A Favorita – “Fala, Sandra. Você matou alguém?”

A descoberta de Zé Bob.

Donatela não vai descansar enquanto não tirar Flora do seu caminho… e é um ataque para desestabilizá-la atrás do outro. Quando Flora conseguiu um emprego em uma lanchonete e um lugarzinho simples para morar, por exemplo, Donatela rapidamente foi para lá para contar ao dono do estabelecimento que Flora era uma assassina, fazendo com que ela perdesse não só o emprego, mas o lugar onde estava dormindo. Como Flora continuamente recusa qualquer proposta de Donatela para que ela vá embora da cidade, Donatela precisa sempre investigá-la, descobrir onde ela está e acabar com qualquer chance de estabilidade que ela pode ter conseguido… rastreando suas compras, por exemplo, Donatela descobre que Flora comprou um vestido caríssimo, e coloca alguém para segui-la, descobrindo que ela está vivendo em um hotel e razoavelmente bem.

E agora quer saber quem a está ajudando

Quando Flora chega em casa, ela encontra Donatela lá dentro, esperando por ela, com uma passagem para Portugal para que Flora desapareça da sua vida para sempre, e ainda diz que ela precisa gravar um vídeo confessando o crime que nunca confessou. Eu até admiro a paciência da Flora, porque demora muito para ela sair do controle – ela diz que está vivendo sua vida honestamente e não vai interferir na de Donatela e, portanto, não vai embora, mas Donatela rebate imediatamente: “Eu não acredito em uma palavra do que você diz. Você vai transformar a minha vida em um inferno. A minha e a da minha filha. Mas eu vim te dizer uma coisa, Flora: eu não vou permitir que você faça isso”. Flora não se abala, diz à Donatela que não tem medo dela, e pede que ela saia, ou então vai chamar a polícia porque o que ela está fazendo é invasão de propriedade privada.

Então, ela rasga a passagem para Portugal, e Donatela vai embora dizendo que ela pode começar a contar os dias para a sua descida ao inferno, porque “ela vai se arrepender de ter nascido”. E, antes de passar pela porta, ela tira uma foto de Flora.

Então, Donatela faz o maior estardalhaço, algo que, convenhamos, ela sabe fazer muito bem – ela imprime panfletos com a foto de Flora e espalha para o hotel inteiro, dizendo a todos que ela é uma ASSASSINA e que todos estão correndo perigo enquanto ela estiver ali. É um escândalo que, fosse verdade ou não, chama a atenção do pessoal do hotel, então eles inventam uma desculpa sobre uma tubulação quebrada no apartamento de Flora, pedindo que ela vá embora, mas ela sabe que é mentira e, por isso, diz que não vai sair… afinal de contas, ela pagou por aquele quarto adiantado! O pessoal do hotel ameaça até ligar para a polícia (!), e é interessante como eu estou conseguindo ver “A Favorita” sabendo do que vem à frente, pensando nisso, mas, ao mesmo tempo, me distanciando da “grande revelação” o suficiente para sentir cenas como essa…

Nesse momento, em particular, eu estava COM MUITA RAIVA da Donatela.

Estranho, né?

Flora liga para o Zé e pede a sua ajuda: ela tem um plano. Zé chega trazendo algumas coisas que ela pediu, e ela sai meio abraçada a ele, “fantasiada” com uma peruca e óculos escuros, para que ninguém a reconheça e/ou a impeça de sair. Então, Flora acaba indo novamente para a casa de Zé Bob, o seu porto seguro, só que, dessa vez, Zé Bob não é tão caloroso com ela quanto foi das outras vezes… ele está estranho, distante, cansado… diz que agora chegou o momento de ela contar a sua história. Ele lhe dá a oportunidade, mas Flora resolve não falar, e é esse o momento em que Zé Bob mostra a Flora um dos panfletos que acabou pegando quando esteve no hotel para resgatá-la: “Fala, Sandra. Você matou alguém?” Zé Bob tem o direito de fazer perguntas naquele momento: ele abriu sua vida e sua casa para ela e, como diz, está tendo um caso com uma mulher que não sabe de onde veio, não fala nada e está sendo acusada de assassinato.

Para não precisar dizer nada, Flora só diz que está indo embora e, naquele momento, Zé Bob ainda não consegue permitir. Ainda pede que ela fique. Mas a “relação” de Zé Bob e Flora está bem balançada, e isso vai se intensificar quando Zé Bob vai ao hotel em busca de alguma informação sobre “Sandra”, e não descobre muita coisa, mas descobre que ela mentiu em relação a algo: seu nome é Flora. Mais tarde, ele confronta Flora, chamando-a pelo seu nome real, e ela desdenha disso, como se ter mentido o nome não fosse nada demais, mas Zé Bob acha que é… até porque, se mentiu com tanta facilidade o seu próprio nome, sobre o que mais ela pode ter mentido? Ela diz que não podia ter lhe dito a verdade, e ele pergunta se não podia dizer a verdade a quem a acolheu, a tirou da rua, deu carinho, as chaves da própria casa… Flora chora, mas, dessa vez, Zé Bob não se comove.

Zé Bob a teria deixado ficar se ela contasse a sua história, mas ela não pensa em fazer isso… por isso, quando ela anuncia que está indo embora, Zé Bob não a impede dessa vez – ele não suporta mentira.

 

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