[Season Finale] Rebelde 1x08 – La Gran Final
“¡Y soy rebelde!”
Me ganharam demais
nomeando, enfim, a banda e cantando “Rebelde”
no fim do episódio (engraçado como a nostalgia torna momentos como esse
perfeitamente emocionantes), mas eu
não vou fingir que não teve coisa muito
ruim nesse último episódio. “La Gran
Final” é o encerramento da primeira temporada de “Rebelde: La Serie”, e conta com algumas resoluções corridas e mais
momentos que deveriam ser grandiosos, mas
são interpretados sem emoção, e me preocupa um pouco pensar que a segunda temporada já está gravada –
quer dizer, a série não vai nem conseguir ouvir a opinião do público e fazer
alguns ajustes antes da estreia, não é? O episódio começa com o retorno de Jana
e Esteban à escola, e conta com um momento de pura dissimulação na qual Esteban dá um soco em Luka e diz que vai
levá-lo para dizer a verdade do vídeo à Celina.
Sério, o
Esteban se acha um máximo, né? Quer dizer, o Luka pode ter feito muita coisa e
eu nunca defendi o personagem, mas
convenhamos que o Esteban precisa olhar para si mesmo, né? Independente de
qualquer motivo (o motivo sendo ele ter um reencontro extremamente
anti-climático com a mãe), ele tem tanta culpa na sabotagem do vídeo quanto o
Luka, e temos que ficar aturando o restante da Sin Nombre dizendo que “está
tudo bem”, que “ele não tem culpa”, que “ele foi obrigado”. Impossível assistir sem revirar os olhos.
E também é risível a escrita do diálogo e a interpretação do inominável quando
confronta o Luka perguntando “por que ele não contou tudo, se ele sabia que
eles eram irmãos”. Assim como no reencontro com a mãe, que foi algo
vergonhosamente escrito e interpretado, aqui também tivemos uma cena totalmente
sem preparação.
Foi bem
ridículo. Mas o Luka tentou salvar a emoção do momento.
Assim como
foi ridícula toda a sequência de desmantelamento da Seita – primeiro que eu não
consegui comprar a ideia de que “ela era muito perigosa”, depois que a maneira
como eles foram pegos foi tão patético que parece que o roteiro tinha se
arrependido de acrescentar isso à trama e só queria se livrar de uma vez… Luka
liga para Sebas, convoca uma reunião da Seita fingindo que está entregando a
Sin Nombre e os planos deles, e então traz todos para filmarem algumas “confissões”
e rostos que faziam parte da Seita, como prova. É sério, se uma “organização
secreta” consegue ser derrubada de uma maneira tão vergonhosa quanto essa, acho
que eles nunca mereceram existir, de fato. Tudo corrido e mal-feito, eu estava
bem sem esperanças para a conclusão dessa temporada, de verdade. Até a cena com Celina é fraca, parece
fanfic mal-escrita.
No fim, a
Seita se desfaz, Anita é demitida, mas Sebastián, o líder da Seita, não é
expulso da EWS porque ele é filho da futura presidente do México, então o
Conselho, liderado por Marcelo Colucci, decide que não é bom para a escola que
o expulsem… e essa nem é a parte que me irritou, acreditam? Quer dizer, a
injustiça de toda a situação me fez passar raiva, sim, mas é algo que precisa
estar ali para movimentar a trama, diferente da fraqueza dos diálogos e
interpretações no lance do Esteban com Luka e no lance da Seita – ali, o roteiro só foi preguiçoso mesmo.
De todo modo, sem a expulsão de Sebas, Luka Colucci é expulso no seu lugar e
acusado de ser o líder da organização, por ideia de seu próprio pai (!), e a
Sin Nombre ganha a chance de se apresentar na final da Batalha de Bandas, desde
que eles deixem toda essa história de Seita para trás.
