You’re My Sky – Episode 11
Wow!
Eu não achei
que seria, mas, surpreendentemente, esse
é um dos meus episódios favoritos de “You’re My Sky” – pela intensidade do
episódio e pela imperfeição das ações de Thorn, que o tornam tão relacionável…
sem desenvolver a história de Vee e Dome ou a história de Aii e Saen, o
penúltimo episódio de “You’re My Sky”
é um episódio importantíssimo e inteiramente dedicado ao casal principal: Thorn
e Fah – que, inclusive, nunca foi o meu casal favorito na série. Ainda assim,
eles entregam um episódio consistente no qual meses se passam, e uma série de
problemas e atitudes equivocadas acabam, inusitadamente, fazendo com que o
relacionamento deles amadureça, no fim das contas. Antes de continuar essa review, eu preciso dizer o que eu sempre
disse: eu gosto muito do Thorn… e,
pensando nisso, eu não estou aqui para julgar as suas ações.
Thorn sempre
foi certinho e bom demais, se preocupando mais com os outros do que consigo
mesmo… mesmo que talvez ele não tenha feito as melhores escolhas dessa vez,
parte de mim se alegra ao vê-lo começando a fazer algo por ele mesmo. Não vou dizer que o Thorn no qual ele se
“transformou” não é intenso e potencialmente problemático, mas a história foi
tão bem conduzida (aqui e nos episódios anteriores, que nos permitem de fato conhecer o Thorn e quem ele é) que, de
um jeito ou de outro, eu fiquei do lado dele… ou ao menos entendi o que o levou
àquelas decisões. O episódio começa meses depois dos acontecimentos do último
episódio, em um jogo de basquete no qual Thorn e Fah vão se enfrentar, e vemos
um Thorn enfurecido e de pavio curto – mas eu também ficaria profundamente irritado com o Chain se
estivesse em seu lugar.
Bem
estruturado, o episódio alterna entre o jogo de basquete no presente e os meses
que levaram Thorn até aquele momento: depois de todas as crises no namoro dele
e Fah que acompanhamos no episódio anterior, ele resolveu se afastar… ele
deixou o apartamento de Fah para ir morar com Saen, porque não gostava do fato
de Fah não falar nada para ele e eles mal trocarem duas palavras por dia, mesmo
estando morando juntos… Fah foi bem negligente com o Thorn, isso é inegável, e
Thorn tomou um tempo para se afastar – um tempo no qual ele teve que lidar com
a possibilidade de Fah não gostar mais dele e ouvir uma conversa dele e de
Chain (justamente com o Chain!) na qual Fah diz que “não tem mais certeza do
que sente por Thorn”. Além disso, Thorn contraria o conselho de Fah e busca a
ajuda do Treinador Tuan para poder voltar a jogar basquete…
Durante
meses, então, Thorn e Fah se afastaram continuamente, enquanto Thorn era
ensinado “a ser egoísta”, mas isso o trazia de volta para a quadra…
transformado, mas muito bom jogador. Thorn sempre teve um coração imenso,
sempre foi muito parceiro de seus colegas de time, foi ele quem levou o time da
faculdade para a frente, mas agora a sua relação com seus colegas não está nada
boa – o que se reflete em quadra, no fatídico jogo contra Fah. Ele está
irritadiço, brigando com todo mundo que faz uma jogada errada, o que não parece
muito com o Thorn que outrora conhecemos, mas que foi devidamente embasado para
chegar àquele momento… e, agora, ele precisa derrotar Fah, para provar algumas
coisas para o seu ex-namorado e para si mesmo. No meio do caminho, ele choca
pessoas, comete algumas faltas, quase é retirado da partida…
As faíscas
entre Thorn e Fah durante a partida são de arrepiar – a maneira quase assustadora como Thorn o trata, como
(não) olha para ele, como o afasta… e Chain, que foi o personagem que mais me irritou nesse episódio, se
aproveita dessa aparente fraqueza de
Thorn para provocá-lo, desestabilizá-lo e tentar tirá-lo do jogo. O sorriso
debochado de Chain quando Thorn estava caído no chão foi mesmo uma coisa angustiante,
e eu teria “passado um pano” para o Thorn se ele tivesse dado um soco em Chain
naquele momento – mas ele não faz isso, porque Fah tenta impedi-lo e, por
reflexo e por raiva, Thorn o afasta de qualquer jeito e acaba o machucando… e é
ali que ele se choca com as próprias ações, porque ele machucou alguém com
quem, apesar de tudo, ele se importa, e ele não fez isso por querer, mas é um
reflexo de suas ações…
Me partiu o
coração assistir ao Thorn indo para o vestiário para perguntar se o Fah ainda
estava machucado e ver o Fah saindo sem falar com ele… a maneira como o Thorn
desmoronou naquele momento, deixando fluir lágrimas que expressavam toda a dor
e a pressão desses últimos meses e de todos os últimos acontecimentos, me
atingiu em cheio – eu só queria protegê-lo, só queria que ficasse tudo bem para
ele… e, feliz e surpreendentemente, Fah acaba retornando. Acho que talvez pela
primeira vez, Fah faz algo correto, que é voltar para falar com Thorn,
abraçá-lo e acolhê-lo, validando o seu sentimento e não o julgando: era isso o que Thorn precisava naquele
momento, alguém que estivesse disposto a ajudá-lo… então, Thorn desaba e o
abraça, fala que não sabe o que está acontecendo com ele, que nunca foi assim,
e diz que sente que “não tem mais ninguém”.
O décimo
primeiro episódio acaba sendo surpreendentemente bonito – é intenso, é sofrido,
pode ser angustiante, mas chega a uma conclusão lindíssima e talvez inesperada,
porque eu não achei que as coisas fossem se intensificar tanto desse jeito e
acabarem bem. “You’re My Sky” mostrou
um roteiro excelente nesse episódio, a meu ver: a série entregou um novo Thorn,
um Thorn que poderia facilmente ser julgado pelos espectadores, mas sem
descaracterizar o personagem, e o roteiro proporcionou uma conexão empática
entre o espectador e o personagem de Thorn. Vamos a um extremo quase que
irrecuperável, em uma primeira olhada, e nos surpreendemos com uma conclusão
humana e emocionante na qual Fah nos surpreende e se mostra compreensivo e
presente: ele está ali por Thorn, de coração totalmente aberto, e eu adorei
isso.
Diferente do
que eu esperava, parece que as coisas “terminaram bem” para Thorn e Fah como um
casal, mesmo ainda sendo o penúltimo episódio de “You’re My Sky”. Espero ver mais um pouco de desenvolvimento e
amadurecimento na conclusão da série, no próximo episódio, além de um pouquinho
de Vee e Dome (será que eles conseguem ficar juntos?) e Aii e Saen. A sequência
final do episódio, depois daquela partida decisiva,
traz Fah procurando Thorn na quadra vazia da faculdade, e então o abraçando de
maneira carinhosa e acolhedora e, ali, eles falam sobre o que sentem um pelo
outro – sobre como se amam. E, mesmo com todas as minhas reservas ao personagem
de Fah (e são muitas), eu acreditei no sentimento deles naquele momento, e
fiquei feliz por termos chegado a esse ponto… estou quase me despedindo deles,
e vou sentir saudade.
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