Star Trek: Strange New Worlds 1x02 – Children of the Comet
“We’ve got
a planet to save before breakfast”
TO BOLDLY GO WHERE NO ONE HAS GONE
BEFORE. “Star Trek: Strange New
Worlds” entrega um segundo episódio, de alguma maneira, ainda melhor do que o primeiro – e eu já
tinha amado a estreia da série. “Children of the Comet” é divertido,
emocionante, tem um plot inteligente
e instigante, e um destaque muito bem-vindo à Cadete Uhura, que brilha durante
esse episódio… é um episódio clássico de “Star
Trek”, e eu não poderia estar mais apaixonado. Vou ser bem pessoal e
sentimental nesse momento, mas eu preciso comentar: enquanto assistia ao
episódio, completamente fascinado e de olhos brilhando, eu fiquei pensando em
como eu estava feliz pela estreia de “Strange New Worlds”. Apesar de gostar
muito de outras produções da franquia, eu estou me sentindo como se eu fosse
uma criança novamente, assistindo a “The
Original Series”.
E isso está
me fazendo tão bem!
Toda a
sequência introdutória já é brilhante, quando o Capitão Christopher Pike (que
estava ainda mais bonito e charmoso
durante esse episódio, se é que isso é possível!) convida várias pessoas para
um jantar. O clima é tão leve, tão
gostoso e, ao mesmo tempo, tão cheio de tramas e possibilidades que eu tive a
sensação de que poderia facilmente passar o
episódio inteiro naquela cena e seria um episódio excelente. Podemos ver um
pouco mais de Pike, com um sorriso bonito no rosto (até se lembrar do seu
“encontro com o futuro”, é claro) e seu jeito gentil e educado que eu acho
apaixonante… a maneira como ele fala com as pessoas, como ele faz com que elas
se sintam bem e importantes – ele é um excelente Capitão. Destaque, também,
àquele momento no qual ele conta uma história, todos se divertem e Spock é
incapaz de entender “por que os humanos riem quando algo de ruim acontece aos
outros”.
Mas o maior
destaque, é claro, fica para Uhura. É a Cadete Uhura quem começa a narração
desse episódio, e foi interessantíssimo vê-la interagir com os demais
personagens no jantar do Capitão Pike. Ela tem personalidade, talento e um
carisma inegável! Sorrimos ao ouvi-la falar, ao perceber todas as suas
capacidades… ela é um prodígio que fala 37 línguas e que está ali para, quem
sabe, usar essas habilidades a favor da Federação e da USS Enterprise. Ela, no
entanto, não tem certeza de que ali é mesmo seu lugar. Achei surpreendente, mas
gostei demais, da sua resposta ao
Capitão Pike quando ele pergunta onde ela se vê em 10 anos, porque ela quebra
as expectativas de todos na sala ao falar que não tem certeza de que quer ser parte da Federação, porque não tem
certeza de que isso é para ela. Todos os demais sonharam com isso e lutaram
muito por um lugar ali…
O mais legal
é que Uhura diz algo que poderia ser muito mal interpretado, mas ela não diz
por maldade, e não fica parecendo, em nenhum momento – mas nós temos tanta certeza de que aquele é, sim, seu
lugar, que queremos vê-la reconhecer isso. Talvez Pike e Spock também o
queiram, embora eles lhe deem todo seu espaço e falem, eventualmente, sobre
como é uma honra tê-la na Federação, se assim ela escolher. Quando a missão do
episódio se anuncia com um “cometa” que parece estar em rota de colisão com um
planeta, um monte de coisas inesperadas acontece – e é a hora de Uhura mostrar
todo seu talento. Parecia uma missão fácil na qual a USS Enterprise desviaria
ou destruiria um cometa e “salvaria um planeta antes do café-da-manhã”, como
diz o Capitão Pike, mas as coisas não são
tão simples quanto se pensa inicialmente.
O M’hanit
não é exatamente um cometa. O
conceito do M’hanit foi interessante e rendeu um plot incrível para o episódio: com o formato de um cometa, mas com
barreiras como de uma nave e construções como a de um planeta, o M’hanit é
muito mais do que um simples “cometa”, mas uma espécie de “árbitro”, algo que
flutua pelo espaço, trazendo vida ou as tirando – e algo com o que não se deve
mexer, aparentemente. Temos um embate interessante entre o Capitão Pike e o
líder dos “Pastores”, como se denomina a espécie que acompanha a jornada do
M’hanit pelo espaço, garantindo que ninguém interfira nela… Pike tenta
convencê-los de que eles buscam não interferir na vida de planetas menos
desenvolvidos, mas também não costumam deixar que eles sejam mortos, enquanto
os “pastores” tentam mostrar a Pike que não cabe a ele essa decisão.
A USS
Enterprise envia uma equipe INVEJÁVEL para explorar o M’hanit em busca de
alguma maneira de desviar o seu curso da rota de colisão: La’an, Spock, Sam
Kirk e Uhura. Eles são uma equipe impressionante, e Uhura tem todo o espaço
para brilhar, especialmente quando
Kirk age de maneira imprudente e acaba desacordado e sem poder ajudar – agora,
Uhura é a única esperança de desvendar as inscrições em uma espécie de “ovo” na
superfície do M’hanit e os tirar de lá. “Children
of the Comet” é um episódio, então, que é de um crescimento importantíssimo
para a Cadete Uhura, porque todos nós confiávamos em suas capacidades desde o
início, mas aquela experiência inesperada no M’hanit é do que ela precisava para começar a acreditar
mais em si mesma e começar a perceber que talvez seu lugar seja, sim, na
Federação.
Uhura é
magnífica. Adorei a sua interação constante com Spock, adorei a sua
“transformação” durante o episódio, e adorei vê-la “desvendando” as inscrições
através da música, encontrando uma maneira de “conversar” com o cometa/M’hanit,
até que as proteções sejam baixadas e eles possam ser transportados de volta
para a USS Enterprise, agora com um plano que garante o desvio do M’hanit e
traz vida ao planeta, através de mais
umidade. O mais surpreendente é a ideia de que isso tudo já estava “planejado”, de alguma maneira, inclusive o voo
de Spock que garantiu o desvio de curso do cometa, e é Uhura quem consegue
desvendar isso, em uma demonstração fascinante de suas capacidades, e é
delicioso ver a força e a realização com a qual ela apresenta as conclusões de
seus estudos para o Capitão Pike e os demais no fim do episódio…
Estou AMANDO DEMAIS “Star Trek: Strange New Worlds”. Certamente,
um grande acerto!
Ansioso por
mais!
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