Sonic 2 (Sonic the Hedgehog 2, 2022)
“Today's forecast calls for a 100%
chance of adventure!”
O OURIÇO AZUL ESTÁ DE VOLTA – E,
DESSA VEZ, ELE NÃO ESTÁ SOZINHO! Em 2020, um dos personagens mais queridos dos
videogames ganhou as telonas do cinema com “Sonic:
O Filme”, conquistando o público com o seu carisma e sua maneira divertida
de contar história. “Sonic 2”, a
sequência do filme, é tão carismática e divertida quanto a primeira,
apresentando dois novos personagens interessantes e que conhecemos, também, dos
videogames: Tails, uma raposa amarela com duas caudas que é capaz de voar (!),
e Knuckles, uma équidna vermelha com punhos imensos e uma força incrível.
Juntos, Sonic e Tails podem usar a velocidade de um e a inteligência do outro
para tentar deter Knuckles e o malvado Robotnik, que foi resgatado do planeta
de cogumelos no qual terminou o filme anterior, e que agora está atrás da Esmeralda Mestre.
Gosto de como o filme consegue
equilibrar bem suas propostas. Por vezes, parece que estamos mesmo jogando videogame, com a quest que guia a trama se desenvolvendo
como uma fase enquanto buscamos a Esmeralda Mestre. Em outros momentos, no
entanto, temos um filme divertido e com temáticas interessantes que falam sobre
a família e a amizade, por exemplo. A maneira
como Sonic foi realmente adotado pelo Lorde Donut (ou melhor, o Tom Wachowski)
e por Maddie gera momentos muito bonitos durante o filme. Assim como
acredito que sempre precisa acontecer em um segundo filme de uma franquia, “Sonic 2” traz a necessária expansão do universo que já conhecemos,
aprofundando relações que já conhecíamos, como a de Sonic com Tom (que emoção
ouvi-lo o chamando de “pai”), enquanto expande horizontes com seus novos
personagens e temas.
Tom, interpretado pelo querido
James Marsden (bonito, talentoso e carismático), está preocupado com Sonic e
com o fato de ele não ter “uma galera”, um grupo de semelhantes com quem possa
se relacionar… então, quando Tom e Maddie saem um fim de semana para um
casamento no Havaí (queria muito aqueles anéis do Sonic, eles são muito
úteis!), Sonic fica com a casa só para ele, e a confusão fica muito maior do que ele imaginava! Sonic
é atacado pelo Dr. Robotnik e seu novo companheiro, Knuckles, e Sonic percebe
depressa que apenas a sua velocidade não será o suficiente contra esse novo
oponente – dessa vez, talvez ele não
possa vencer. Felizmente, ele acaba sendo ajudado por Tails, que é,
provavelmente, o personagem MAIS FOFO do filme todo, e os dois acabam em busca
de uma bússola que os levará até a Esmeralda Mestre.
A dinâmica do filme é divertida,
empolgante e ágil, e seria uma ótima história para um videogame. Adoro eles
terem que seguir o mapa, terem que conseguir uma bússola e, então, recuperar a
bússola antes que Robotnik consiga usá-la para pegar a Esmeralda Mestre – o que
eles não conseguem. Na primeira parte do filme, sentimos um pouco de falta dos
personagens humanos que ajudam Sonic, mas Sonic acaba os envolvendo em uma cena
MARAVILHOSA na qual ele liga para o Tom e pede que ele use agora o anel que ele
tinha lhe dado para voltar para casa, porque ele precisava de ajuda – assim,
Sonic invade um casamento no Havaí com uma avalanche de neve, arruinando toda
uma cerimônia que Tom já tinha sido avisado para não arruinar… mas que, no fim,
era de fachada, toda uma operação com agentes disfarçados para capturar o
Sonic.
Temos sequências incríveis
protagonizadas, especialmente, por Rachel, a irmã mais velha de Maddie, que
está muito brava com o seu casamento
arruinado – e com o fato de que o casamento nem era real, no fim das contas! O
senso de humor do filme é apurado e gosto de como existem humores diferentes
para cada personagem… Rachel nos entrega momentos incríveis e cheios de atitude
na sequência toda do Havaí, enquanto Sonic tem um ar espirituoso que também
traz à tona uma série de referências à cultura pop atual, coisas que ele está
descobrindo desde que começou a viver na Terra, e que rendem momentos também
muito bons! E, por fim, temos o humor mais canastrão de Jim Carrey, como o Dr.
Robotnik, que eu confesso que não é a minha parte favorita do filme, mas que
também conseguimos levar bem no conjunto da obra.
O Dr. Robotnik se torna
imensamente mais perigoso quando ele consegue colocar as mãos na Esmeralda
Mestre e usar o seu poder, e então Sonic precisa fazer alguma coisa: afinal de
contas, a Esmeralda dá à pessoa o poder de transformar qualquer pensamento em
realidade, e isso é perigoso demais nas mãos erradas – ou em quaisquer mãos, na
verdade. Sonic e Tails, como era de se esperar, conseguem uma boa ajuda contra
o Dr. Robotnik, eventualmente: quando Knuckles percebe que ele só estava sendo
usado pelo vilão, ele aceita trabalhar ao lado de Sonic para recuperar a
Esmeralda Mestre, e foi uma delícia ver aquele trio formado por Sonic, Tails e
Knuckles trabalhando juntos! Cada um com o seu papel a desempenhar, cada um
fazendo um belo trabalho até que Robotnik perca o controle sobre a Esmeralda
Verde, e o Sonic é quem a consegue…
Se transformando no Super Sonic.
O clímax do filme é intenso e
emocionante, como uma fase final de videogame, com o Super Sonic enfrentando
Robotnik e vencendo lindamente – o que não quer dizer que Robotnik tenha sido
destruído, porque não temos notícias dele até o fim do filme… de qualquer
maneira, agora a Esmeralda Verde está em segurança, Knuckles e Tails se
tornaram parte da família e Sonic conquistou aquilo que Tom sempre quis que ele
tivesse: um grupo. Sonic é,
provavelmente, o ouriço azul alienígena mais feliz vivendo na Terra, com uma
família incrível que o ama incondicionalmente e com dois novos amigos parecidos
com ele e com quem ele se dá muito bem. “Sonic”
é, possivelmente, uma franquia de sucesso que está nascendo, com um terceiro
filme e uma série spin-off já em desenvolvimento. Estou ansioso para
reencontrar esses personagens.
“Sonic 2” é simples e despretensioso, mas tem a magia da infância e
a capacidade de nos levar de volta no
tempo, ao mesmo tempo em que certamente também é chamativo para novos
públicos que talvez nunca tenham jogado Sonic no videogame, o que faz com que o
filme seja um sucesso para variados públicos, o que é essencial para que um
filme se saia bem na bilheteria – e se os planos para o futuro são uma
indicação de sucesso, então “Sonic 2”
conseguiu o que queria! O ouriço azul estava afiado no humor, inteligente nas
referências, e encantador fazendo novas amizades e valorizando a família que o
acolheu aqui na Terra. O filme é divertido, é carismático, é leve e nos faz
sair do cinema com um sorriso no rosto, então eu recomendo! Uma cena
pós-créditos já dá até uma pequena pista do que podemos ver a seguir: é hora do Project Shadow.
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