Lost 2x17 – Lockdown
Questão de confiança.
OUTRO
EPISÓDIO IMPECÁVEL DE “LOST”. “Lockdown”, exibido em 29 de março de
2006, não tem o melhor flashback da
temporada nem nada, porque só nos traz o Locke sendo trouxa por causa do pai
dele mais uma vez – ainda assim, no
entanto, o episódio se sustenta com toda aquela trama que se desenvolve na
Estação Cisne, a interação de Locke e “Henry Gale” e algumas respostas que
chegam acompanhadas de muito mais perguntas no fim do episódio. Sério, eu disse
isso em um texto recente de “Lost” e
repito: como é bom assistir novamente à
série e poder relembrar por que ela é uma das minhas séries favoritas. O
ritmo é interessante, toda a trama da Dharma parece estar prestes a crescer, e
chegamos a um momento esperado para “Henry Gale” e, de agora em diante, ele só
tem a crescer – ele sempre foi um dos
meus personagens favoritos.
Nos flashbacks do episódio, retornamos ao
momento em que Locke está pensando em pedir Helen em casamento, até que ela
veja um nome conhecido no obituário do jornal: Anthony Cooper. Com a morte do
pai de John, aquele que o enganou e
roubou seu rim, parece que um fantasma do passado está retornando: Helen
estava tão feliz que John Locke estava finalmente seguindo em frente, mas quando Locke descobre que a morte do pai foi forjada, ele volta a
ficar preso a isso. Dessa vez, o pai quer sua ajuda para recuperar 700 mil
dólares que ele roubou em um golpe da aposentadoria, e não pode ir buscar ele
mesmo porque as pessoas de quem roubou desconfiam que sua morte foi forjada.
Durante todo o episódio, eu realmente tive esperanças de que Locke não fosse
ser burro o suficiente para fazer
mais isso por Anthony Cooper… mas ele foi.
Anthony só arruinou a vida do filho. Mas
Locke, em toda sua carência, constantemente permitiu.
Enquanto
isso, uma quase divertida partida de pôquer acontece na praia – digo “quase”
divertida porque estava muito legal quando era Sawyer, Kate e Hurley… mas acho que nada fica legal com a
participação do Jack. No fim, aquilo se torna a materialização da constante
rixa de Sawyer e Jack, e Jack usa as suas até então desconhecidas habilidades
no pôquer para conseguir de volta alguns remédios que Sawyer roubara da
escotilha. Eu passei quase o episódio inteiro sem sentir raiva do Jack, mas aquele flash
de arrogância quando Sawyer pergunta por
que ele não pediu pelas armas e ele responde que “quando quiser as armas,
ele terá as armas”… eu realmente não suporto esse cara. Mas é bizarro e
perfeitamente irônico que Jack, pela primeira vez desde a captura de “Henry
Gale”, demore tanto para voltar para a Estação Cisne justo quando Locke mais precisa dele.
Porque coisas estranhas estão acontecendo na
Estação Cisne. Primeiro, Locke escuta alguma coisa nas caixas de som, mas não
consegue entender o que está acontecendo, e então portas de emergência descem o
prendendo na área doméstica da Estação, o que quer dizer que ele não terá como
apertar o botão dentro de alguns minutos, quando o alarme disparar. Então, para
poder ter a ajuda de “Henry”, ele acaba fazendo um perigoso acordo com ele e dá
a sua palavra de que não deixará que seus
amigos o machuquem novamente. Então, vemos “Henry Gale” fora de sua prisão,
ajudando Locke a tentar levantar uma das portas e passar até a área do
computador, sem sucesso, porque a porta acaba fechando um pouco em cima dele e
machucando suas pernas… é uma situação completamente desesperadora e só podemos
imaginar a dor!
Então,
quando o alarme começa a tocar e não tem mais ninguém na escotilha, Locke
precisa confiar em “Henry” se quiser que o botão seja apertado dentro do prazo
– e, naquele momento, chegamos a nos perguntar o que acontecerá, mas no fundo
sabemos: “Henry” vai subir pelo tubo de ventilação, apertar o botão e retornar.
Nós sabemos, com alguma experiência em séries, que “Henry” está mentindo… mas
também sabemos que ele não vai correr o risco de estragar o seu disfarce
escapando naquele momento, justo agora que ele está tão perto de ter 100% da
confiança de John Locke. Assim, ele faz tudo exatamente como Locke manda, aperta
o botão, faz com que o alarme pare de disparar, o relógio volta a contar e as
portas de emergência se levantam… por alguns segundos, Locke pensa que ele
escapou, mas “Henry” ainda está ali… não
o deixaria sozinho assim.
Ha.
Enquanto
isso, Sayid, Ana Lucia e Charlie fazem algumas
descobertas… e é legal como eles aparecem no início do episódio e ficam
ausente durante todo o restante do tempo: depois de horas de procura, eles
descobrem um túmulo, supostamente para a esposa de “Henry”, como ele prometera,
e um balão preso em uma árvore – o que quer dizer que ele está dizendo a
verdade? O grupo só reaparece no final do episódio, encontrando Jack e Kate
próximos à escotilha, quando os dois encontram uma luz piscando, um paraquedas
e uma série de mantimentos enviados agora
mesmo pela Dharma. Reunidos, os 5 descem até a escotilha para prender
“Henry” e pegá-lo em sua mentira, justo quando Locke tenta defendê-lo e dizer
que ele o ajudou: mas Sayid não acreditou
em “Henry” nem depois de encontrar tudo o que ele disse e, por isso, cavou o
túmulo…
Por isso o
episódio não retornou mais àquele momento – eles não podiam nos mostrar Sayid
duvidando de “Henry Gale” depois de supostamente ele ter provado que estava
dizendo a verdade e começando a cavar aquele túmulo, ou então esperaríamos por
uma reviravolta como a que vem… e é impressionante como “Lost” sabe fazer bem um plot
twist. No fim das contas, a pessoa enterrada naquele túmulo não era uma
mulher, mas um homem… um homem com uma carteira de motorista com o nome “Henry
Gale”, e uma foto que não tem nada a ver com quem quer que seja esse homem que
os sobreviventes estão mantendo preso na escotilha. Danielle Rousseau avisara
que ele mentiria por muito tempo, mas agora a sua mentira chegou ao fim. E eu
adorei esse cliffhanger, porque
estamos ansiosos para ver para onde a trama vai seguir a partir daí.
E também
curioso para explorar mais sobre a Dharma… já
passou da hora do Desmond voltar, não?
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