Crazy Ex-Girlfriend 1x07 – I'm So Happy That Josh is So Happy!

“Je suis garbage”

REBECCA FINALMENTE VAI TENTAR TERAPIA. “I'm So Happy That Josh is So Happy!” é, provavelmente, o episódio mais sério de “Crazy Ex-Girlfriend” até o momento, porque o relacionamento de Josh e Valencia parece estar dando passos importantes, e Rebecca não está sabendo lidar com isso – e precisará de ajuda profissional… como ela já precisa há tempos, mas não buscou. No último episódio, depois de ter tentado de tudo para impressionar a família de Josh durante o jantar do Dia de Ação de Graças (porque descobrira que a mãe de Josh não gostava de Valencia), Rebecca acabou “aproximando” ainda mais Josh e Valencia, e teve que assistir enquanto ele anunciava para toda a família que ele e Valencia iam morar juntos. Agora, os dois estão arrumando as coisas em sua casa nova, enquanto Rebecca e Paula estão de “tocaia” do lado de fora, assistindo a tudo com um binóculo, pensando no que podem fazer a seguir.

A verdade, no entanto, é que não há nada que Rebecca possa fazer – ela precisa seguir em frente. Mais deprimida do que nunca e ao som de “Sexy French Depression” (é um tanto triste, sim, mas também é uma sequência muito divertida!), Rebecca procura pelos remédios que jogou fora quando se mudou de Nova York para West Covina, e começa a “alucinar”, vendo um cara que faz vídeos sobre depressão e ataques de pânico na internet, que lhe diz que ele precisa entender que ela foi rejeitada por Josh – e que ela precisa procurar ajuda. A ajuda que Rebecca quer, no entanto, não é a ajuda mais indicada: ela quer um curativo, ao invés de uma cura. Ela vai até uma psiquiatra, não disposta a enfrentar seus problemas e a falar sobre seus sentimentos, mas a conseguir de volta os mesmos medicamentos que tomava em Nova York e que ela acha que “podem resolver tudo”.

E não é assim que funciona… então, Rebecca tem uma jornada deprimente, mas ironicamente divertida, que envolve uma união muito bem-vinda com Heather, que é facilmente uma das melhores personagens de “Crazy Ex-Girlfriend” – o que foi a sequência brilhante e HILÁRIA das duas completamente chapadas tentando invadir a casa da psiquiatra para roubar o bloco de prescrições?! Tudo parece dar muito errado para Rebecca, e aos poucos, com uma inesperada ajuda (involuntária) de Paula, ela começa a entender o que a terapeuta estava querendo dizer quando falou de “curativo e cura”, e começa a perceber a necessidade de se permitir sentir seus sentimentos e, é claro, enfrentar seus problemas. É um processo, mas “I'm So Happy That Josh is So Happy!” é o episódio no qual Rebecca toma uma decisão acertada e resolve aceitar uma ajuda.

Paula, por sua vez, tem uma história paralela que se assemelha à de Rebecca em alguns sentidos – não é a obsessão por um romance juvenil que ela viveu em um acampamento de verão, mas tem a ver com um amor que já não existe… Paula está em um casamento morto (que ela compara com “The Walking Dead”, no qual ela está apenas “tentando sobreviver”), sem qualquer esperança ou perspectiva, e quando um novo cliente aparece na Whitefeather e é todo bonito e galante, ela acaba se entregando a uma “aventura”, com direito a muito jazz e uma nova música de Paula: “His Status is Preferred” não é a música mais icônica da personagem, mas eu adoro um jazz, então é uma delícia… no fim, antes que Paula “cometa um erro”, Rebecca acaba a ajudando a perceber algo que ela mesma acabou de perceber: que isso é um curativo, não uma cura.

Foi bom vê-las se ajudando mutuamente.

O grande problema, é claro, é que Rebecca não superou Josh – e não está perto disso. Até porque Josh não permite que ela “siga em frente”, e o seu romance com Valencia pode não dar muito certo… o seu plot gira em torno de uma mesa que ele compra para a nova casa sem consultar Valencia, e ela não gosta e manda que ele a devolva, porque quer tudo do seu jeito. Josh está em um relacionamento em que a mãe e todos os seus amigos não gostam de sua namorada, e ele mesmo está se sentindo desvalorizado em momentos como esse da mesa, no qual ele estava tentando fazer algo legal por Valencia, e ela não soube apreciá-lo… então, ele chama Rebecca “para tomar um chá”, e eles compartilham um momento fofo e ela gosta da mesa que ele lhe mostra na foto… se Rebecca superasse essa obsessão, eu acho que eles podiam ser amigos.

Nesse momento, no entanto, ela precisava de tempo. Não é momento para romance.

 

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