Lost 3x13 – The Man from Tallahassee
“This is
gonna be more complicated than we thought”
FINALMENTE
DESCOBRIMOS COMO JOHN LOCKE FOI PARAR NA CADEIRA DE RODAS – eu juro que passei
mais da metade do episódio com a sensação de que o flashback não agregaria em nada na história de Locke, mas então eu
me peguei pensando: “Espera aí… a gente
já viu como ele foi parar na cadeira de rodas?” Acho que estar assistindo a
“Lost” pela segunda vez, mais de 10
anos depois, me faz confundir algumas coisas. No fim, “The Man from Tallahassee”, exibido em 21 de março de 2007, é um
dos episódios mais importantes na série para Locke, porque completam muito bem
os seus flashbacks, ao mesmo tempo em
que introduz uma nova trama surpreendente para o personagem na ilha, além de
evidenciar, em diálogo, a sua ligação com a ilha, que ainda é algo que não
entendemos por completo, mas que presenciamos desde a primeira temporada.
No fim do
episódio passado, Kate, Locke, Sayid e Danielle chegaram até o vilarejo no qual
os Outros moram e, ao invés de encontrar um Jack preso, sofrendo e querendo ser
resgatado, eles encontraram um Jack que parece estar muito bem com o seu “cativeiro”, correndo, jogando futebol
americano e se divertindo… toda a situação é bizarra e, como o Locke diz,
“muito mais complicada do que eles imaginaram”, mas Kate está inconformada: ela
está convicta de que eles fizeram alguma coisa com o Jack e que aquele ali que
eles viram não é ele… porque ele não
agiria daquela maneira. Então, ela quer ir lá agora mesmo, chegar atirando ou
qualquer coisa, enquanto Locke, surpreendentemente, é quem tem o plano mais
sensato: eles têm que esperar anoitecer, falar com o Jack sozinho e, caso ele queira ser resgatado, então eles poderão fazer
algo.
À noite,
então, Kate vai atrás de Jack e o encontra tocando
piano tranquilamente, e ele se desespera ao vê-la ali, porque ele tinha
pedido que ela não viesse atrás dele, e ele diz que está sendo vigiado… o que
parece ser uma constatação de que ela estava certa e alguma coisa está errada ali, no entanto, acaba não sendo realmente
isso: Jack só quer que Kate vá embora porque ele fez um acordo com os Outros,
que vão colocá-lo em um submarino no dia seguinte e enviá-lo de volta para o
“mundo real” – Kate não sabe se eles podem confiar nos Outros, mas Jack fala
sobre essa ser a única opção que eles têm,
e ele não está errado: se ele realmente conseguir sair da ilha, ainda que
sozinho (ou com Juliet), talvez ele possa fazer com que alguém resgate os seus
amigos… é a melhor esperança que eles têm, embora ele não saiba que a ilha não
é assim tão fácil de se encontrar.
Locke, por
sua vez, está em uma missão paralela e completamente diferente: ele entra na
casa para falar com Ben, e tudo o que ele quer é saber onde está o submarino
sobre o qual eles ouviram falar – Ben sabe, no entanto, que querer o submarino
para ir embora não é muito a cara de
Locke, então ele percebe o que ele realmente quer fazer: ele quer usar os
explosivos que pegou na casa de Mikhail e destruir
o submarino… o que acaba se tornando uma sequência bastante bizarra e
revoltante. A maneira cega como John
Locke vai lá e explode a que talvez fosse a única chance que eles tinham de
sair da ilha, impedindo, também, que pessoas que querem ir embora vão, como o
Jack, é absurda – mas eu gostei de ver a sua cara de tacho quando ele percebe
que tudo o que ele fez foi perfeitamente manipulado por Ben, que queria impedir
o Jack de ir embora…
Alex
avisara: Ben é bom em fazer as pessoas fazerem o que ele quer e fazê-las
acreditar que a ideia é delas.
Ha.
Os flashbacks do episódio retornam para
depois que o pai de Locke roubara seu rim e Locke está em tratamento e afastado
do trabalho, tentando lidar com esse trauma, quando o fantasma do pai retorna
na forma de um rapaz que vem lhe perguntar sobre o homem para quem ele doou um
rim, dizendo que esse homem está namorando com a sua mãe, e ele tem certeza que
ele a está enganando… “The Man from
Tallahassee” é importantíssimo para terminarmos de “conhecer” a figura de
Anthony, o asqueroso pai de John… se antes ele já parecia um grandessíssimo
filho da p*ta insensível e aproveitador, agora descobrimos uma faceta ainda
mais criminosa e assassina dele, que é surpreendente e apavorante. Quando achamos
que não poderíamos desprezá-lo mais, “Lost”
nos surpreende – e agora talvez ainda tenhamos que o aturar mais.
Anthony é um
verdadeiro monstro! Primeiro, Locke pede que ele se afaste da mulher em quem
está tentando dar um golpe, o alertando de que o filho dela está desconfiado, e então, “subitamente”, o
rapaz aparece morto – e Anthony pode tentar negar o quanto quiser, mas é
evidente que foi ele quem matou o garoto! Para piorar, quando Locke vai
confrontá-lo sobre isso, temos uma das cenas mais chocantes da história de “Lost”,
que é, também, a cena que explica como John Locke foi parar em uma cadeira de
rodas: quando ele tenta ligar para a mulher que Anthony está enganando, ele se
joga sobre ele e o derruba através de uma janela do oitavo andar… não sei como Locke sobreviveu àquela queda! Posso
não estar satisfeito com as decisões de Locke na ilha atualmente, mas, de
qualquer maneira, é terrível presenciar tudo o que ele viveu antes da ilha.
Que cena
chocante, triste, angustiante.
Para mais
postagens de Lost, clique aqui.
Comentários
Postar um comentário