Vale o Piloto? – Universos Paralelos (Parallèles) 1x01 – Le monde dans ta face
Um pouco de “Dark”, um pouco de “Awake”. Estreia
incrível!!!
QUE ESTREIA
MARAVILHOSA, EU JÁ ESTOU APAIXONADO! Cheguei a “Parallèles” (em português, “Universos
Paralelos”) completamente por acaso, através de uma sugestão do Disney+, e
o tema me chamou muito a atenção desde o início – pesquisei rapidamente sobre a
série na internet, percebi que ela estava sendo muito aprovada pelo público e
sentei para assistir… e essa estreia SUPEROU MUITO AS MINHAS EXPECTATIVAS. “Parallèles” é uma série francesa de
ficção científica de apenas seis episódios que conta a história de quatro
adolescentes que passam por um incidente inusitado e, depois, se encontram
envolvidos em mistérios que envolvem desaparecimentos e surgimento de versões
suas com outras idades. Muita coisa nessa estreia me lembrou “Dark”, da premissa e do estilo de
narrativa até o visual, e isso me deixou extremamente empolgado.
“Parallèles” parece uma série incrível!
A estreia, “Le Monde dans ta face”, começa
apresentando os protagonistas e faz um trabalho muito bom estabelecendo algumas
coisas de maneira clara. Conhecemos Sam e Victor, por exemplo, dois irmãos que
têm uma relação muito boa entre si, talvez não tanto com os pais… foi bonitinha
a cena do Victor tentando incentivar o irmão a fazer algo a respeito do seu crush em Romane, assim como foi legal
ver o Sam apoiar o Victor de maneira responsável e compreensiva em toda aquela
história de ele reprovar de ano porque não quer ser “o mais novo dos mais
novos” no Ensino Médio ou qualquer coisa assim. E ainda temos Bilal, que tende
muito a ser o meu personagem favorito nessa série, que é o quarto amigo e que é
apaixonado por Romane, embora não ache que tenha alguma chance com ele, já que
Sam também está apaixonado por ela.
A dinâmica
do grupo funciona muito bem, e isso é essencial para que uma série funcione.
Foi legal demais aquela cena dos quatro conversando sobre o futuro (!), sobre o
Ensino Médio, a faculdade e o desemprego que os espera depois, e foi lindo
aquele abraço dos quatro dizendo que se amavam… naquela noite, então, eles
“fogem” para um bunker que parece ser o
lugar seguro deles, e que é um lugar incrível, diga-se de passagem. Os
amigos prepararam uma “festa de aniversário” para Bilal, mas a noite de música
e diversão acaba não terminando bem quando uma espécie de queda de energia atinge o bunker e as coisas nunca mais são as mesmas depois disso. A transição é sensacional e
acompanhamos do ponto de vista de Sam, que estava prestes a beijar Romane e a
vê “transitar” entre versões muito mais nova e muito mais velha do que ela
mesma.
Então,
quando as luzes voltam ao normal, Sam está sozinho no bunker…
Dali em
diante, tudo fica cada vez melhor –
QUE EPISÓDIO ELETRIZANTE! Eu adorei a premissa da série, e eu acho que tivemos
um primeiro episódio inteligente e calmo, conseguindo ser o que esse tipo de
série precisa ser: intrigante. É
assim que retornamos para mais porque queremos saber aonde isso vai chegar. Sam encontra um “estranho” no bunker (que imediatamente percebemos se
tratar de uma versão mais velha de Bilal, já que fomos meio que “introduzidos”
a essa temática graças às visões de Romane em outras idades), que acaba
escapando quando os dois se enfrentam, e depois Sam precisa lidar com o
desaparecimento do seu melhor amigo, do seu irmão e da garota que ele gosta… enquanto precisa dar depoimentos para a
polícia, que está tentando entender o que aconteceu e levantar teorias de onde
os outros podem estar.
Mas Sam sabe
que foi “como se eles tivessem evaporado”.
Foi
delicioso acompanhar o Bilal nesse episódio – ele ainda parece ter a
mentalidade do mesmo Bilal adolescente que conhecemos desde o início do
episódio, mas é pelo menos uns 10/15 anos mais velho, e eu achei descontraído e
bacana como eles colocaram um “adolescente” reagindo ao seu corpo mais velho –
e realmente Bilal não tem do que reclamar, porque o Omar Mebrouk é um gato,
não?! Confuso e sem saber o que fazer, Bilal faz o que a maioria das pessoas
faria nessa situação: busca a mãe. O problema, é claro, é que a mãe não
acredita que ele seja o seu filho quando ele entra no carro e começa a
conversar com ela (também não podemos culpá-la, não é fácil de acreditar nessa
história), e ela acredita que está sendo assaltada… e por pouco ele não é
levado pela polícia. Então, ele foge e passa uma noite escondido em um depósito
de sua própria casa.
Na manhã
seguinte, ele resolve procurar Sam – E QUE CENA SENSACIONAL! A dinâmica de Sam
com o Bilal “mais velho” é muito boa também, e eu adoro como Bilal consegue
chegar nele e convencê-lo de que é mesmo o seu melhor amigo muito melhor do que
foi com a mãe. Sam é reticente inicialmente, tenta atacá-lo, mas Bilal tem uma
série de informações sobre como eles se conheceram, sobre a amizade deles,
sobre o que estava acontecendo na noite anterior antes do blecaute, e ele sabe
responder perfeitamente às perguntas que Sam lhe faz para testá-lo, seja sobre
time de futebol, sobre a garota de quem ele gosta ou uma cicatriz que ele tem… foi tão gostoso ver o Sam se convencer e
abraçar o Bilal, animado. Agora, eles precisam entender o que aconteceu e,
mais importante do que isso, onde foram parar Victor e Romane, que continuam
desaparecidos.
“Parallèles” tem uma estreia FANTÁSTICA.
Inteligente, fluída, cativante e intrigante, o Piloto funciona incrivelmente
bem e nos enche de mistérios, que nos fazem querer retornar depressa para os
próximos episódios! Descobrimos que, embora tenha a mesma mentalidade do Bilal
de 14 anos e não se lembre de nada além daquela noite do blecaute, por exemplo,
aquele Bilal “veio do futuro”, porque tem uma aliança no dedo que mostra que ele se casou em 2031 – e eu tenho quase
certeza de que ele se casou com Romane! Falando em Romane, foi muito legal como
o fim do episódio retorna para o momento em que as luzes se apagam e, dessa
vez, vemos uma versão diferente, um “universo paralelo”, dos acontecimentos: um
em que quem desaparece é Bilal e Sam, e ficam no bunker apenas Romane e Victor…
mas vamos explorar mais isso no próximo
episódio.
Já estou
amando!
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