Heartstopper 1x02 – Crush

“I don’t think he’s straight”

APAIXONADO, APAIXONADO, APAIXONADO! Mais um episódio de “Heartstopper” que eu termino chorando, porque eu continuo extremamente feliz por essa série existir. Comentei, no episódio de estreia, sobre como eu queria ter assistido a uma série como essa quando eu era adolescente e, enquanto a assisto, é como se eu estivesse no lugar dos protagonistas, e é impressionante como, de maneira singela e cuidadosa, “Heartstopper” consegue de fato recriar situações pelas quais muitos de nós passamos, de maneira bastante sincera e bastante real… e eu adoro o fato de Charlie e Nick serem tão diferentes – Charlie é mais tímido, nerd e confortável com a sua sexualidade, mesmo com os traumas do passado, revisitados no início desse episódio; Nick, por sua vez, está se descobrindo… ele se via como hétero até se aproximar de Charlie, mas agora ele não tem muita certeza.

E quantos de nós já passou por isso?

Quantos de nós já pesquisou o mesmo que ele na internet?

O início de “Crush”, o segundo episódio de “Heartstopper”, é tão lindo e gostoso de se assistir quanto o primeiro episódio, novamente nos entregando essa sensação aconchegante de que encontramos um lugar no qual somos acolhidos. Depois do que aconteceu com Ben no fim do episódio passado, Nick não pode deixar de se preocupar com Charlie, e só o fato de ele mandar mensagem para saber se o Charlie está bem faz o coração dele disparar – porque também fez o nosso disparar. Nick vai além, e não se contenta com uma resposta básica de que “sim”, pergunta se Charlie tem certeza, e se mostra de fato preocupado, de fato disposto a estar ali, caso o Charlie queira conversar sobre isso, então Charlie conta sua história… e Nick reage das formas mais fofas possíveis. Eu realmente não posso culpar o Charlie por se apaixonar pelo Nick, sério.

E também entendo perfeitamente o Nick se apaixonar pelo Charlie – PORQUE O CHARLIE É MUITO FOFO! Nick ainda está “se entendendo”, é verdade, mas ele sorri enquanto olha com olhinhos brilhosos para as fotos de Charlie no seu perfil… então isso quer dizer alguma coisa, não quer? E eles continuam compartilhando muitos momentos adoráveis, durante as aulas, por exemplo, ou quando o Nick mostra uma foto de sua cachorra e, como Charlie diz que gosta de cachorros, mas não pode ter um porque os pais não gostam, o convida para ir à sua casa no sábado! Volto a falar sobre como tudo em “Heartstopper” é cuidadoso ao extremo para recriar o visual e a sensação que tivemos ao ler os quadrinhos originais de Alice Oseman, e eu estava ansioso por essa cena dos dois “brincando na neve”, porque essa é uma das minhas cenas favoritas no Volume 1.

Toda a sequência do Charlie na casa de Nick é perfeita… a maneira como o Nick o recebe, como eles estão próximos, como eles jogam videogame, como eles veem que está nevando e descem para brincar na neve – com direito ao Charlie usando uma blusa do Nick e tudo! São momentos muito simples e muito significativos, e detalhes que não são mencionados, mas são vistos, como o fato de Nick e Charlie deitarem razoavelmente distantes um do outro na neve, mas terminarem a cena, de alguma maneira, muito mais próximos do que eles iniciaram… eles querem estar juntos, eles querem estar próximos, e Charlie está alimentando essa esperança, por mais que diga que não – Tao, então, com medo de que o melhor amigo vá se machucar, diz a Charlie que Nick gosta de uma garota… uma tal de Tara Jones, da escola para a qual Elle se mudou.

Foi bem bacana, também, acompanhar um pouquinho mais de Elle nessa outra escola – e vê-la finalmente fazendo amizades. Até agora, mesmo que esteja mentindo para os amigos que está tudo bem e que é popular ou algo assim, Elle estava excluída, até as coisas milagrosamente começarem a mudar… e foi TÃO BOM acompanhar Elle se aproximando de Tara e Darcy – inclusive, eventualmente Elle percebe que elas são namoradas, porque não dá para ignorar todos os sinais que elas estão dando. Como elas dizem, “Elle fez amizade com as lésbicas da escola”. Esse trio promete ser INCRÍVEL de se acompanhar (mal posso esperar por mais cenas delas!), e isso ainda dá uma forcinha para o Charlie, porque Elle diz que não pode contar como descobriu o que descobriu, mas diz que pode garantir que Tara não gosta de Nick e não existe chance de algo acontecer entre eles.

Isso é bom, não?

Acho muito legal como, mesmo antes dessa “confirmação” de Elle, Charlie chama Nick para ir à sua casa… na verdade, o Nick pensara em chamá-lo novamente para fazer algo no fim de semana, e acabou desistindo, e o Charlie estava imaginando o Nick se afastando dele porque é hétero e não quer que Charlie se confunda, mas ele acaba o convidando e Nick parece tão feliz com o convite! Lembro-me de como foi ler isso no quadrinho, e como cada momento que eles passavam juntos ERA UMA DELÍCIA. A maneira como eles conversam, como eles se aproximam, como assistem filme… e Nick tem uma cena importantíssima quando Charlie pega no sono durante o filme – vendo a mão de Charlie ao seu lado, virada para cima, Nick pensa, mais de uma vez, em segurá-la, e é como se ele sentisse essa eletricidade do desejo de tocá-lo, mas ele não tem coragem.

MEU CORAÇÃO DISPAROU COM A CENA DA MÃO.

Na despedida, Nick está tão confuso, mas com tanta vontade de estar mais perto de Charlie, que ele o abraça prolongadamente antes de ir embora sem conseguir olhar muito para ele… E É TÃO FOFO. Agora, Charlie está tentando interpretar esses sinais, mas ele tem a Tori dizendo que não acha que o Nick seja hétero e a Elle confirmando que não pode existir nada entre o Nick e a Tara, enquanto o Nick está tentando entender o que de fato está sentindo… ele sabe que gosta de Charlie, que adora passar tempo com ele, a mãe mesmo já lhe dissera que ele é mais “ele mesmo” quando está com Charlie ou algo assim, mas será que o que ele está sentindo é o que ele pensa? Adorei ver o Nick olhando novamente o perfil de Charlie, como fez no início do episódio, olhando a foto que ele tirou, depois as fotos que eles tiraram juntos, dando zoom no sorriso de Charlie…

Isso, não dá para negar, são ações de um homem apaixonado.

Então, Nick vai para o Google e digita: “Am I gay?”

Been there, done that.

 

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