Around the World in 80 Days 1x03
Abigail salva o dia!
PHILEAS FOGG
TOMA PÉSSIMAS DECISÕES – é muito engraçado como esse terceiro episódio vem
para, de certa maneira, contradizer o que tínhamos definido no episódio
anterior: no segundo episódio de “Around
the World in 80 Days”, ficamos contentes, surpresos e orgulhosos do
pensamento rápido e corajoso de Phileas Fogg que conseguiu ajudar um trem a
atravessar uma ponte em ruínas na Itália e salvar a vida de um garotinho, mas
se, naquela ocasião, Fogg parecia “a pessoa certa para essa viagem”, agora,
subitamente, ele toma decisões tão ruins
que percebemos que ele nunca conseguiria
sozinho… e o grupo, que parecia mais forte do que nunca no fim do episódio
passado e no início desse, começa a enfrentar algumas diferenças e vamos ver
como isso vai se refletir nos próximos episódios. Mas acredito que o trio tem que conseguir completar a missão…
Certo?
Fogg,
Abigail e Passepartout chegam ao Iêmen, de onde precisam pegar um navio e
atravessar até Áden – mas o próximo navio só sai em 3 dias, e eles já estão no
16º dia de viagem, então Fogg acaba tentado a aceitar uma oferta muito
duvidosa: um homem se oferece para
levá-lo até Áden pelo deserto, e Fogg resolve aceitar… é impossível não se
sentir decepcionado com Fogg por cair em uma artimanha tão óbvia, e parece que
além de todas as dificuldades naturais
que uma volta ao mundo em 80 dias oferece, Fogg ainda terá que enfrentar
algumas sabotagens – o homem que lhe oferece essa travessia pelo deserto só o
faz porque foi contratado para isso, com ordens que vêm lá de Londres, do homem
falido com quem Fogg fez a aposta no clube, e que não pode correr nenhum risco
de que Fogg de fato consiga a incrível façanha de dar a volta ao mundo.
Quando Fogg
decide que a travessia pelo deserto vai ser muito pesada para Abigail, eu quase
respirei aliviado: porque eu sabia que,
ao ser deixada para trás, ela seria quem os resgataria, no fim das contas!
E é exatamente o que acontece: Fogg e Passepartout partem antes do amanhecer e
deixam Abigail para trás, com uma passagem de navio de volta a Londres, mas
Abigail não pensa em retornar – até porque ela viu a primeira matéria levando o
seu nome sendo publicada no jornal, e agora essa viagem é tanto dela quanto do
Sr. Fogg! Abigail faz de tudo para conseguir que alguém a guie pelo deserto em
busca de seus colegas de viagem, e, felizmente, ela tem a ajuda de Jane Digby,
uma mulher que foi difamada por Bernard Fortescue, o pai de Abigail (!), e que
vive como uma párea, com dedos sendo apontados em sua direção por onde passa.
Jane Digby é
uma personagem e tanto, e ela protagoniza ótimos momentos com Abigail,
inclusive a ensinando algumas coisas – se o episódio passado foi de crescimento
pessoal para Phileas Fogg, esse é um episódio importantíssimo para Jane Digby,
que percebe que o pai não é quem ele dizia ser, e precisa definir seu próprio
destino, com o conselho de Jane Digby ecoando em sua mente, pedindo que ela tome as decisões por ela mesma… é
muito bonito ver como isso toma conta de Abigail, e quando ela pensa em
desistir da viagem, depois de ter descoberto as mentiras do pai, ela faz o que
Jane sugeriu e decide que não deve fazer isso pelo pai nem para provar nada a
ninguém: ela deve fazer isso por ela
mesma! Acho que, agora, teremos uma Abigail Fox mais forte do que nunca, embora ela já seja a personagem mais
determinada e competente desse trio!
É apenas
graças a Abigail, com a ajuda de Jane Digby e seu marido, que Fogg e
Passepartout não morrem no deserto… é um
pouco patético como Fogg é facilmente enganado (!), mas isso não me impede de
ficar desesperado em toda a sequência na qual eles andam pelo deserto em busca
de um oásis, sem saber se vão poder sobreviver – e quase não sobrevivem. Fogg e
Passepartout protagonizam uma cena incrível que é a da miragem que,
eventualmente, se mostra uma tempestade
de areia, e é justamente quando eles estão mais acabados do que nunca que o
grupo de resgate, liderado por Jane, os encontra. Agora, no entanto, Jane quer levá-los de volta à cidade de onde eles
saíram, e Fogg teme que isso signifique o fim da aposta: eles não terão mais
tempo de pegar o navio para Áden, e não poderão mais completar a volta ao
mundo em 80 dias.
Eventualmente,
então, Jane resolve ajudá-los a concluir a travessia pelo deserto, por Abigail,
em uma jornada perigosíssima, repleta de ação e que conta com um evento
importante que mexe com o personagem de Passepartout… durante a noite, quando
passam próximos de uma aldeia, o grupo é atacado e Passepartout acaba matando um dos homens do outro grupo
– o que o deixa bastante traumatizado. Antes mesmo disso, ele se recusou a
pegar a arma que o marido de Jane Digby o oferecia, e agora isso está ecoando
em sua mente… quando chegam em Áden, Abigail está mais confiante que nunca, e
Fogg está animado, de volta à ativa mesmo com os contratempos, e ninguém parece
se importar com o trauma de Passepartout que, em sua mente, “acabou de matar um
homem para proteger uma aposta de um ricaço qualquer”. Forte, não?
E, agora,
Passepartout é convidado a sabotar a
viagem de Fogg e Abigail…
Será, no
entanto, que ele terá coragem de traí-los?
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