Lost 3x04 – Every Man for Himself
“The only
way to gain a con man’s respect is to con him”
OUTRO
EPISÓDIO INCRÍVEL! “Every Man for
Himself”, exibido em 25 de outubro de 2006, pode não trazer um flashback cheio de informações novas e
reveladoras, mas reforça a ideia de que Sawyer, no fim das contas, é muito menos mal do que ele gosta de se
fazer, enquanto a trama da ilha continua impecável – dessa vez, pela
primeira vez na temporada, a atenção se divide entre os personagens que foram
capturados pelos Outros e estão presos do
outro lado da ilha (ou assim acreditavam), e um pouquinho dos
acontecimentos da praia, enquanto continuamos investigando aquele mistério de
como o Desmond parece saber de coisas que
ainda não aconteceram… eu adoro essa fase de “Lost”, como venho comentando há alguns textos, e como vamos, aos
poucos, descobrindo que tudo é muito
maior do que imaginamos inicialmente – há muito a se explorar ainda!
É bizarra e
desesperadora a forma como os Outros continuam querendo provar quem é que está no comando – embora
ainda não saibamos exatamente o que eles querem dos sobreviventes; quer dizer,
parece que a função de Jack foi “revelada”, mas e os demais? Depois que Colleen
leva um tiro de Sun, ela é trazida às pressas para a estação da Dharma na qual
eles estão, e Juliet, que não é uma médica, mas não uma cirurgiã, vai contra a
vontade de Ben para pedir que Jack a ajude… a sequência é tão interessante
quanto consegue ser quando o Jack está presente (ou seja, não tanto assim,
porque ninguém mais suporta o Jack), mas acaba com a morte de Colleen, e isso
parece pesar muito sobre Juliet. As
revelações dessa sequência estão, no entanto, em um raio-x que Jack vê do lado
de fora da sala na qual vai operar Colleen, e descobre que algum deles está com um tumor na coluna vertebral…
Parece que é por isso que Jack foi trazido:
para salvar alguém.
E já dá para
saber quem é, não?
Enquanto
isso, Sawyer continua pensando em uma maneira de escapar, mas, enquanto tenta
encontrar uma maneira de enganar os Outros, ele continuamente é enganado antes… ele planeja
eletrocutar o próximo que vier conversar com ele, por exemplo, mas Ben não é
burro o suficiente para cair em um plano desse e simplesmente desliga a
eletricidade da jaula, o que quer dizer que não apenas o plano de Sawyer não dá certo, como ele ainda acaba sendo
levado para uma espécie de “experimento” que mostra o quanto os Outros têm controle sobre eles: em uma sequência
angustiante, Sawyer recebe um marca-passo que pode “fazer seu coração explodir”
se chegar a aproximadamente 140 batimentos, o que quer dizer que, de agora em
diante, ele tem que se manter calmo e comportado – chega de tentar escapar,
pelo menos por ora.
Kate, alheia
a tudo, no entanto, continua tentando fugir – e o mais assustador para ela é
perceber que Sawyer está com medo o suficiente para não tentar mais fugir e
para mentir para ela sobre o que quer que tenha acontecido quando ele foi
levado para dentro da estação. Era até de se desconfiar que tudo aquilo fosse
um jogo dos Outros, para manter o
Sawyer na linha (e que estava funcionando), mas Sawyer não podia arriscar,
podia? Então, enfrentando o aceleramento do seu coração, uma surra e uma subida
que poderia significar sua morte se ele realmente
estivesse com um marca-passo, Sawyer descobre que não adianta continuar tentando escapar: Ben Linus faz questão de
levá-lo até um lugar alto onde ele pode ver exatamente onde eles estão, e não
é, como eles acreditavam, “do outro lado da ilha” – mas, sim em uma ilha vizinha.
Por isso
todas as conversas de submarino…
E por isso
tentar escapar não vai dar em nada.
Os flashbacks do episódio nos levam a um
momento da vida de Sawyer, ou “James Ford”, de quando ele foi preso depois de
enganar uma mulher… aqui, o vemos fazer o que ele sabe fazer de melhor: enganar uma pessoa para tirar algo dela.
Dessa vez, no entanto, ele está enganando um preso que acabou de chegar para
recuperar um dinheiro que foi roubado do governo em troca de sua liberdade, e é
muito bom ver a facilidade com que
Sawyer engana e manipula as pessoas – por isso é mais impactante ainda ver quando o jogo vira na ilha e ele não é
capaz de fazer o mesmo com os Outros. A principal novidade do flashback é o fato de que,
aparentemente, Sawyer teve uma filha com Cassidy, e embora ele faça sua cena,
embora ele a mande embora e diz que “não tem filha”, quando ele consegue sua
parte do dinheiro, além de sua liberdade, ele
manda colocar em uma conta no nome de sua filha…
Clementine.
Por fim,
temos a interessante história de Desmond… no episódio anterior, ele falou sobre
um “discurso de Locke” no passado, mesmo que ele ainda não tivesse acontecido, e agora ele dá mais demonstrações
de como sabe de coisas que ainda estão
por acontecer – primeiro, Desmond se voluntaria para “consertar o telhado
de Claire”, embora, aparentemente, ela não tenha visto nada de errado com ele;
depois, Desmond pega um taco de golfe com Paulo (Rodrigo Santoro começando a
aparecer em “Lost”) para colocar no
alto como uma espécie de para-raios, como se soubesse que isso seria útil… e assim que ele termina de construir a sua
torre, então, uma chuva forte começa a cair e um raio de fato atinge o taco de
golfe, com Desmond salvando a vida
daquelas pessoas por segundos. Sei que eu
mal posso esperar pelo próximo flashback
de Desmond!
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