A Favorita – Zé Bob ajuda Flora
Sandra Maia.
Lara está
confusa… e eu acho que qualquer um em sua situação estaria. Lara viveu os
últimos 18 anos de sua vida com Donatela, que a criou como se fosse sua filha,
e ouviu histórias sobre a sua mãe biológica criminosa que matou o seu pai e foi
presa por assassinato – agora que Flora está livre e pode vir procurá-la a
qualquer momento, o que ela vai fazer? Lara sinceramente não sabe, e está em
busca de alguém que possa lhe dizer, mas a verdade é que ela só vai saber como
se portar quando realmente estiver frente a frente com Flora… o que pode não demorar muito para acontecer.
A saída de Flora está mexendo muito com ela porque além da possibilidade de a
mulher aparecer, Donatela ainda ficou mais intensa, chorona e com medo, e Lara
não tem muita paciência para isso… e não pode deixar de lado a sensação de que
Donatela está sempre atuando.
Que situação
complicada!
Em um
momento, Lara tem uma cena muito bacana com Cassiano, depois de ter conhecido a
sua família e os dois pararem em uma espécie de mirante para ver toda a cidade…
ali, ela fala sobre Flora, conta que ela saiu da cadeia, e reproduz o discurso
de Donatela que ela ouviu por 18 anos, dizendo a Cassiano que ela não conhece
essa mulher que a gerou, matou seu pai, passou 18 anos presa… que é uma
assassina. Mas ela também fala da sensação
estranha que ela tem, movida pela curiosidade e pela incerteza, e Cassiano
é bastante cuidadoso ao falar sobre isso, e sem estar tão envolvido quanto a
Dona Irene, quando aconselha Lara, ele apenas pergunta se essa sensação talvez
não se aliviaria se ela conhecesse Flora e ouvisse o que ela tem a dizer… Lara
sabe que é isso o que ela quer, no fundo, mas ela não se permite sentir isso de
fato.
Por isso,
diz que “não quer” conhecer Flora!
Enquanto
isso, Flora é despejada da pensão em que estava vivendo depois que uma enviada
de Donatela rouba o seu dinheiro e ela não tem como pagar a diária… Flora acaba
na rua, sentada nos degraus de uma igreja, embaixo de uma chuva forte, e é aí
que Zé Bob a encontra novamente. Ele saiu para correr embaixo da chuva, e
quando a vê ali, sozinha, molhada e chorando, ele diz que pode ajudá-la – mas Flora não confia nas pessoas e é toda
ressabiada e esquiva, perguntando por que
ele a quer ajudar se não sabe nada dela, nem mesmo seu nome, mas ele pede que
ela pare com isso, se levante e venha com ele… e esse é o momento em que o muro
que Flora construiu cai, e ela desmorona, chora, e deixa que Zé Bob a ajude,
que a leve para casa, mesmo que continua perguntando “por que ele está fazendo
isso”, totalmente desconfiada.
Mas Zé Bob
parece realmente só querer ajudar…
ele a viu sozinha na rua, embaixo de chuva e sem ter para onde ir, e ofereceu
uma casa e roupas secas, porque ela não pode ficar molhada. “Tá vendo? Eu tava certo quando eu disse que
a gente ainda ia se encontrar de novo”. Aos poucos, Flora começa a se
soltar, embora permaneça alerta e minta com uma facilidade impressionante, como
quando ele lhe pergunta seu nome e ela não pestaneja ao responder “Sandra Maia”. Zé Bob tenta descobrir
sua “história”, o motivo de ela estar na rua assim, mas Flora repete o que
dissera lá no primeiro capítulo, quando pegou uma carona com ele: ele não vai conseguir arrancar nada dela.
“Você assaltou um banco? Matou alguém?”,
ele pergunta. “Você vai ter que confiar
em mim. Sem saber nada a meu respeito. A brincadeira é essa. Você topa?”,
ela responde.
E Zé Bob
acaba aceitando as condições… afinal de contas, “Sandra” também confiou nele,
aceitando ir à casa de um completo desconhecido. Estou gostando da interação
dos dois e dos diálogos, como quando Flora pergunta por que ele confiaria nela e Zé Bob diz que “pode ver no seu olho
que ela é boa, pura”. PATRÍCIA PILLAR É INCRÍVEL MESMO, NÉ?! Aos poucos, o
clima entre os dois vai ficando mais leve, eles acabam rindo, se divertindo,
fazendo piada, Flora pergunta se pode fazer um macarrão porque “a sopa tá muito
ruim”, e daí ela beija o Zé Bob assim, do nada… mas dá para julgá-la? Quer dizer, ela passou 18 anos presa sem beijar
um homem e o Zé Bob é um gostoso. Então, o clima esquenta entre os dois,
eles transam já no primeiro dia, e, quando amanhece, Zé Bob diz que “essa foi
uma das melhores noites da sua vida” e Flora pergunta se “ele quer repetir a
dose”.
Wow.
Esse segundo
dia na casa de Zé Bob é o dia do
aniversário de Lara, e Flora acorda pensando nisso. Cedo, Flora anuncia que
está indo embora porque “não quer ser um estorvo”, mas Zé Bob diz que ela pode
continuar ali, pede que ela continua
ali, e como ele insiste e, na verdade, ela não tem para onde ir, Flora acaba
aceitando, mas diz que, em agradecimento, vai fazer um jantar para ele naquela
noite. Zé Bob, então, diz que isso vai ter que ficar para outro dia, porque
“ele tem que cobrir a festa de aniversário da filha de uma granfina”. EITA, ESSE MUNDINHO PEQUENO, COMO EU ADORO. E a verdade
é que uma época da minha vida eu questionei esse tipo de coisas em novelas, até
perceber que é exatamente assim que
acontece na vida real mesmo… o mundo é muito menor do que a gente pensa. Zé
Bob até a convida para ir com ele, mas ela dispensa.
Até porque não pode correr esse risco…
imagina se Donatela a vê por lá?
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