Sítio do Picapau Amarelo (2005) – As mentiras de Teteia
“Você ainda vai ser meu, João… ou eu não me chamo
Teteia”
Chegou o
momento de a Teteia começar a ser maldosa…
até agora, a Teteia causou alguns problemas para Cléo e João da Luz, é verdade,
mas ela não estava agindo realmente por
maldade e nós não conseguimos sentir
raiva da personagem – talvez a guinada que o roteiro dá nesse ponto da
história a transforme em uma vilã de
verdade, e então não sabemos o que ela pode fazer. Agora que João da Luz foi
levado de volta para o reformatório, fugiu e Teteia não sabe onde ele está, ela
decide que o melhor que pode fazer é tentar ficar amiga de Cléo e se aproximar
dela, porque se o João aparecer pela região, ele certamente procurará por Cléo,
então é o jeito mais fácil de a Teteia também ficar sabendo. Por isso que ela é
tão legal com a Cléo quando diz que
ela e o João nunca tiveram nada porque “ele só tinha olhos para ela”, por
exemplo.
É o clássico
“Mantenha seus amigos perto e seus
inimigos mais perto ainda”.
Teteia está
certa, é claro, quando planeja ficar por perto de Cléo sabendo que isso a
levará de volta ao João – e é justamente o que ela consegue quando descobre o
poema que o João escrevera para a Cléo no seu caderno da escola… percebendo que
o poema foi escrito recentemente e que isso só pode querer dizer que o João
está de volta, Teteia foge da escola e corre para a casinha na árvore, que
descobriu em outra ocasião, e não dá outra: ela
encontra o João da Luz. E, sem perder muito tempo, ela lhe dá um beijo e
diz que “estava com muita saudade”. Eu realmente achei que a Cléo ia chegar bem
enquanto eles estavam se beijando, mas embora isso não aconteça, Teteia vai se
certificar de que os dois voltem a brigar, dessa vez jogando um contra o outro…
Teteia é astuta e João da Luz e Cléo são manipuláveis, então o plano funciona.
Quando João
lhe pergunta como ela sabe tanto dele
(que ele tinha voltado para a região, por exemplo), Teteia diz que quem lhe
contou foi a Cléo, e embora o João devesse ser
mais inteligente do que isso e não acreditar que a Cléo realmente contaria
para a Teteia (justo a Teteia!) sobre ele ter voltado, ele realmente fica
intrigado… especialmente quando a Teteia o convence de que ela e a Cléo viraram
amigas, tão amigas que ela até mostrou o
poema que ele fez para ela. Para João, não havia outra maneira de Teteia
saber sobre o poema a não ser que Cléo tivesse lhe mostrado/contado, então ele
acaba acreditando, e fica bravo com a Cléo. Teteia ainda provoca e coloca mais lenha na fogueira, dizendo que
também não achou legal de a Cléo ter contado tudo para ela, e dizendo que ele
tem que ter cuidado com a Cléo, porque “ela está muito amiguinha dos netos do
coronel”.
Para a Cléo,
quando retorna à escola, Teteia também solta um pouco do seu veneno… ela diz
que o João da Luz a procurou, e logo em seguida finge que “falou demais” e que
“ele pediu para ela não contar nada”, e graças às garrinhas que Teteia
finalmente colocou de fora, João da Luz e Cléo vão voltar a brigar, algo que
eles não faziam há algum tempo. Já brava, Cléo vai à casinha da árvore para
“tirar satisfações” e perguntar, de uma vez por todas, o que o João tem com a
Teteia, e quase parece que eles vão se resolver porque fica claro que Cléo não contou
nada para a Teteia e muito menos lhe mostrou o poema que ele escreveu, e que o
João não a procurou, mas os dois são estourados, e tudo dá errado eventualmente.
João diz que já entendeu que a Cléo está “tentando se livrar dele” porque é
mais fácil namorar um dos netos do coronel, e Cléo vai embora brava, dizendo
que ele não podia duvidar dela depois de tudo…
Bem, a Cléo
tem razão, né? Por favor, João!
O problema é
que essa briga acaba entregando o João de bandeja para a Cuca. A jacaroa está
no Sítio do Picapau Amarelo se passando pelo Zé Carijó (para que ninguém fique
preocupado com ele e vá procurá-lo, porque ele está se saindo um ajudante, um
“estrupício caipira”, surpreendentemente bom) quando escuta a Cléo desabafando/se
lamentando com a Tambelina, e ela fala alguma coisa sobre a Teteia e “como ela
sabia que o João estava escondido lá na casa da árvore”, então Cuca descobre
que ele está de volta e só precisa ir lá durante a noite para pegá-lo, e então
ela poderá se vingar do garoto atrevido que cortou sua mão fora… acompanhada de
seus dois “estrupícios”, Cuca vai até a casinha na árvore e não tem muita
dificuldade para pegar o menino de cabelos vermelhos, dizendo que “ele vai
pagar por tudo o que fez”.
É aí que um novo personagem aparece: o MÁSCARA
VERDE. O Máscara Verde é um super-herói que enfrenta assombrações para salvar
as pessoas; agora, ele está ali para salvar não apenas o João, mas também o Zé
Carijó, da Cuca, e eu devo dizer: É UMA BELA ESTREIA. Eu gosto bastante do
Máscara Verde – ele é gato e fofo (quando está como jornalista), o uniforme de
herói é bonito, e as lutas têm efeitos de gibis que ficam bem legais… ele
derrota a Cuca e o Pesadelo sem muito esforço e liberta o João e o Zé Carijó.
Por enquanto, o João estará livre, e o Zé Carijó finalmente se livrou de
cumprir aquelas tarefas malucas que a Cuca lhe mandava fazer… no dia seguinte,
ele conta tudo para as crianças, e conta sobre como o Máscara “Vrede” apareceu,
“parecendo um perereco” e salvou ele e o João… ansioso pela história do César e do Máscara Verde!
Que comece
César e Cecéu!!!
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