Heartstopper 1x03 – Kiss
O primeiro beijo.
MAIS UM
EPISÓDIO LINDÍSSIMO DE “HEARTSTOPPER”.
“Kiss” adapta a reta final do Volume
1 de “Heartstopper”, e algumas das
cenas mais lindas e mais importantes na história de Nick e Charlie. O episódio
começa de onde o outro parou: quando Nick se senta com o computador aberto para
pesquisar se ele é gay, e Kit Connor arrasa em uma sequência emocionante na qual
toda a sua atuação está concentrada nos olhos e podemos olhar para ele e
entender o que ele está sentindo – até porque vários de nós já estivemos no
mesmo lugar que ele. Nick lê uma série de notícias, artigos espalhados pela
internet, faz “testes” (um deles que lhe diz que ele é 62% gay, por exemplo), e
agora ele está bastante confuso, mas de uma coisa ele tem certeza: ele sente alguma coisa por Charlie. E
ele não consegue e nem quer esconder isso dele mesmo… ele adora estar com
Charlie.
Por isso,
quando ele é convidado para uma festa de aniversário de um dos seus amigos no
sábado, ele convida o Charlie para ir com ele – e eu acho esses pequenos
momentos tão românticos! A maneira como ele convida o Charlie e como há certa
expectativa e ansiedade em sua voz, e como Charlie se derrete todo e responde
que “sim”, mesmo que ele não seja muito dessas festas e vá perder uma noite de
filme na casa de Tao para isso… mas
Charlie quer estar com Nick, e não tem como não querer, quando Nick lhe pede
com tanto carinho que ele vá com ele, “porque precisa dele lá”. O problema,
é claro, é que os antigos amigos de Nick Nelson são uns babacas, e agora eles
estão tentando insistir em juntar Nick e Tara, só porque eles se beijaram uma
vez quando eram mais novos ou qualquer coisa assim – e nenhum dos dois sente
nada um pelo outro.
Os momentos
de Charlie e Nick são sempre lindos… os dois juntos funcionam perfeitamente
bem, e quando estão conversando, é como se todo o mundo ao redor deles
desaparecesse – mas quando os outros aparecem ignorando o Charlie ou tentando
arrancar o Nick dali para colocá-lo com Tara, as coisas ficam estranhas, e o
nosso coração se parte junto com o de Charlie. Não por causa de Nick, porque
ele não faz nada para magoar o Charlie, mas por causa de toda a situação
desconfortável da qual é difícil escapar… enquanto Nick e Tara conversam,
Charlie acaba saindo perambulando pela casa, meio sem rumo. E ficamos
apreensivos quando ele acaba encontrando o Ben, mas esse é um momento
extremamente importante para o Charlie, embora seja bastante breve, porque é um
momento em que ele mesmo consegue dar um basta em Ben…
Nick,
enquanto isso, descobre que Tara é lésbica e que ela está ali na festa com a sua namorada, e eu achei tão legal
ver a Tara se abrindo sobe isso com Nick, mesmo que eles não conversem há anos
– mas é que ela e Darcy não querem continuar mantendo o namoro delas em
segredo. Esperamos ver mais de Nick e Tara, porque essa pode ser uma amizade
bem bacana, como o diálogo dos dois nos mostrou, até porque Nick dá um jeito de
mencionar o Charlie na conversa, o que é muito fofo! Quando tenta voltar para
onde ele e Charlie estavam sentados conversando mais cedo, Nick percebe que ele
não está ali, e então começa a buscá-lo por toda a festa, durante um tempo
razoavelmente longo em que ele está
desesperado. Destaque para o momento lindíssimo, antes de encontrar
Charlie, no qual Nick vê Tara e Darcy se beijando, E A CENA É LINDA.
Tudo na cena
é lindo: o beijo, a bandeira atrás, o sorriso legitimamente feliz de Nick…
Enquanto
isso, acompanhamos também um pouquinho da “noite de filme” na casa de Tao, que
acaba sendo apenas entre ele e Elle – e eu gostei muito da dinâmica deles, e de
como a Elle é o equilíbrio perfeito para as atitudes de Tao… Tao é alguém
preocupado com mudanças, alguém com medo de estar perdendo Charlie e que queria
que as coisas “voltassem a ser como sempre foram”, enquanto Elle é quem o ajuda
a ver que às vezes as mudanças são coisas boas. O diálogo dos dois é muito
bem-escrito e podemos ver as dicas do início de um relacionamento ali, e eu mal
posso esperar para ver mais dos dois, porque eles são encantadores… a maneira como o Tao diz que continuou
comprando o suco que sempre comprava para ela, ou a maneira como eles seguram a
mão um do outro no fim. “Heartstopper”
vai mesmo entregar vários casais icônicos.
