Lost 3x11 – Enter 77

Comunicação exterior.

Muito da terceira temporada de “Lost” é para que conheçamos um pouco mais sobre os Outros (também conhecidos como “Os Hostis”, como foram continuamente chamados nesse episódio), para que exploremos um pouquinho mais sobre a Iniciativa Dharma (ganhamos informações importantes nesse episódio em relação à Dharma, mesmo que a organização siga bastante envolta em mistério), e muito se fala sobre “o contato com o mundo de fora” – aparentemente, algumas pessoas que estão na ilha conseguem falar com o mundo exterior, e tudo o que os sobreviventes do Voo 815 querem desde que chegaram é justamente isso. “Enter 77”, exibido em 07 de março de 2007, é um episódio bastante interessante em relação aos Hostis e à Iniciativa Dharma, além de trazer novamente o Sayid em destaque, talvez pela primeira vez na temporada.

O flashback do episódio nos leva para quando o Sayid estava morando em Paris, trabalhando como cozinheiro em um restaurante, depois de seu tempo no exército e de todas as torturas que ele realizou – agora, ele recebe uma “proposta de emprego” extremamente suspeita, mas a sua curiosidade é maior do que a sua cautela e, quando ele resolve verificar a proposta, ele acaba sendo capturado por um homem cuja mulher foi torturada, e ela diz que o homem que a torturou foi o Sayid… todo o flashback é TENSO, assim como costumam ser os flashbacks de Sayid, normalmente, e embora já fosse possível imaginar que, por mais que insistisse que “eles tinham pegado o cara errado”, Sayid estava mentindo, foi muito forte vê-lo desabar quando Amira vem falar com ele sozinha e pede que ele a reconheça e admita o que fez – e ele fala de como o rosto dela o atormenta desde que ele deixou o Iraque.

No presente da ilha, Sayid continua sendo o maior especialista em ler as pessoas – Sayid está em uma missão com Locke e Kate para tentar resgatar Jack, que ficou preso com os Outros e, para a nossa imensa felicidade, não aparece mais uma vez. Sayid, no entanto, não concorda muito com o plano (ou a falta de) de sua equipe, e as coisas parecem mudar de figura quando eles chegam até uma espécie de fazenda na qual um homem misterioso, chamado Mikhail, começa a atirar neles. O homem se apresenta como “o último sobrevivente da Iniciativa Dharma”, e conta uma história a respeito de uma “purificação” que aconteceu há muitos anos, uma guerra entre os cientistas da Dharma e os Hostis, que já estavam lá muito antes dos cientistas chegarem, e embora ele tenha mentido sobre quem era, ele não mentiu sobre a história.

Enquanto Sayid faz o joguinho de Mikhail, o tempo todo sabendo que ele está mentindo, Locke parece bastante interessado em algo paralelo: um jogo de xadrez em um computador da casa, a Estação Chama. Locke é atraído ao jogo de uma maneira quase ingênua e irritante, mas o jogo se mostra muito mais importante do que se podia imaginar, tendo em vista que, quando ganha o jogo, ele começa a receber uma série de vídeos e novas instruções a respeito de números que precisam ser apertados – e, bem, Locke meio que gosta muito de digitar números em um computador, não? Então, Locke digita números para tentar contato com o mundo exterior, mas a comunicação não está funcionando, então ele chega ao último estágio, que pede que “ele aperte 77 se a estação tiver sido tomada pelos Hostis”. Inicialmente, ele não consegue apertar, porque é detido por Mikhail…

Quando ele consegue, a casa explode e mais uma antiga estação da Iniciativa Dharma é destruída. Não acho, no entanto, que ali fosse a única maneira de os Outros/Hostis se comunicarem com o exterior… Sayid, no entanto, não fica nem um pouco feliz com a decisão de Locke, e me surpreende a sua calma ao não dizer nada – expressar muito em seu rosto, mas não dizer nada e mandar que eles continuem em frente. A visita à Estação Chama pelo menos traz algum benefício para Sayid e os demais, porque eles conseguem um mapa que pode levá-los até o lugar que eles acreditam ser o “vilarejo” no qual os Outros estão morando agora… por algum motivo, no entanto, que talvez tenha a ver com o seu flashback, Sayid escolhe manter Mikhail vivo, apenas como prisioneiro deles… sinto, no entanto, que essa decisão vai se voltar contra ele eventualmente.

Enquanto isso, na praia, temos uma história divertida, leve e que serve para aliviar a tensão do episódio: Sawyer continua incomodado com a maneira como todo mundo parece ter redividido “suas” coisas quando ele foi capturado, e agora ele as quer de volta – e, assim, ele desafia o grupo da praia a uma partida de pingue-pongue, quando consegue uma bola para a mesa que Hurley e os demais encontraram na mata e que deve ser resquício da explosão/implosão da Estação Cisne. Eu juro que eu queria ter assistido ao jogo por mais tempo, porque ver o Sawyer perder aquele primeiro ponto para um Hurley incrivelmente bom no pingue-pongue foi sensacional! E, com a derrota de Sawyer, não só ele fica sem as suas coisas, como ele ainda perde uma aposta cujos termos foram definidos por Sun: sem apelidos para ninguém, durante uma semana.

Eles deviam ter definido um prazo maior!

Amei o episódio!

 

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