Love, Victor 3x02 – Fast Times at Creekwood High
Breaking up.
MAS QUE
RUMOS ESSA TRAMA ESTÁ SEGUINDO?! Juro que eu faço de tudo para me manter longe
de spoilers, e estou conseguindo até
o momento, mas parte de mim queria pular para o último episódio e descobrir
como termina – uma parte de mim estúpida,
é claro, e felizmente eu tenho autocontrole. Cheio de climão, com a “conclusão”
de duas histórias reintroduzidas no episódio anterior, e mais termos
adicionados à equação Benji + Victor + Rahim, “Fast Times at Creekwood High” é um episódio muito melhor do que a estreia da temporada, mas também é um
episódio que me deixou com o coração apertado… e não porque Benji terminou com
o Victor, porque eu não torço por eles há
muito tempo, mas por causa da maneira como tudo aconteceu. Sinto que essa
terceira temporada vai ser cheia de altos e baixos para o nosso coração!
Como Benji
vai passar três semanas fora, na reabilitação, Victor está um pouco “perdido”,
e ele gostaria de se reconectar com Rahim, depois de todos os eventos do fim da
temporada passada – mas talvez ele não saiba fazer isso da maneira correta. Ele
manda uma série de mensagens insistentes e que fingem que “nada aconteceu” e
que “está tudo bem”, que Rahim faz questão de ignorar, mas parece que Victor
não vai desistir… e, em alguns momentos, o Victor tem a habilidade
impressionante de gerar vergonha alheia
no espectador. Quando Mia planeja dar uma festa como uma espécie de
“despedida”, caso precise mesmo ir embora com o pai, ganhamos uma das cenas mais desconfortáveis da história de “Love, Victor” quando aquele grupo todo,
com todas suas histórias mal resolvidas, se encontra nos corredores de
Creekwood High.
A festa de
Mia, no entanto, é importante para alguns desfechos… além do seu próprio, já
que ela apresenta uma solução para o pai, para que ele possa ir trabalhar fora
e ela possa continuar na cidade, bem como para o romance de Lake e Felix. Como
eles não param de se olhar durante a festa, Lucy e Pilar resolvem colocá-los
para conversar a sós e resolver o que tiverem que resolver – o que, em parte,
elas se perguntam se fizeram a coisa certa, mas esperam que sim. Lake e Felix
têm uma conversa absurdamente madura, talvez até utópica, mas foi fofo vê-los
terminarem o relacionamento deles de uma forma oficial, valorizando e validando
o que sentiram e o que viveram, para que possam seguir em frente… parece que
Lake e Felix realmente é história, e
agora Lake pode investir em seu namoro com Lucy, como Felix em seu namoro com
Pilar.
Nessa mesma
noite, Isabel vai à primeira reunião da PFLAG – aquele grupo de pais com filhos
LGBTQIA+ que Armando está frequentando desde a temporada passada, quando Victor
lhes contou que era gay… essa foi, provavelmente, a sequência mais séria e mais
real do episódio, mesmo que eu tenha
rido do exagero do “oposto de Isabel” fazendo um discurso na reunião, mas toda
a sequência estava ali justamente para que Isabel trouxesse à tona toda a sua
angústia e toda a sua culpa por ter demorado tanto tempo para dar a Victor o
apoio que ele precisava, para aprender a aceitá-lo por quem ele é… e quando ela
chega em casa, exausta por causa da “perfeita Theresa”, e Armando fala sobre
como o Victor já a perdoou, ela fala, com toda a força e sinceridade possível,
que Victor pode tê-la perdoado, mas ela mesma não está perto de se perdoar.
É um processo pelo qual ela precisa passar
agora.
Insistentemente,
Victor busca Rahim de todas as maneiras possíveis… manda mensagens, tenta falar
com ele na escola, se aproxima drogado dele na festa de Mia, e então Rahim
precisa ser sincero com ele, e colocar para fora tudo o que está sentindo. E,
certo ou errado (embora, para mim, ele estivesse certo), É MUITO BOM OUVIR O
RAHIM FALAR! Até porque, ao contrário do que algumas pessoas pensaram
inicialmente, ele não estava “fazendo birra”, e ele não estava bravo com Victor
porque ele escolhera Benji, porque é claro que Victor tem todo o direito de
escolher quem ele quiser… o que magoou Rahim e o que ainda dói é o fato de
Victor não reconhecer a conexão que existiu entre eles, tratá-lo como se ele
fosse louco e estivesse imaginando coisas, invalidando seus sentimentos e
tentando fingir que nada daquilo tinha acontecido.
É isso o que
machuca de verdade… e, finalmente, Victor parece entender isso. Então, em uma
espécie de recriação do fim da temporada passada, Victor vai à noite até a casa
de Rahim para bater à sua porta – porque, como o Rahim mesmo diz, ele é
dramático e precisa fazer uma grande cena para tudo. Então, Victor reconhece
que Rahim estava certo, que realmente existia
uma conexão, e isso era tudo o que Rahim queria. Talvez, agora, eles possam
voltar a ser amigos, como Victor vem tentando desde a noite do casamento, mas
da maneira errada. Eu sou bem suspeito para falar, porque eu sou apaixonado
pelo Rahim (até porque eu acho que o Anthony Keyvan dá um show de atuação e é
extremamente carismático, o que me faz gostar ainda mais do personagem), mas eu
adorei ver o Rahim e o Victor juntos novamente, eles têm muita química!
Por fim,
depois de um episódio praticamente inteiro sem Benji, ele retorna – e, correndo
o risco de atrair hate de todos
aqueles que gostam do Benji, eu preciso dizer: que desânimo vê-lo voltar. Infelizmente, eu não consigo ver verdade
no personagem (em parte por causa da atuação, que deixa a desejar), e o roteiro
também não está valorizando Benji, embora o que ele tenha feito condiga com as
suas atitudes babacas da segunda temporada: quando volta da reabilitação, ele
vai até a casa de Victor para falar com ele, mas apenas para dizer-lhe que ele
precisa “evitar gatilhos emocionais” agora, e que isso inclui ele, por isso
eles precisam terminar… sinceramente, essa é, para mim, a última pá de terra no
“relacionamento” deles, porque se Benji realmente amasse o Victor, talvez fosse
a hora de eles se aproximarem ainda mais e enfrentarem isso juntos…
Não é isso o que namorados fazem um pelo
outro?
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