Navillera – Episode 10
“Você deveria continuar”
Eu estou tão
apegado a esses personagens que perceber que eu já estava no episódio 10 me
deixou um pouco triste… eu estou prestes a me despedir de Chae-Rok e de
Deok-Chul, bem como de todos os outros personagens adoráveis de “Navillera”, e o principal que eu tenho
a dizer é: ESSA SÉRIE É INCRÍVEL. Belíssima e emocionante, “Navillera” nos surpreende a cada episódio, sempre entregando mais
momentos lindíssimos – agora com todo mundo aos poucos descobrindo que o Sr.
Sim tem Alzheimer, e o próprio Sr. Sim começando a se sentir culpado por “estar
dando trabalho” para todo mundo. É triste e forte, mas a série consegue fazer o
seu trabalho cuidadoso de sempre, apresentando uma história consistente e que
consegue envolver tantos personagens bem-construídos. Agora, eu estou ansioso para ver o Sr. Sim se apresentar em um palco.
No fim do
episódio passado, Chae-Rok descobriu o Sr. Sim trancado em um boxe do banheiro,
repetindo para si mesmo que ele precisava “se recompor”, e quando o Sr. Sim
levantou os olhos para olhar para ele, nos perguntamos se, naquele momento, ele
o reconhecia… e sim, ele o reconheceu.
Perceber, no entanto, que Chae-Rok não sabia se ele o reconhecia ou não faz com
que Deok-Chul perceba que ele sabe de sua
doença, e é tão triste a maneira como ele parece se retrair ao saber… é
como se ele sentisse vergonha de
estar doente, embora a culpa não seja sua, e agora ele vai ter que aprender a
lidar com o fato de que, mesmo que ele tenha Alzheimer e que as pessoas vão
ficar tristes por isso, ninguém o considera um peso: afinal de contas, olha tudo o que o Chae-Rok tem feito por ele desde
que descobrira… na verdade, quanto tem feito mesmo antes.
Mas Chae-Rok
está preocupado com o Sr. Sim… quando ele o está acompanhando até em casa
naquele dia, por exemplo, o Sr. Sim se distrai novamente e embora não seja uma
crise como a que teve quando ficou por mais de trinta minutos parado no parque,
sem saber o que fazer e sem se lembrar de nada, ele acaba quase sendo atropelado – e teria sido, se o Chae-Rok não estivesse
ali para puxá-lo a tempo. Então, Chae-Rok decide que talvez seja a hora de o Sr. Sim parar com o ballet… não é uma
decisão que cabe ao Chae-Rok, eu sei, mas, ao mesmo tempo, a sua fala é tão
intensa e tão repleta de sentimento que, mesmo sendo o Sr. Sim quem está
doente, eu genuinamente senti por Chae-Rok, porque ele fala sobre o quanto ele
se preocupa com ele, sobre como ele pode se machucar fazendo ballet e como ele
não se perdoaria se algo acontecesse a ele…
Por isso,
Chae-Rok fala para o Sr. Sim desistir.
Não que ele
o faça. Mesmo quando Chae-Rok pede que ele pare, o Sr. Sim continua ensaiando todos os dias, sem falta, acompanhado de
Seong-gwan, por exemplo, que não sabe por que ele não está indo ao estúdio e
acreditou na história de que “o teto tem um vazamento” ou qualquer coisa assim…
e Deok-Chul continua ensaiando e ensaiando, sempre determinado: ballet é tudo o que ele quer fazer nesse
momento, ele precisa ter o direito de continuar… o Sr. Ki também não
entende o que está acontecendo e por que o Sr. Sim, sempre tão dedicado, não
está aparecendo, e ele sabe que alguma coisa aconteceu entre ele e Chae-Rok,
mas como Chae-Rok não quer contar o que é (o próprio Deok-Chul pediu que ele
não o fizesse), o Sr. Ki se mantém afastado por um tempo… até que a ausência do
Sr. Sim se prolongue por tempo demais e ele mesmo ligue para ele.
Em paralelo,
também acompanhamos um pouquinho mais da história de Ho Beom, e eu preciso
dizer que Ho Beom é um dos personagens mais interessantes de “Navillera”, e é impressionante como ele
inicia a série como uma espécie de antagonista,
e como ele foi o responsável pelo machucado de Chae-Rok que o impediu de
participar de uma competição importante, por exemplo, e, ainda assim, eu não
consigo detestá-lo… porque, com tudo de errado que ele fez e que não pode ser
apagado, também não pode ser apagado o fato de que ele também é uma vítima. Moo Young, o pai de Chae-Rok que foi preso
porque batia nos jogadores que treinava em um time de futebol, dentre eles o Ho
Beom e o filho, retorna a Seoul e procura Ho Beom para pedir-lhe desculpas, o
que pode até não consertar as coisas,
mas ao menos eu sinto que é algo.
