Lost 2x19 – S.O.S.
“People are
saved in different ways, Bernard”
Finalmente
um episódio de Rose e Bernard – não acho, no entanto, que o episódio tenha os
favorecido tanto. O que eu quero dizer é que sempre idealizamos a relação de
Rose e Bernard, antes do reencontro deles, com base no quanto Rose acreditava
que seu marido continuava vivo, e agora descobrimos que eles não são esse mar de rosas todo… eles têm brigado bastante
desde que se reencontraram, agora Bernard tem uma ideia bastante útil (!), mas
não recebe o apoio da esposa, e o flashback
ainda nos mostra que eles não estavam casados há tanto tempo assim e, mesmo no
tempo que estiveram casados, eles tiveram seus problemas. Não sei, eu entendo
que nenhuma relação é perfeita e que é interessante mostrar que os personagens
são falhos também, e “Lost” sempre
humaniza seus personagens nesse sentido, mas quebra um pouco a magia de Rose e
Bernard.
Pelo menos o encerramento é fofo e
emocionante.
“S.O.S.”, exibido em 12 de abril de
2006, mostra Bernard discutindo com Rose enquanto eles arrumam as caixas e
latas de comida que foram enviados pela Dharma – e eu fiquei o tempo todo muito
dividido. Eu acho que Bernard agiu como um chato, com a Rose e com todo mundo,
mas eu não acho que o que ele queria fazer fosse errado: ele tem razão quando
diz que todo mundo ali parece ter desistido de querer ser resgatado, e estavam
simplesmente “construindo uma vida” para eles na ilha. Não tinha nada de errado em querer voltar para casa, ainda mais se ele
não sabia de tudo o que Rose sabia. Assim, ele começa a conversar com as
pessoas e tenta achar ajuda para montar um letreiro na praia, na esperança de
que algum avião ou algum satélite veja, mas poucas pessoas o ajudam… e, durante
o dia, os poucos que resolveram ajudar vão deixando-o para trás.
No flashback, vemos o primeiro encontro de
Rose e Bernard, muito mais recente do que imaginamos, quando Bernard ajuda Rose
a desatolar um carro e ela o chama para tomar um café. Cinco meses depois, ele
a pede em casamento nas Cataratas do Niágara, e ela conta que está doente e tem
um ano de vida, aproximadamente, mas ele insiste no pedido e eles se casam. Os
dois estavam na Austrália, antes de pegar o Voo 815, na “lua-de-mel”, quando
Bernard a levou, sem que ela soubesse, para ver um curandeiro – um curandeiro
que não foi capaz de curá-la, mas que falou sobre lugares na Terra e as
energias que eles têm… talvez Rose só
precisasse encontrar o lugar onde a energia estaria correta… o lugar onde ela
poderia ser curada – e ela encontrou esse lugar. É o que ela fala, com
sinceridade, a Bernard no fim do episódio, e ele entende por que ela não quer ser resgatada.
Então, ele
diz que se ela não vai embora, ele também não vai… ficarão ali para sempre.
Gosto de
como a história de Rose esbarra levemente na de Locke… Locke está duvidando de tudo recentemente, e ele
quase deixa de apertar o botão da Estação Cisne enquanto tenta se lembrar do
desenho que viu na parede quando as portas abaixaram – “Henry Gale” sugeriu, no
último episódio, que não apertara o botão quando o alarme disparou, e que o
relógio simplesmente mostrou uns hieróglifos e, depois, voltou para 108
minutos. Agora, Locke não consegue parar
de pensar se isso é verdade ou não. Assim, ele deixa a escotilha por um
tempo e acaba na praia, “na sombra de Rose”, um lugar que ele não visita há
muito tempo, e a cena dele com Rose é bem bacana. Gosto de como ele se mostra
desilusionado com a perna e ela fala que os
dois sabem que não vai demorar quatro semanas, como Jack diz… o último flashback mostra como ela sabe isso: a breve interação de Rose e Locke no aeroporto.
ADOREI
AQUELE DETALHE!
Por fim,
temos o chato do Jack (sério, alguém realmente gosta dele?) “usando uma ideia de ‘Henry’” e decidindo ir conversar
com os Outros, para tentar trocar o prisioneiro por Walt – embora “Henry” diga
que “eles nunca entregarão o Walt”. De qualquer maneira, Jack acha que pode
fazer o que quiser, e chama Kate para acompanhá-lo, e os dois compartilham
algumas cenas vergonhosas como aquela da armadilha de Rousseau (horrível essa
tentativa de forçar uma química entre eles quando claramente não existe nenhuma), mas não são
recebidos pelos Outros quando chegam no ponto onde um deles dissera que “estava
uma linha que eles não podiam cruzar”. Jack chama por eles, mas é completamente
ignorado por muito tempo, e fica plantado ali, decidido a “gritar até ficar sem
voz”. Mas os Outros dão um sinal e devolvem um prisioneiro…
Michael está
de volta.
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