Sítio do Picapau Amarelo (2005) – Volta às aulas!
O passado de João.
Começa o ano
letivo na Escola Teodorico de Menezes no Arraial dos Tucanos! Eu gosto muito
das possibilidades que o cenário escolar traz para o “Sítio do Picapau Amarelo”, e das interações (e brigas) que podem
acontecer de agora em diante – o primeiro dia de aula, por exemplo, já é um dia
movimentado, com direito ao João e o Angico meio que se provocando do lado de
fora por causa da Cléo… João da Luz e Cléo já estão quase namorando, desde que esclareceram os mal-entendidos e se
beijaram na varanda do Sítio durante a noite, então ele aparece para ver a Cléo
no Arraial no primeiro dia de aula, mas é claro que o Angico aparece depressa
para encher o saco. Como Cléo não quer falar com ele desde a história toda do
show, João aproveita para aparecer e falar para ele deixar a Cléo em paz, e
quando ele pergunta “quem ele é”, João responde: “Eu? Eu sou o namorado dela”.
Isso quase
parte o coração de João, no fim das contas, porque Angico pergunta a Cléo se
isso é verdade, e ela diz que “ele é um amigo”, então João vai com ela até a
rádio para saber por que ela falou
aquilo, mas Cléo tem razão quando diz que só disse aquilo porque eles não podem chamar atenção para o João
– para o seu bem. De qualquer maneira, eles estão, sim, namorando, então os
dois curtem todo um clima de romance na rádio antes do começo da aula…
inclusive trocam vários beijos apaixonados- acho que eles beijam mais em uma
cena do que um casal da Disney em uma novela inteira, e os beijos são de
verdade, nada de selinho não – afinal de contas, eles são adolescentes, quem
estamos tentando enganar?! Enquanto Cléo está na aula inaugural, João volta
para casa, para conversar com o Saci e contar, todo feliz, que ele está namorando.
Na saída da
escola, no entanto, rola um pouquinho de ciúme… João vê Cléo conversando com
Zequinha (ela está falando que, apesar de toda a história da mentira, ele é um
compositor talentoso e ela quer ajudá-lo), e fica um pouco enciumado. Teteia,
por sua vez, também não gosta de ver o João com a Cléo, e quando os dois se
despedem, ela acaba o seguindo até a sua casa – e descobre a sua casinha na
árvore! Felizmente, Teteia acredita que João está fugindo dos pais para não ir
à escola e só está se escondendo ali na casinha no horário de aula, então ele
está seguro por enquanto… de qualquer maneira, ele pede segredo, e Teteia não
pretende contar para ninguém por enquanto. Enquanto isso, Cléo e os cúmplices
do Sítio arrumam algumas comidas para que ela possa ir visitar o João – Cléo
está completamente apaixonada, é fofo!
Ficamos
tensos, é claro, em toda essa sequência. Prevemos uma briga entre João e Cléo
quando ela chegar e ver a Teteia lá, e embora João a mande embora e diga que ele está namorando e tudo o mais, Cléo
ainda a vê ali na frente, gritando “Tchau,
João!”. Felizmente, NÃO HÁ BRIGA. Cléo está com a voz meio tristinha quando
pergunta para o João o que a Teteia estava fazendo ali, e João explica que ela
o seguiu lá do Arraial, e embora ela ache que “a Teteia é muito atirada”, eles
não brigam… é bom ver que, pelo menos por
enquanto, eles estão conseguindo se manter calmos, românticos, apaixonados.
Até porque um problema muito maior do que o Angico, o Zequinha ou a Teteia está
se anunciando: Matosinho. E tudo
começa quando João convida a Cléo para passear com ele na cidade vizinha – era
para ser algo romântico e bonito, mas é o começo de um pesadelo.
Eles
passeiam num parque de diversões, comem maçã do amor, se beijam, vão na
montanha-russa e outros brinquedos, coisa bem de filme de romance adolescente, mas João acaba esbarrando em alguém,
e o reconhece como Matosinho, um dos vigilantes do reformatório, um homem que o
odeia e que vai fazer de tudo para levá-lo de volta para aquele lugar… “Você, delinquente!” Cléo manda João
fugir, e a cena se torna uma grande perseguição desesperadora, enquanto João
tenta fugir de Matosinho e se esconder… quando Matosinho parece tê-lo perdido,
Cléo entra em um ônibus para voltar embora, mas Matosinho a vê, e pergunta para onde aquele ônibus está indo – se a
“namoradinha” do João está indo para o Arraial dos Tucanos, isso quer dizer que
é lá que ele está, e agora é uma questão de tempo até que Matosinho o capture.
Quando volta
para o Arraial, Cléo vai direto para a casinha da árvore, mas o João não está lá… ele demora a
aparecer, e quando ele aparece, eles se abraçam um pouco aliviados porque os
dois estão bem, mas João está desesperado com a possibilidade de ser capturado
e ter que voltar para aquele lugar horrível, um lugar onde ele apanhava, onde
passava fome, frio, onde era sozinho… Cléo até diz a ele que talvez Dona Benta
pudesse ajudá-lo se eles conversassem com ela, mas João tem medo, e prefere que
ela não fale sobre ele com ninguém… Dona Benta, por sua vez, está preocupadíssima
com a demora de Cléo para voltar para casa, e quando Cléo finalmente aparece,
já bem tarde, ela acaba conversando um pouco com a sua avó postiça e falando
sobre o João… ela não entra em muitos detalhes nem conta onde ele mora, mas dá
algumas informações.
É uma
sequência triste – Dona Benta fala sobre todas as crianças que vivem exatamente
como o João, sobre como as pessoas não entendem que eles têm a necessidade de
serem amados como todo mundo, e embora ela fique muito triste com a situação
desse garoto, ela também diz que está orgulhosa de Cléo por ela se importar e
por querer ajudar… mas ela pede que, da próxima vez que algo assim acontecer e
ela for se atrasar, que ela a avise, porque “o seu coração não é de aço”.
Assim, Dona Benta está aos poucos sendo inserida na trama do João da Luz, o que
é importante, porque agora que o Matosinho descobriu mais ou menos onde ele
está e está atrás dele, João pode acabar voltando para o reformatório do qual
fugiu há qualquer momento… e eles
precisarão de um adulto responsável, alguém com um coração enorme como a Dona
Benta, para ajudá-los.
Em paralelo,
o Dr. Saraiva, desmemoriado, consegue escapar de Marcela, e ele quase é
atropelado por uma trupe de teatro quando está fugindo – e, ali, ele encontra um novo lar, pelo menos por um tempo. Saraiva,
que sem se lembrar de seu verdadeiro nome adota o nome “Felisberto”, se junta a
Leopoldo e Estelita para andar pelas cidades tirando risadas do público, e ele
acaba sendo um verdadeiro sucesso, conseguindo atrair mais público do que nunca, e conseguindo dinheiro para a trupe que
parece sempre estar no aperto. É bonitinho ver o “Felisberto” se sentindo
realizado, falando sobre como não se lembra do que fazia da sua vida até então,
mas dizendo que descobriu o que quer fazer
de agora em diante. Enquanto isso, Marcela está vendendo coisas de seu
escritório (inclusive a estátua com a joia), e tentando encontrá-lo…
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