Felizmente,
Nick consegue reencontrar Charlie na festa antes de ele ter ido embora ou
qualquer coisa, e então eles voltam ao mundinho deles, no qual nada mais além
deles importa – e eu adorei o Nick o convidando para “ir a um lugar mais
reservado” e segurando a sua mão para que eles saiam do meio de toda aquela
multidão, e então eles correm até chegar a um lugar em um andar alto e vazio da
casa… novamente, eu preciso dizer que é fantástico como a série de “Heartstopper” conseguiu recriar o que
lemos nos quadrinhos de Alice Oseman tão bem: todo o cenário do primeiro beijo
de Nick e Charlie foi reconstruído com perfeição, mas, mais do que isso, temos
o mesmo diálogo que fez o meu coração disparar enquanto eu virava avidamente as
páginas quando li “Heartstopper” pela
primeira vez… tudo é muito bonito, muito sincero e muito tocante.
Nick e
Charlie se sentam no chão, lado a lado, e Charlie começa perguntando se os
amigos dele têm razão e ele gosta mesmo de Tara, mas Nick diz que não; então,
Charlie pergunta se isso quer dizer que ele não gosta de ninguém no momento, e
Nick diz que também não foi isso o que ele disse. Podemos ver e sentir o
nervosismo de Charlie fazendo esse “teste”, buscando informações, mas com medo
da resposta, e podemos ouvir o seu coração acelerar e quase sair do peito
quando ele, desanimado, pergunta a Nick “como ela é” e Nick pergunta se “ele
vai simplesmente assumir que é uma ‘ela’”.
Esse é o momento mais perfeito do diálogo, mais perfeito ainda do que tudo o
que está por vir, porque é o momento em que o Nick verbaliza que pode estar
gostando de alguém que não é uma menina – é o momento em que ele diz o que
Charlie quer ouvir, mas também é importante demais para ELE.
“Você beijaria alguém que não é uma garota?”
“Não sei…”
“Você me beijaria?”
“Sim”
A sequência
é, possivelmente, a sequência mais linda da série até aqui, embora já tenhamos
tido uma série de momentos lindos em “Heartstopper”.
Mas toda a cena é brilhantemente construída, com um diálogo perfeito, química
inegável e uma entrega incrível de Kit Connor e Joe Locke, que colocam em sua
atuação todo o sentimento de seus personagens: a ansiedade, a vontade, o
nervosismo… a maneira como as mãos vão se aproximando, como os dedinhos se
encontram primeiro e se tocam, como Charlie beija Nick quase que timidamente,
mas então Nick segura a sua mão com força e Charlie entende que eles podem continuar se beijando e o
beija tocando a sua nuca e o puxando para perto de si. É um beijo LINDÍSSIMO,
cheio de sentimento, de romantismo e daquele friozinho na barriga que acompanha
o nosso primeiro beijo.
Infelizmente,
alguém chama Nick do lado de fora e ele acaba saindo sem falar nada para
Charlie e, quando retorna, Charlie não está mais ali – não vemos Charlie chorar
sozinho naquela sala, mas vemos o Charlie chorar abraçando o pai no carro, e eu
acho que essa cena ficou ainda mais forte e mais triste do que eu esperava.
Felizmente, o episódio não termina como o Volume 1 de “Heartstopper”, que nos deixa sem entender muito bem o que
aconteceu e o que se passou pela cabeça de Nick ou o que está por vir…
felizmente, vemos Charlie atender a porta no dia seguinte e, do lado de fora,
temos um Nick lindo, nervoso, todo molhado de chuva e certamente tendo alguma coisa a dizer… Charlie certamente teve uma
noite bastante difícil, mas isso vai ser compensado agora, e momentos muito
bonitos estão por vir para Charlie e Nick. Eu amo esses dois!
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