“Around the
world, my friends… in 80 days”
JÁ ESTOU
COMPLETAMENTE APAIXONADO! Eu adoro as produções da BBC, eu amo os livros de
Júlio Verne e, desde “Doctor Who”, eu
sou um grande fã de David Tennant: como
“Around the World in 80 Days” podia não ser um dos meus amorzinhos? O
primeiro episódio da série é eletrizante e movimentado, mostrando agilidade e
competência em apresentar os personagens, a trama e já iniciar essa aventura
incrível – que começa por Paris. É meu sonho ver os grandes clássicos de Júlio
Verne adaptados em séries curtas (sou o próprio Doc Brown, apaixonado por essas
ideias e por essas histórias), e talvez “Around
the World in 80 Days” abra as portas para futuras adaptações nesse formato…
imagine só ver uma adaptação de clássicos como “Viagem ao Centro da Terra”, “Vinte
Mil Léguas Submarinas”, “Da Terra à
Lua”… tem muita coisa boa a ser adaptada novamente!
Estamos na
Londres de 1872, quando uma matéria no jornal chama a atenção de Phileas Fogg: a possibilidade de circum-navegar o mundo em
apenas 80 dias… o que muita gente acha um absurdo, mas que ele acha que
seria possível… talvez com muita coisa jogando a seu favor, como o clima, e
tudo o mais. Eu gosto de como Phileas Fogg é construído, e como nós nos
afeiçoamos depressa a ele – embora ele seja interpretado pelo David Tennant,
que tem um carisma quase inigualável, e isso ajuda demais! Mas é divertido ver
as reações de Fogg a tudo o que acontece ao seu redor ou à maneira como as
pessoas duvidam dele quando ele diz que ele poderia circum-navegar o mundo em
80 dias… eventualmente, ele acaba se envolvendo em uma aposta de 20 mil libras
(!), prometendo que retornará na véspera de Natal, apenas depois de ter dado a volta ao mundo.
Adorei como
o episódio é ágil e, ainda assim, completo. Conhecemos bem Phileas Fogg antes
de começar a sua aventura, e também conhecemos seus dois companheiros de viagem
– faço uma pausa para comentar como é impossível não pensar em “Doctor Who”, porque a imagem de David
Tennant como o Doctor é muito forte, e agora ele tem dois “companions”. O primeiro deles é Jean Passepartout, um
francês que se mete em confusões e decide se passar por um valete enviado por
uma empresa para acompanhar Fogg na viagem, tudo para escapar das pessoas que o
perseguem. Depois, temos Abigail Fox, a mulher que escreveu a matéria sobre a
“volta ao mundo em 80 dias” no jornal, e que está revoltada porque o pai
colocou um pseudônimo para assinar a matéria, para que ninguém soubesse que ela
tinha sido escrita por uma mulher…
Agora, Abigail Fox faz questão de fazer
parte dessa viagem e documentar tudo: ela vai escrever sua própria coluna
no jornal sobre a circum-navegação do mundo, e vai conseguir que seja assinada
pelo seu próprio nome! O trio é maravilhoso, e eu adoro como eles funcionam
juntos, cada um com seus próprios propósitos, com suas personalidades
distintas, e características que meio que se complementam, e que serão
incríveis durante essa viagem… que já
começa bastante movimentada assim que eles chegam a Paris. No fim do Século
XIX, a França estava tomada por movimentações populares, e Phileas e seu grupo
desembarcam no meio da Comuna de Paris…
é um caos quase divertido e repleto de histórias: “Around the World in 80 Days” pode ter uma parte política marcada,
além de se preocupar em humanizar seus personagens, concedendo-lhes histórias.
Paris é de
onde Jean Passepartout veio, porque não queria continuar ali depois de o pai
ser morto há 10 anos. A história é dinâmica e envolvente, e vemos Jean
reencontrar o irmão, que está no meio de uma trama para assassinar o presidente do país, e Abigail se envolver em uma
“aventura” que pode acabar com a sua morte, já que ela desconfia que Jean
esconde alguma coisa e resolve “investigar”. Phileas Fogg, por sua vez, fica
perdido, tem suas coisas espalhadas pela praça e chega a pensar em desistir e
voltar para Londres, mas ele acaba salvando a vida dos amigos – quer dizer,
mais ou menos. Ele chama a atenção e leva
o tiro que era para o presidente, acaba salvo por um cantil que estava no
bolso, e isso faz com que “ele se sinta mais vivo do que nunca”. Agora, ele
não vai desistir dessa aventura de jeito nenhum… nem que tenha que fugir pelos esgotos de Paris!
Adorei o
ritmo, o tom, a série funcionou muito bem!
A sequência
final é uma das melhores coisas do episódio, e me deixou ANSIOSÍSSIMO pelo
próximo! Fugindo do governo francês, Phileas pede que Jean os leve até o francês que inventou o balão, para que
eles possam escapar pelos ares – eu sou APAIXONADO pela ideia e pelo visual de
um balão de ar quente (espero um dia poder voar em um!), e aquela cena é
emocionante e aventuresca. Quando os soldados conseguem passar pelo portão,
Phileas, Jean e Abigail já estão nos ares,
em um dos meios de transporte mais fascinantes
já inventados pela humanidade, e o que eles veem lá de cima também é incrível…
estou ansioso pelos próximos setenta e tantos dias da aventura desse trio,
passando por diversos países, usando diferentes meios de transporte,
encontrando pequenas histórias por onde quer que eles passem… “Around the World in 80 Days” chegou com tudo!
Mais postagens de “Around
the World in 80 Days” EM BREVE!
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