Tian com o Phupha no hospital... tanto quando o Tian deita ao lado de seu amado e gostoso Phupha bo leito do hospital, quanto na cena em que o Phupha está na cadeira de rodas e eles conversam...
ResponderExcluirMas aí vem a revelação que faz desaparecer toda a beleza do cuidado e atenção que o Phupha dava ao Tian. Quer dizer então que ele vivia no pé do Tian, o protegendo, só por ordens do pai do Tian. Decepcionante, triste demais. E isso mostra que não era só o Tian que guardava segredos. No entanto eu entendo que no início o Phupha cuidava do Tian por obrigação sim, mas depois foi surgindo sentimento. Isso é óbvio e muito nítido. Mas ainda assim dói muito descobrir isso. Faz com que muita coisa perca o encanto.
Eu tinha comentado na review de um dos episódios que o único aspecto negativo que eu enxergava em 1000 Stars era a semelhança que era mostrada emtre as atitudes do Tian e da Torfun, mas agora emtendo que existia uma justificativa plausível pra isso. Tian estava vivendo pela Torfun. Falando algumas coisas que ela falava, como Gigante Verde, cozinhando coisas que ela costumava cozinhar, enfim... isso é muito bizarro, e acho que ele errou nisso. Que bom que esse episódio, por mais doloroso que tenha sido, serviu para fazer com que o Tian entenda que ele não tem que viver pela Torfun, realizar os desejos dela. Ele tem que viver a própria vida, fazer o que ele realmente quer. Ele não tem que ser refém dessa culpa.
Concordo que esse episódio tem muito cara de finale. Me assustei com a duração, 1h30 de muita dor e sofrimento. Amei a review, concordo com cada ponto, e vejo que sofremos parecido sksksksk. Espero muito que o último episódio atenue essa dor, traga alguma felicidade. Não quero que as coisas acabem assim.
Nossa, sim!!! Quando você diz que "esse episódio tira um pouco o brilho do Phupha", infelizmente é verdade. Assim, eu ainda o amo e guardo as recordações das partes boas dele (dentre elas, ele tomando banho kkkkk brincadeira, mas nem tanto), mas eu passei raiva e me decepcionei sim haha E quando você comentou em outra review sobre "o Phupha não ter mais nada pra fazer a não ser passar 24h atrás do Tian", eu me controlei pra não fazer nenhum comentário com spoiler, amigo. Tá vendo? Eu protegendo sua experiência! kkkkk
Excluir"Amei a review, concordo com cada ponto, e vejo que sofremos parecido sksksksk" Sim, sofremos hahahaha
Obrigado por proteger minha experiência, amigo. Caí direitinho no jeito protetor do Phupha. Mas quem não se iludiria por aquele homem?
ExcluirEu sou responsável! haha
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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