Star Trek: Strange New Worlds 1x04 – Memento Mori
“Why not?”
Mais um
episódio emocionante e impactante de “Star
Trek: Strange New Worlds”, que continua acertando em cheio semana após semana, contando histórias
diferentes umas das outras, mas todas igualmente interessantes e valorizando
diferentes personagens… o primeiro episódio trouxe uma apresentação do Capitão
Pike, de Spock e da equipe como um todo; o segundo episódio teve um desenvolvimento
incrível para a personagem de Uhura; o terceiro episódio trouxe uma novidade
interessante e muita história para a Número Um, Una, além de valorizar, também,
pequenos plots de outros personagens como o Hemmer e o M’Benga; agora, com “Memento Mori”, “Star Trek: Strange New Worlds” retoma uma narrativa apresentada lá
no Piloto, protagonizada por La’an, quando ela precisa reassumir o posto de
Número Um e enfrentar um antigo inimigo e um trauma.
A personagem
de La’an é uma interessante conexão com “Star
Trek: The Original Series” – assim como, é claro, vários outros
personagens. Mas La’an é uma ponte com inimigos importantes da série clássica,
como Khan (!), e os Gorn, que foram os responsáveis pelas perdas mais
significativas de sua vida, moldando-a dessa maneira intensa e dura como a
conhecemos em “Strange New Worlds”.
Os Gorn foram vistos pela primeira vez em “TOS”,
e não chegamos a ver um novo visual
para eles em “Memento Mori”, mas
eles são os vilões principais desse episódio. Quando a USS Enterprise ruma a
Finibus Three, para fazer a entrega de um equipamento de que o planeta precisa
para que o ar continue respirável, eles descobrem que o planeta foi brutalmente
atacado por algum inimigo cruel e misterioso… e o Capitão Pike não mede
esforços para ajudar os sobreviventes.
O problema é
que o Capitão Pike acaba caindo em uma armadilha, e quando La’an se dá conta de
que o ataque foi um feito dos Gorn, e que eles planejaram tudo para deixar a
USS Enterprise vulnerável durante o resgate dos sobreviventes e, então, atacar
uma nave da Federação, é tarde demais para fazer alguma coisa – a USS
Enterprise é atacada, destruição e morte acontece por todo lado e,
consequentemente, esse é o episódio mais
desesperador da série até o momento. Gerando angústia e suspense, o ataque
dos Gorn acaba separando a tripulação em grupos: acompanhamos Uhura tendo que
ajudar Hemmer, depois de ele ter quebrado a mão durante o caos, por exemplo;
acompanhamos uma união bonita de M’Benga e Chapel para salvar a vida de Una; e
acompanhamos, por fim, todos os esforços da ponte para tentar se livrar dos
ataques dos Gorn.
Os Gorn são
criaturas cruéis, com ataques violentos e incansáveis – eles seriam capazes de
qualquer coisa para vencer aquela batalha, e essa é a ideia principal desse
episódio. Mesmo sabendo que a USS Enterprise sobreviveria e que poderíamos
continuar acompanhando esses personagens que amamos, “Memento Mori” é extremamente competente em criar o suspense,
porque ficamos cada vez mais intrigados
com o que vai acontecer, conforme as barreiras da Enterprise vão sendo
comprometidos e os Gorn não parecem dispostos a parar de atacar. Gosto de como
as decisões são tomadas nesse episódio, e de como diferentes personagens reagem
de maneiras diferentes: La’an é incisiva e movida pelo seu trauma e receio de
outro encontro com os Gorn; Pike é atrevido em suas ideias mais criativas para
se salvar; Spock é cauteloso, mas lógico; Ortegas é inusitadamente cuidadosa.
EU ADORO
ESSA TRIPULAÇÃO.
Uma das
melhores sequências do episódio vem de um momento quase “inesperado”, que
acontece depois de a USS Enterprise ter entrado em um planeta de gás no qual
está sem escudos, sem poder atirar, sem poder se comunicar a longas distâncias,
tudo para que os Gorn sejam obrigados a se verem na mesma situação. Correndo
contra o tempo, como sempre parece ser o caso, La’an se voluntaria para pilotar
uma nave pequena e ver toda a situação, e Spock a acompanha, e os dois
compartilham um momento incrível quando Spock faz uma conexão empática com
La’an para que ela possa se lembrar de detalhes do seu encontro com os Gorn, em
busca de ajuda, e os dois se conhecem e se aproximam de maneira bonita em uma
sequência emocionante na qual os dois se lembram dos irmãos que se sacrificaram
para que eles pudessem viver.
A ação do
episódio também está de tirar o fôlego,
é claro – e o clímax é, no mínimo,
ELETRIZANTE. Todos os planos do Capitão Pike e La’an foram diferentes do
convencional e interessante à sua maneira, mas a conclusão envolve enganar os
Gorn para que eles acreditem que a USS Enterprise foi engolida pelo buraco
negro que está levando o planeta no qual eles estão “escondidos”, e Ortegas é
responsável por “surfar” próximo ao horizonte de eventos e tirá-los de lá em
segurança… todo o visual também é incrível, e o alívio vitorioso que vem de lá
é catártico, embora a tripulação tenha perdido algumas vidas. “Star Trek: Strange New Worlds” está se
saindo incrivelmente bem ao apresentar visuais impecáveis, um espírito
característico e inegável de “Star Trek”,
histórias convincentes e interessantes e, é claro, personagens muito bem
desenvolvidos.
Que série…
que série!
Para mais
postagens de “Star Trek: Strange New
Worlds”, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário