Lost 3x10 – Tricia Tanaka is Dead

MEU DEUS, A KOMBI DA DHARMA!

Tá vendo como um episódio sem o Jack funciona muito melhor? QUE EPISÓDIO BOM! Apesar de que os episódios centrados em Hurley normalmente são mesmo muito bons – “Tricia Tanaka is Dead”, exibido em 28 de fevereiro de 2007, é um episódio divertido e emocionante que traz um grupo incrível formado por Hurley, Jin, Sawyer e Charlie, além de apresentar a icônica Kombi da Dharma. Ainda a veremos tanto pela frente, é um símbolo tão importante de “Lost”. O episódio começa com um flashback da infância de Hurley, no dia em que o pai foi embora, 17 anos antes de Hurley ganhar na loteria, e entendemos um pouquinho mais sobre como a personalidade de Hurley foi construída… o episódio ainda traz o retorno de Sawyer e Kate para a praia, enquanto eles se perguntam se vão fazer alguma coisa para tentar resgatar o Jack do cativeiro.

Os flashbacks de Hurley talvez não sejam tão reveladores assim – mas são divertidíssimos, de uma maneira bizarra, de se acompanhar! Temos mais evidência da maldição que caiu sobre Hurley com os números que usou para ganhar na loteria, e embora a mãe dele (e o pai, que retorna quando fica sabendo de todo o dinheiro!) queira convencê-lo de que ele não está amaldiçoado e de que tudo é coincidência, realmente muitas coisas ruins estão acontecendo a ele… aquela cena do meteoro caindo na lanchonete que ele comprou e matando a repórter e o cinegrafista é uma das coisas mais bizarras de “Lost” e, por algum motivo, eu acabei rindo muito na cena! O flashback é importante para mostrar o Hurley tomando a decisão de ir para a Austrália, porque “é de lá que vêm os números”, e então sabemos tudo o que aconteceu a ele dali em diante.

Na ilha, ele está conversando com Charlie, com o Charlie contando o que Desmond lhe dissera recentemente, que ele ia morrer (Hurley não duvida dele, porque já tinha percebido que o Desmond estava prevendo coisas), quando Vincent aparece carregando um braço humano e uma chave com um pé de coelho de chaveiro, e então Hurley o persegue e descobre uma Kombi abandonada na mata, há não sei quantos anos… eu amo como o Hurley se empolga com essas coisas, e toda essa tentativa dele de distrair as pessoas consertando a Kombi me fez pensar muito naquela vez em que ele arrumou um campo de golfe, falando sobre como as pessoas precisavam se divertir… essa vibe do personagem é o que faz com que o amemos, e “Tricia Tanaka is Dead” não é diferente: amo vê-lo determinado a consertar a Kombi, conseguindo a ajuda de Jin.

Também amo o Jin, como já falei várias vezes – ele tem seus defeitos, muitos deles incentivados pelo pai da Sun, mas eu acho que ele cresceu muito e sempre ficou evidente como, na verdade, ele é um bom homem, e eu adoro vê-lo trabalhando com Hurley, sendo todo prestativo, aprendendo inglês com o Sawyer (perigoso) e tudo o mais. Adoro acompanhar o Jin, e ele estava absolutamente lindo com aquela camisa roxa – mas eu sempre fico babando pelo Jin, não tem como. Jin ajuda Hurley a tirar o corpo do homem que estava lá dentro, o Roger, e a virar a Kombi, mas não parece que existe muito que ele possa fazer para que ela volte a funcionar… eventualmente, Sawyer também se junta à “festa”: ele estava ali para reclamar sobre o Hurley ter tomado sua bebida, mas ele acaba envolvido… até porque, como o Hurley diz, tem cerveja lá dentro.

Adorei acompanhar essa dinâmica do grupo formado por Hurley, Jin e Sawyer, e percebi o quanto eu estava sentindo falta de ver um Sawyer mais leve e mais divertido, contracenando com outras pessoas que não são apenas a Kate – é em momentos assim que eu gosto mais ainda do personagem. Enquanto Sawyer está interessado em beber a cerveja e Jin se conforma que não tem como consertar a Kombi, Hurley continua insistindo que eles precisam consertá-la, e percebemos que existe muito mais do que “consertar a Kombi” para ele. É verdade que a Kombi de nada vai servir ali e, ainda que funcione, deve ter pouco combustível, mas Hurley quer fazer isso talvez porque faz com que ele se lembre de quando consertou um carro com o pai, no passado, ou porque quer provar que “ele é quem faz a sua própria sorte”, e conseguir isso mostra que ele está no controle…

Assim, Hurley também envolve o Charlie na história, indo buscá-lo na praia para que ele participe com ele e prove quem está no comando: ele e Charlie estão prestes a sair em uma missão perigosa. Charlie e Hurley entram dentro da Kombi enquanto Jin e Sawyer a empurram por uma descida íngreme e perigosa, com pedras lá embaixo, e Hurley está esperançoso e confiante de que tudo vai dar certo – e dá! É uma cena interessante a da Kombi funcionando, porque gera alívio e um sorriso sincero no rosto, como se compartilhássemos essa pequena e importante vitória com os personagens! Acho que o momento em que eles param a Kombi para o Jin, o Sawyer e, é claro, o Vincent entrar e os cinco ficam dando voltas curtindo aquele momento é uma das cenas MAIS EMOCIONANTES de “Lost”. Simples, singela e extremamente competente em tocar o coração.

Amo essa história!

Em paralelo, se não temos nada de Jack, temos Kate determinada a encontrar alguém que possa ajudá-la a chegar até o acampamento dos Outros – personagens bastante importantes acabam ficando em segundo plano, como o Locke e o Sayid, mas eles estão por perto e acabam se juntando a Kate eventualmente, quando eles “se esbarram” no meio da floresta e Locke fala alguma coisa sobre a maneira como a luz bateu no bastão de Eko enquanto ele o enterrava ter lhe mostrado o caminho, e o grupo todo segue até onde Kate planeja ir: em busca de Danielle Rousseau. Danielle chega atirando, é claro, mas Kate levanta as mãos para que ela pare e conta que veio ali pedir sua ajuda… e se Danielle não sabe por que a ajudaria, Kate explica, de maneira convincente, falando sobre a garota que a ajudou a escapar: uma garota de aproximadamente 16 anos e que se chamava Alex.

 

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