Lost 2x16 – The Whole Truth
“It’s a
miracle”
Que delícia
assistir a “Lost” e, a cada episódio,
lembrar-me do quanto eu amo essa série. “The
Whole Truth”, exibido em 22 de março de 2006, traz flashbacks de Sun e Jin e uma história na ilha linda para eles – e
Sun e Jin estão muito alto no meu
“Top Personagens Favoritos”. O episódio é bonito, intrigante e ainda traz
bastante de “Henry Gale” e esse constante jogo
que ele está fazendo com os sobreviventes. E acho quase irônico como a série, a cada episódio, nos lembra daquela fala de
Danielle Rousseau no primeiro episódio de “Henry Gale”, quando ela disse que
“ele ia mentir por muito tempo, mas ele é,
sim, um deles” – é como se a série quisesse nos dar um spoiler. Sobre Jin e Sun, é difícil ver o Jin tendo uns ataques que
se parecem muito com o Jin que chegou à ilha logo depois da queda do avião, mas
ele vai se lembrando, aos poucos, do quanto avançou.
No início do
episódio, Jin vai buscar Sun no seu jardim, dizendo que não quer que ele fique
lá, e eu entendo a preocupação dele porque ela foi atacada, supostamente pelos
Outros, recentemente, enquanto estava sozinha ali; isso não justifica, no
entanto, a maneira como ele fala com ela, como tenta levá-la à força ou como
destrói todo o seu jardim, e nesses momentos minha paixão por Jin balança. Sun
fica furiosa com a atitude de Jin e, para complicar a sua situação, ela ainda
suspeita que pode estar grávida… afinal de contas, ela está passando mal e
alguma coisa dentro de si fala que é gravidez. Assim, ela vai atrás de Sawyer,
porque se alguém tiver um teste de gravidez guardado, esse alguém é o Sawyer.
Gosto muito, também, de como a série desenvolveu essa amizade e companheirismo
de Sun com Kate, e é ela quem a acompanha no exame.
Seria um plot “normal” o da possível gravidez de
Sun, se não retornássemos em flashback
para uma informação surpreendente: que
Sun não estava conseguindo engravidar. Os flashbacks do episódio retornam a um ponto do casamento de Sun e
Jin em que as coisas estavam em seu pior:
ele estava transformado pelo “trabalho” para o pai de Sun, e ela estava fazendo
aulas de inglês escondida do marido, enquanto planejava fugir para os Estados
Unidos; no meio de tudo isso, Jin queria de todo modo ter um filho, porque
achava que “um bebê melhoraria tudo”. Como o tempo passa e Sun não fica
grávida, eles acabam indo a um médico de fertilidade que não tem uma notícia
boa para eles: Sun não pode engravidar, e
não há nada que ele possa fazer para reverter essa situação. Assim, quando
o teste na ilha dá positivo, ela se pergunta como isso é possível.
E mais: ela
pode ficar feliz com isso?
Jin e Sun
acabam compartilhando uma cena linda quando Jin resolve mostrar que mudou e que
se importa, então ele vai sozinho consertar o jardim que estragou e, quando Sun
chega, ele diz que precisa dela, porque não gosta de ter esses ataques de raiva
e não gosta de não entender o que as pessoas estão dizendo… então, Sun conta
que está grávida. Ela ainda tem mais
uma informação para contar, que vemos no último flashback do episódio: não era ela quem era infértil, no fim das
contas, mas o Jin, e o médico teve medo de dizer isso por causa de quem ele era
e para quem trabalhava… agora, quando Sun conta isso para Jin logo depois de
contar que está grávida, ficamos esperando por sua reação, e é um alívio imenso
perceber que ele não duvida de Sun nem por um segundo, e que diz que se ele não
podia ter filhos e agora ela está grávida, então “é um milagre”.
EU ADORO
ESSE CASAL. CENA LINDA E EMOCIONANTE DOS DOIS.
