Sítio do Picapau Amarelo (2005) – “Descobrindo o Que é o Amor”
“Vou vivendo e descobrindo o que é o amor”
Quando
Angico e Zequinha foram apresentados na segunda história de 2004 do “Sítio do Picapau Amarelo”, os netos do
Coronel Teodorico eram bastante unilaterais e caricaturados: eles não faziam a
história avançar de modo algum e estavam lá apenas para “aprontar travessuras”
que constantemente passavam de qualquer limite do aceitável e serem completamente mimados e protegidos pelo avô, que
achava e dizia que eles eram anjinhos. Felizmente, o texto de 2005 veio para
alterar levemente os personagens já existentes e conferir a eles propósito e
personalidades próprias: Angico era mais arrogante e maldoso, o que lhe permite
assumir o papel de um dos vilões da temporada; Zequinha, por sua vez, era mais
humano e sensível, então ele se torna um garoto que adoramos acompanhar e que é
um excelente amigo, especialmente para Cléo.
Uma das
expressões da sensibilidade de Zequinha é a música: romântico, apaixonado e
tímido, o personagem constantemente era visto com um violão na mão, e ele
conseguia expressar seus sentimentos por Cléo, por exemplo, através de
composições próprias. Inclusive, a trama do “Zequinha sensível e talentoso”
ganha destaque quando Angico tenta se aproveitar do irmão e fingir que ele é o
talentoso da família que está compondo músicas para Cléo… a música do
personagem que mais foi utilizada durante a temporada e que chegou a ir para o
CD com a trilha sonora de 2005, interpretada pelo próprio Gustavo Pereira,
intérprete do Zequinha, foi “Descobrindo
o Que é o Amor”, uma música muito fofa e que fala justamente sobre o
primeiro amor… é uma música bonita e que tem tudo a ver com a história e com o
público adolescente que também acompanhava essa temporada.
Amo a
música!
“Já não
consigo disfarçar com um sorriso
Essa
tristeza que só traz a solidão
Se pra você
não posso ser mais que um amigo
Eu fecho os
olhos, sonho e vivo de ilusão
O amor
bateu à minha porta
E foi
entrando sem ter permissão
E quem eu
sou já não importa
Um escravo
do meu coração
Não ter
você me faz chorar como criança
Mas o amor é
movido a esperança
Não sei
como aliviar essa dor
Vou vivendo
e descobrindo o que é o amor”
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