E Ho Beom
precisa de alguém que o empurre para a frente,
na verdade. Moo Young fala sobre como não o colocou no time por causa de um
problema que ele tinha no joelho e que poderia se agravar, mas também fala
sobre como ele tinha e tem talento, e como ele ainda pode ser um grande jogador
se se dedicar, e isso se parece muito com coisas que outras pessoas já lhe
disseram em outras ocasiões: o Sr. Sim, de uma maneira carinhosa, e o Chae-Rok,
de uma maneira desafiadora… acho que Ho Beom precisava daquele “fechamento”
para que começasse a reagir, e é muito bom vê-lo explodir com Moo Young, vê-lo
xingar, mas também vê-lo chorar, porque é possível ver a transição… e eu realmente quero ver o Ho Beom tendo
sucesso ainda e, quem sabe, pedindo desculpas a Chae-Rok por causa de todo
aquele incidente que o derrubou da escada.
Vejo muito
futuro em Ho Beom em cenas como quando ele encontra o Sr. Sim sentado sozinho,
calado e pensativo no banco da praça, por exemplo… sem saber direito o que está
acontecendo, ele manda mensagem para Chae-Rok, para avisá-lo, já que ele ajudou
o Deok-Chul da última vez que ele se perdeu no parque e Chae-Rok pediu que ele
o avisasse se acontecesse novamente. Dessa vez, no entanto, Deok-Chul não está
perdido… ele só está triste. No fim,
a cena é absurdamente fofa, com o Deok-Chul o percebendo e o chamando para
comer com ele, e então o Sr. Sim termina de dar o empurrãozinho que eu disse
que Ho Beom estava precisando, e o relembra de como lhe dissera que “ele também
podia voar”, o incentivando a continuar treinando, porque sabe que ele pode ir
longe… a maneira como o Sr. Sim faz a
diferença na vida das pessoas!
O Sr. Sim
fica particularmente mal depois de esquecer uma panela que colocou no fogo e
sair de casa para comprar uma sapatilha nova depois do telefonema do Sr. Ki,
porque Hae Nam acaba se queimando e ele percebe que a culpa é dele, mas, ainda
assim, ele acaba não contando tudo à esposa… de qualquer maneira, descobrimos
em uma cena emocionante e triste de Hae Nam com Seong-gwan, que ela já sabe do
Alzheimer do marido porque, naquele dia em que Chae-Rok conversou com ele do
lado de fora da casa, ela estava por perto e os ouviu – então, ela sabe há tanto tempo quanto o filho caçula, e agora ela
diz para ele que ele não precisa continuar morando com eles depois que acabar
seu documentário e tudo o mais, que ele pode ir viver a sua vida porque “ela
consegue cuidar de Deok-Chul”. E vai
esperar que ele mesmo lhe conte.
No fim do
episódio, Deok-Chul parece sumir – na verdade, ele não se perde como aconteceu
no aquário ou quando ele chegou ao estúdio e viu o Chae-Rok dançando pela
primeira vez… ele só quer um tempo
sozinho mesmo. Pensativo, ele colocou uma roupa bonita, visitou uma clínica
para conseguir informações sobre internação e depois visitou aquele colega que
se matou lá no início da série, e então o vemos sentar-se ao lado do túmulo e
“conversar” com o amigo durante um longo
tempo… o problema é que, nas condições de Deok-Chul, as pessoas ficam
naturalmente preocupadas com ele quando ele desaparece sem dar notícias, e,
ainda por cima, ele não atende o celular quando ligam para ele… então, Seong-gwan, Hae Nam e Chae-Rok ficam
preocupados e procuram por ele, até que Chae-Rok consiga localizá-lo graças ao
aplicativo que pôs no seu celular.
Quem vai
buscá-lo no cemitério, no entanto, é Seong-san, o filho mais velho de Deok-Chul, em uma cena emocionante e quase inesperada
na qual, depois de descobrir que o pai está com Alzheimer, ele o abraça e diz
que ele sempre será seu exemplo… quase não vimos os personagens se abraçarem em “Navillera” até então, então é emocionante demais ver a maneira
como o Seong-san, que sempre parece tão duro e tão problemático em vários
quesitos, demonstra todo aquele carinho ao pai… eu ainda quero um abraço de
Deok-Chul e Chae-Rok, mas vale aquela cena no final, quando Chae-Rok está indo
embora depois de o Sr. Sim ter sido encontrado e o Sr. Sim o vê, pede que
Seong-san pare o carro e desce para dançar
ballet na neve para que Chae-Rok o veja. É uma cena emocionante que remonta
a quando Chae-Rok fez o mesmo e simboliza tudo o que o ballet significa para
ele. O quanto é importante.
Emocionado e
sorrindo, Chae-Rok diz que “ele deve continuar”.
COMO EU AMO
ESSES DOIS!
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Eu também me apaguei aos personagens, mas não consigo decorar os nomes...kkk
ResponderExcluirEsta série é muito tocante e nos deixa muito pensativos....