Phil of the Future (Phil do Futuro) 1x18 – Tanner

Rir de si mesmo.

Phil é mandado de volta para a segunda série para poder melhorar sua caligrafia depois de Tanner ter dificuldades para ler os cartazes que ele fez para o jornal matinal da escola. “Tanner”, exibido em 25 de junho de 2004 como o 5º episódio da temporada, embora seja o 18º produzido, é mais um excelente episódio de “Phil do Futuro”, e tem a cara da série: tem uma mensagem bacana e ensina as pessoas a aprender a rir de si mesmas e não se envergonhar de algumas características, mas eu adorei como a história toda do episódio se originou de um problema que vem justamente do fato de Phil Diffy ter vindo do futuro. Afinal de contas, Phil é de 2121, e certamente as pessoas não serão boas de escrita à mão em 2121, então esse é um problema bem compreensível, que parte da premissa da série e que foi muito bem utilizado no episódio.

Eu entendo o Phil: pode ser um pouco vergonhoso estar no meio das crianças que estão aprendendo a escrever, e ele gostaria que ninguém ficasse sabendo disso. Acontece que Tanner, o cara que o detesta desde que Phil ajudou a desmascará-lo quando Tanner estava tentando enganar a Keely, acaba sendo o irmão mais velho de Crash, o garoto que mais interage com Phil na sala da segunda série… e justamente o garoto que tem umas ideias descabidas como andar por aí com uma câmera no seu capacete para registrar tudo o que faz na escola e não precisar responder à mãe quando ela perguntar “o que ele fez”. Isso quer dizer que uns vídeos de Phil na segunda série acabam caindo justamente nas mãos de Tanner, que está ávido por mostrar isso para toda a escola durante os próximos anúncios matinais – e Phil precisa encontrar uma maneira de impedir isso.

“Phil do Futuro” continua trazendo gadgets do futuro, e eu adoro como a série consegue se manter fiel à sua premissa, ainda que seja uma série de comédia adolescente cheia de situações típicas de outras séries do Disney Channel. Phil tenta pegar de Tanner a fita, mas falha, e chega em casa frustrado. É quando o pai faz alguma trapalhada com o liquidificador depois de ter acabado de limpar a cozinha, e ri de si mesmo, porque “está tudo bem”. Phil não precisa nem contar ao pai o que está acontecendo, porque ele já lhe deu um conselho mesmo sem perceber, então Phil decide que ele não precisa se envergonhar de estar frequentando aulas da segunda série e tem que aprender a rir de si mesmo. E o faz. Ele acaba reagindo à “armação” de Tanner da melhor maneira possível, porque o plano perde toda a graça para Tanner quando não atinge mais o Phil…

Assim, durante os anúncios da manhã seguinte, quando Tanner quer humilhar o Phil com o vídeo, o próprio Phil entra no jornal para anunciar o seu vídeo, e é a coisa mais fofa do mundo. Adoro esses momentos de “Phil do Futuro”, e adoro a intenção. Phil acaba fazendo uma ótima e madura introdução ao vídeo, que diverte todo mundo sem ridicularizá-lo, no fim das contas. E quem acaba sendo atingido é o Tanner, porque ele, sim, se importa com o que as outras pessoas pensam e dizem sobre ele – por isso, quando Phil diz que “todo mundo tem características das quais se envergonha”, Tanner diz que ele não tem… mas parece se esquecer que ele tem um irmão mais novo e que está bem ali naquele momento, então Crash entra no jornal para fazer o irmão passar vergonha. E eu não tive pena, porque foi ele quem pediu e quem não entendeu a mensagem do Phil.

Sensacional.

Por fim, temos Pim Diffy tendo que lidar com algo que nunca achamos que veríamos: sua consciência. Ela usa mais uma tecnologia do futuro para dar um jeito de trapacear em uma prova de anatomia, e Phil pergunta “como ela dorme à noite”. A verdade é que Pim sempre fez esse tipo de coisa sem se sentir culpada, mas Phil falou tanto sobre “consciência” que isso parece ter causado certa impressão em Pim, de um jeito ou de outro… assim, ela começa a ter pesadelos em que a sua consciência conversa com ela, mas o melhor de tudo é o fato de a sua consciência assumir a forma de Debbie Berwick – quer dizer, FAZ TODO O SENTIDO, NÃO FAZ? Então, pela primeira vez, Pim precisa lidar com a sua consciência, precisa assumir seus erros, e a verdadeira Debbie a ajuda a conversar com o professor e confessar que ela trapaceou na prova. Um crescimento para Pim!

 

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