Além da Ilusão – O dinheiro da merenda!
A nova injustiça.
Lyra tem
mais informações do que a própria autora da novela – quando ela lê a mão de
Rafael, ela comenta sobre como “ele não é quem diz ser”, mas também diz que seu
segredo está a salvo com ela, até porque sabe
que ele é uma boa pessoa… mas ela lhe dá um aviso, sobre “uma nova
injustiça que em breve cruzará seu caminho”, e, dessa vez, Rafael tem certeza
que ela se refere a Joaquim – e está certíssimo. O plano de Joaquim é roubar o
dinheiro que foi arrecadado para a creche da vila e para a merenda das crianças,
e acusar Rafael de tê-lo feito e, por um momento, ficamos angustiados, achando
que isso vai dar certo e que todos vão se voltar contra Rafael em uma daquelas
injustiças que tipicamente se abatem sobre mocinhos e duram muito. Felizmente,
a trama é bem construída e “resolvida” em poucos capítulos, gerando um momento
divertido e satisfatório de vitória a Rafael.
O plano de
Joaquim começa dando muito certo… a comida que vem para a creche é muito pouca
e, depois, descobrem que o armazém enviou exatamente o que foi pedido: foi o Rafael quem pediu pouco. Tudo foi
feito, é claro, por Joaquim, mas quando Iara, a secretária, conta que quem enviou o envelope para a cidade foi o
Joaquim, Rafael se lembra do aviso de Lyra e sabe que ele aprontou alguma coisa. Agora, é claro, Rafael precisa pensar em
uma maneira rápida de se livrar das acusações de Joaquim, que está todo faceiro
e satisfeito consigo mesmo, anunciando aos quatro ventos que “Rafael é um
vigarista”, mesmo que Isadora esteja firme e se recuse a acreditar que Rafael
tenha roubado o dinheiro da merenda das crianças… e, sinceramente, eu não tinha
noção de como o Rafael/Davi ia conseguir escapar dessa acusação, porque Joaquim
armara bem.
Pior: Rafael
está fugindo, o que naturalmente
deporia contra ele. Acontece que Joaquim se apressou em colocar a polícia atrás dele, e se o delegado vir conversar com
ele, ele vai reconhecê-lo… poucos dias atrás, o delegado estava com a sua foto
em um cartaz de procurado! Então, ele
precisa fugir já, para não descobrirem que, ao invés de Rafael Antunes, ele se
chama Davi Jardim. Enquanto Davi se esconde para fugir, Augusta atende a
porta da casa dele quando a polícia chega – e Lyra avisara mesmo que ele tinha bons amigos com quem contar, e
a Augusta É MARAVILHOSA. A cigana, na verdade, também já até deu uma dica de
como escapar dessa enrascada, porque, depois de falar com Rafael sobre a nova
injustiça, ela passa pela Augusta e comenta: “Bonito colar”. É esse colar que Augusta precisa vender/empenhorar
agora para conseguir o dinheiro que Davi precisa para se safar…
Na verdade,
Joaquim roubou o dinheiro e vai sair impune dessa, mas, infelizmente, Davi não
tem como provar isso, e ele não pode correr o risco de ser perseguido pela
polícia, então ele tem que pensar em outra alternativa. E ele tem a ideia
perfeita! Para ajudar, Isadora está furiosa
com o Joaquim dizendo que ele não tinha o direito de colocar a polícia atrás do
Rafael, porque não sabe se foi ele.
Rafael liga para a fábrica, dizendo que “voltou” da cidade, e Isadora acha incrível,
porque então ela e Joaquim podem ir lá agora mesmo e colocar tudo em pratos
limpos – como ela diz, “sem polícia”. Então, Joaquim chega à vila operária com sete pedras na mão, prontinho para
acabar com o Rafael, mas a cena é uma das cenas mais GOSTOSAS de se assistir em
“Além da Ilusão” até agora, porque
Rafael é perfeitamente dissimulado e, quem sabe, até um pouco debochado.
Ele sabe que venceu.
Joaquim e
Isadora o encontram na rua, carregando uma caixa de comida que ele coloca
tranquilamente no chão ao vê-los, então diz que encomendou apenas a comida para aquele dia, porque o restante ele
fechou um valor melhor com a Dona Fátima, e sacou o dinheiro para facilitar
para ela. Assim, ele explica o cheque menor e a encomenda pequena que
supostamente fizera, o saque no banco, e ainda ganha alguns pontos por estar
ajudando a trazer mais dinheiro para a vila operária. Rafael não apenas prova
que não roubou nada, como ainda CAUSA MAIS ADMIRAÇÃO EM ISADORA, enquanto
Joaquim é julgado por ela por ter acusado o Rafael sem provas e por ter
envolvido a polícia quando não tinha prova nenhuma contra ele… Isadora ainda faz com que o próprio Joaquim
converse com a polícia e peça desculpas por ter desperdiçado o seu tempo, e o
faz reconhecer que cometeu um erro.
A SEQUÊNCIA
SÓ FICA MELHOR.
Amei o
Rafael, vitorioso, saindo feliz depois daquela cena incrível na vila operária.
Ele termina com um “Que foi? Vai ficar me
olhando ou vai ajudar com essas caixas?” Dissimulado e maravilhoso, ele
pede licença e sai tranquilo e sorrindo satisfeito (que vitória inesperada e
gostosa!), enquanto o Joaquim assiste a tudo em silêncio, em completo choque,
sob o olhar acusador e decepcionado de Isadora, cuja primeira coisa que diz é: “Que papelão!” E Joaquim está de mãos
atadas: o que ele pode falar para acusar Rafael agora sem contar que armou tudo
para que ele fosse acusado de roubo? Absolutamente nada. Então, ele vai atrás
de Rafael para dizer que “não sabe o que ele fez para se livrar da arapuca”,
mas que é melhor se preparar, porque “é só a primeira”. Pleno, Rafael
simplesmente responde: “Eu não sei do que
você tá falando”.
AH, QUE
COISA MARAVILHOSA DE SE ASSISTIR!
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