A Batalha de
Bandas, então, traz algumas surpresas… a começar pela Emilia descobrindo o
envolvimento de Sebas com a Seita e fazendo o que Andi já queria que ela
tivesse feito há muito tempo: dando um pé
na bunda dele. Então, Emilia combina algo com Laura, a vocalista de outra
banda, e ela e Andi entram no meio da música para se beijarem no palco e
assumir o romance delas para todo mundo – foi uma das melhores cenas do
episódio, certamente! Logo depois, chega a hora da XY, a “banda” formada por
Emilia e Sebas, mas como Emilia desertou, agora Sebas está sozinho, e eu queria muito ver a humilhação de ele não
poder subir ao palco e cantar porque não tinha com quem, mas MJ acaba traindo a
Sin Nombre e canta com ele – a apresentação é boa, mas a decepção que eu senti
da MJ é grande demais para que eu possa realmente aproveitar o momento.
Não que eu
tenha ficado surpreso… percebemos desde o início do episódio que o roteiro
estava levando para isso.
Sim, ela
estava fazendo isso porque era a última chance que tinha de se apresentar e
mostrar para os pais que merecia estar ali, porque eles estavam ameaçando
levá-la embora por ela ter mentido e tudo o mais, mas ainda assim… vai um tempo
para que eu a perdoe. De qualquer maneira, as coisas devem dar uma virada
interessante na segunda temporada. Não sei exatamente que papel será desempenhado
por MJ, se ela se arrependerá rapidamente e tentará conseguir o perdão da Sin
Nombre (ela chora durante a apresentação deles, então quem sabe?), ou se a
teremos como uma “vilã”. Luka, por sua vez, parece ter começado o seu caminho
de redenção e já conquistou a maior parte dos fãs da série – eu,
particularmente, ainda não estou apaixonado por ele nem nada, mas foi, sim,
satisfatório vê-lo ajudar a Sin Nombre e enfrentar o pai.
O personagem
tem futuro. E quero um par romântico para
ele.
Por fim, chega
a apresentação da Sin Nombre e, antes de cantar, eles estão ali para expor alguns fatos – mesmo que isso
possa representar sua desclassificação da Batalha de Bandas. Eles não vão ficar
calados em relação à não expulsão de Sebas, e eu adorei como o Luka teve a
oportunidade de subir ao palco com eles, mesmo depois de ser expulso, e como
foi ele que apertou o botão enviando para o celular de todo mundo o vídeo de
Sebas comandando a Seita… as consequências disso ficam para a segunda
temporada, mas conseguimos ver o burburinho se espalhar por todo o teatro,
vemos o Marcelo Colucci mandando o Luka descer, e ele o ignora, vemos o Sebas
percebendo que seu mundo caiu e que a mãe não vai poder apoiá-lo… vemos a Celina secretamente gostar da
atitude, porque ela tampouco concordava com encobrir o Sebas daquela maneira…
Então, o
público começa a chamar pela Sin Nombre, porque eles querem ver a sua apresentação – e acho que foi ali que a MJ
percebeu que cantar com o Sebas não era, no fim das contas, sua última opção… ela
poderia ter se apresentado com os amigos que se importam com ela de verdade e
cantado uma música de sua banda favorita, mas ela escolheu traí-los. Jana, no
microfone, diz que eles são a “Rebelde”, nomeando a banda, e então eles cantam
A MELHOR MÚSICA PARA O MOMENTO E PARA O ENCERRAMENTO DA PRIMEIRA TEMPORADA: a
música-tema da novela de 2004. Ouvir “Mientras
mi mente viaja a donde tú estás” é sempre EMOCIONANTE para qualquer fã de “Rebelde” e da RBD, e não foi diferente
aqui… a apresentação enérgica e cheia de vida nos empolga, nos faz sorrir, nos
emociona e deixa o fim do episódio com um gostinho bom… cantei com eles, me
emocionei com eles, me emocionei com a Celina…
Queremos
mais. Acho que “Rebelde” tem futuro,
mas ainda vai ter que encontrar seu tom e seu ritmo.
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