Destaque
para os detalhes importantíssimos da conclusão da cena, que começam com a Sun
dizendo que gostaria de ficar um pouco
mais no jardim, sozinha, quando Jin a chama para ir embora, e o Jin a
deixando lá; depois, quando Jin está indo embora, Sun diz “Eu te amo”, algo que ela provavelmente não dizia a ele há muito
tempo, e ele para na hora, retorna e olha nos olhos dela para responder que a
ama, falando em inglês – A FOFURA
DESSA CENA É INDESCRITÍVEL. Então, eles se beijam, Jin vai embora e Sun coloca
a mão na barriga e sorri, um sorriso feliz e aliviado, porque ela pode
finalmente se permitir ficar feliz com o milagre da sua gravidez. Quer dizer,
eu não estaria tão feliz assim
pensando que eles estão em uma ilha e sem muitas esperanças de sair de lá, mas
parece ter sido algo bom para eles, e eu estou feliz que eles estejam felizes.
Em paralelo,
a história do prisioneiro da Estação Cisne continua – e eu acho impossível não
gostar de “Henry Gale” plantando a discórdia naquele lugar… e ele só consegue
porque a) ele é muito inteligente; e b) os outros são muito burros. Locke traz
Ana Lucia para conversar com ele e tentar entender se ele está dizendo a
verdade, e eu me diverti com o Locke falando sobre isso com Jack, depois de já ter trazido a Ana Lucia, e
“Henry” repete a mesma história que contou para todos que vieram falar com ele:
a história do balão, da esposa… então, Ana Lucia pede o óbvio, algo que ele não
fez para ninguém: que ele desenhe um mapa
até o seu suposto balão, e então eles saberão se ele está dizendo a verdade ou
não. Ana Lucia não fala nada sobre o balão nem para Jack nem para Locke,
porque “eles estão ocupados demais se preocupando um com o outro”.
Então, Ana
Lucia procura, inusitadamente, o Sayid: afinal de contas, a julgar por como ele
deixou a cara de “Henry Gale”, ele quer saber se ele está dizendo a verdade
tanto quanto ela… e, se não estiver, ambos têm muitos problemas com os Outros.
Assim, os dois e Charlie partem em mais uma jornada pela floresta seguindo o
mapa que “Henry” desenhou para eles, e nos perguntamos se eles vão chegar a
algum lugar… de qualquer maneira, a caminhada é importante, porque Ana Lucia
foi pedir ajuda justamente para
Sayid, depois de ela ter matado a Shannon. A caminhada é importante para ambos,
no fim das contas, porque Ana Lucia coloca para fora o que sente em relação ao
que fez e pede desculpas por ter matado Shannon, e ela precisava colocar aquilo
para fora; e é bom para ela ouvir o Sayid dizendo que não a culpa… culpa os Outros.
No fim, eles
não encontram o balão no lugar indicado, mas Ana Lucia quer procurar nos
arredores e ter 100% de certeza antes de retornar e tomar qualquer atitude.
Enquanto isso, na Estação Cisne, “Henry Gale” tem outra cena maravilhosa, quando Jack resolve tirá-lo
de seu cativeiro e oferecer-lhe um café-da-manhã, e “Henry” acaba falando sobre
o mapa que desenhou a Ana Lucia – mas ele sabia
que ela não contaria para eles; ele está ali para semear a discórdia e abalar a
confiança deles uns nos outros, não que eles já não estejam bastante
desestabilizados sem sua ajuda; é cruel, mas eu adoro acompanhar o jogo de
“Henry”, a maneira calculada como ele diz tudo, e a forma sarcástica e
debochada como ele fala do que teria
feito se ele fosse mesmo um dos Outros, como eles acreditam, e como teria
atraído Ana Lucia para uma armadilha…
Mas termina
dizendo que “é bom que ele não seja um dos Outros”, afinal.
A cada
episódio eu me lembro mais do porquê “Henry” ser um dos meus personagens
favoritos em “Lost”.
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