Além da Ilusão – Ciganos: Parte 2
Injustiças e arrependimento.
O ROUBO DO
BATOM. O preconceito e a intolerância contra os ciganos crescem, gerando
injustiças bem difíceis de se assistir… quando um batom some da venda no mesmo dia em que Lyra esteve lá, os
ciganos são imediatamente acusados de roubo, e Benê adora a desculpa voltar ao
acampamento com a arma nas mãos, pronto para fazê-los confessar o roubo e/ou
atirar. E, no fim, como sempre soubemos, o roubo não tinha nada a ver com os
ciganos, porque o batom tinha sido roubado por Jojo, o filho de Emília, que
pegou o batom para dar de presente para a mãe, porque sabia que ela queria e
não tinha dinheiro para comprar, e queria que “ela se sentisse bonita”. Na
verdade, apesar de errado, Jojo não fez por mal, mas ele não consegue confessar
o que fez quando o pai chega falando sobre os ciganos, o roubo e sobre como “o
culpado vai ter que encarar o xilindró”.
Com medo,
Jojo esconde o batom, enquanto o pessoal da vila parece a multidão marchando
até o castelo da Fera, determinado a acabar com o acampamento dos ciganos em
busca de um batom… Isadora, por sua vez, acredita na inocência deles e diz que eles são pobres, e quem tem fome não rouba
batom… para ela, eles são inocentes, e Violeta também acha, mas os ciganos
já estão sendo confrontados, com armas apontadas para as cabeças deles por
pessoas nojentas e intolerantes. Eles exigem o batom de volta, ameaçam atirar,
enquanto Rafael e Augusta tentam interceder pelos ciganos, maravilhosos como
sempre, dizendo que eles não têm o direito de acusá-los daquela maneira, mas
Benê e os outros não estão nem aí,
então mandam revirar tudo em busca do batom, e eu acreditei que não sobraria
nada do acampamento. Sofri demais com
aquelas cenas.
As cenas me
causaram revolta, nojo, angústia…
Violeta e
Isadora chegam, mas não colocam um fim nisso, porque Violeta acaba deixando que
Benê expulse os ciganos, se justificando para Isadora dizendo que, quando o avô
dela morreu, ela colocou Benê à frente da fazenda para que ela pudesse cuidar
da fábrica, e se ele diz que eles estão mais seguros sem os ciganos, então ela
acredita. Isadora faz questão de dizer, no entanto, que eles estão cometendo uma grande injustiça. Enquanto os ciganos
levantam acampamento e começam a partir, Jojo, assustado, desaparece… e o que o pessoal da vila acredita? QUE ELE
FOI ROUBADO PELOS CIGANOS. Eles criam toda uma fantasia de que os ciganos
ficaram com raiva de terem sido expulsos e levaram o Jojo, dizendo que “todo
mundo sabe que cigano rouba criança”, então eles voltam para a mata, com armas
em punho, prontos para a guerra.
Sem fazer
perguntas, eles chegam apontando armas, mas os ciganos, na verdade, encontraram
Jojo desmaiado na floresta, depois de ter sido picado por uma cobra, e salvaram
a vida dele! Aqui, as coisas acontecem meio rápido, os cortes de cena são
abruptos demais e algumas coisas são apenas citadas ao invés de mostradas, mas,
ao menos, conseguimos ver a vila, Rafael, Isadora e Violeta presentes quando
todos chegam até os ciganos e encontram Jojo acordado, podendo confirmar: os
ciganos o acharam sozinho na mata, depois de ser picado por uma cobra, e
cuidaram dele, salvaram a sua vida… então, o garoto pede desculpas por ter
fugido de casa, e quando os pais perguntam por
que ele fugiu, ele mostra o batom que pegou da venda, dizendo que foi ele
quem o pegou e fugiu porque não queria ir para o xilindró… foi curto, MAS EU
AMEI VER AS CARAS DELES!
Bando de
hipócrita preconceituoso.
Destaque, também, para a cara de Isadora
para a mãe, que pode ser traduzida como “Eu avisei”.
Então,
Violeta diz a Benê que os ciganos podem ficar ali quanto tempo eles quiserem, e todo mundo parece estar, finalmente, ter
aprendido a lição… a conclusão é meio rápida, talvez forçada no sentido de que todo mundo passa a tratá-los bem, mas
talvez a vergonha de fato faria isso… e a família do Jojo, pelo menos, tem uma
dívida imensa com eles, e o médico deixa muito claro para eles que, se não
fosse pelos ciganos, Jojo teria morrido. Dias depois, os ciganos estão
integrados à vila, trazendo tachos para serem vendidos na venda e os trocando
por mantimentos, os tachos de Misha fazendo um verdadeiro sucesso, ninguém mais
passando fome, as crianças brincando com as crianças da vila… e, então, Lyra lê a mão de Rafael e fala
que “uma nova injustiça vai cruzar seu caminho em breve”, mas que “ele tem bons
amigos com quem contar”.
Vem uma
armação do Joaquim por aí…
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