Star Trek: Strange New Worlds 1x05 – Spock Amok

Sexta-feira muito louca na Enterprise!

OUTRO EPISÓDIO INCRÍVEL! Comento isso semanalmente, mas sempre vale a pena: “Star Trek: Strange New Worlds” foi uma estreia incrível, uma das melhores séries que eu estou acompanhando atualmente! Inteligente e nostálgica, a série consegue entregar algo novo ao mostrar a USS Enterprise antes da chegada do Capitão Kirk, ao mesmo tempo em que é cuidadosa e respeitosa com o material original. “Strange New Worlds” consegue explorar diferentes personagens (cada episódio, até o momento, centrado em um personagem diferente), sem se perder, e, com isso, explorar também diferentes gêneros… tivemos episódios mais emotivos, episódios mais angustiantes e com o suspense na medida certa e agora, com “Spock Amok”, um episódio inusitadamente divertido que é um dos meus favoritos até o momento.

O episódio começa em uma cena marcante, na qual Spock tem um pesadelo no qual precisa enfrentar “o seu lado humano” – e eu posso dizer que o “lado humano” de Spock é muito lindo? Que homem. A sequência inicial do episódio é excelente, intensa, e reflete muito bem os sentimentos de Spock, que não pode evitar ter certa insegurança devido à sua natureza meio vulcana e meio humana. Se na Federação ele é aceito exatamente como ele é, em Vulcano ele sempre teve que esconder o seu lado humano e enfatizar seu lado racional, e isso faz com que, talvez inconscientemente mesmo, ele tema “não ser bom o suficiente” para T’Pring, sua noiva que vimos pedi-lo em casamento no primeiro episódio de “Strange New Worlds”. E quando T’Pring aparece na USS Enterprise, nos perguntamos se, talvez, os medos de Spock são tão infundados assim.

Spock e T’Pring enfrentam “problemas” em seu relacionamento, talvez porque não saibam entender-se o suficiente. Na tentativa de resolver esse problema e propondo uma espécie de “conexão de almas”, algo dá errado e Spock e T’Pring acabam de corpos trocados – uma trama que eu adoro! É um clichêzão explorado por obras como “Sexta-Feira Muito Louca” e “Se Eu Fosse Você”, mas funciona muito bem em “Strange New Worlds”, mais até do que eu podia imaginar, para dizer a verdade, porque não esperava me divertir tanto com uma troca de corpos protagonizada por dois vulcanos… um deles o Spock! Toda a sequência é incrível e, assim como em outras obras que utilizam esse recurso, serve para que eles possam literalmente “se colocar no lugar do outro” e, quem sabe, se entender melhor… eles precisam aprender, além da lógica, a empatia.

Curiosamente, “empatia” também é o centro de uma negociação que o Capitão Pike está tentando fazer com os R’ongovians, uma espécie que eles esperam que possa se unir à Federação, porque eles serão importantes em possíveis conflitos que estão por vir… as cenas com os R’ongovians são surpreendentemente interessantes, e eu gostei de como a “empatia” foi tratada na construção desses personagens, que “assumem características” daqueles com quem estão conversando – uma lógica inegável quando estão “negociando” com vulcanos, por exemplo. T’Pring precisa ir à reunião com os R’ongovians, se passando por Spock, por estar em seu corpo, enquanto Spock atende a um chamado de K’Tyll, também para fazer algo que supostamente apenas T’Pring poderia fazer… e é legal ver um no lugar do outro, o entendendo melhor.

Isso faz com que o relacionamento deles amadureça… mas será que o suficiente?

Se a questão da empatia foi interessante e se a troca de corpos de T’Pring e Spock rendeu excelentes momentos de comédia (o Capitão Pike indo aos aposentos de Spock para buscá-lo para a reunião, por exemplo, e se inteirando de toda a confusão), outra trama que rendeu ÓTIMOS MOMENTOS foi protagonizada por La’an e Una. Quando Ortegas, M’Benga, Chapel e, bem, uma grande parte da tripulação da USS Enterprise deixam a nave para uma espécie de “folga” e para se divertir, as duas são confrontadas com um “apelido” que foi dado a elas: “Where fun goes to die”. Aparentemente, nem La’an nem Una são consideradas “divertidas” – até porque elas de fato não são as pessoas mais divertidas da USS Enterprise, sempre sérias e preocupadas com suas responsabilidades… agora, chegou a hora de elas entenderem o conceito de “diversão”.

A parte mais divertida da história das duas começa quando elas encontram Zier e Christina, duas cadetes, fazendo alguma coisa proibida para tentar completar o “Bingo da Enterprise” – sobre o qual, inclusive, já ouvimos Ortegas falar quando enganou Uhura sobre a roupa a usar no jantar com o Capitão. Quando eu percebi que La’an e Una estavam prestes a começar a fazer as coisas da lista do Bingo da Enterprise para “entender a tripulação”, eu já comecei a sorrir, e as cenas das duas são excelentes, enquanto elas vão tentando entender o conceito de diversão, talvez sem perceber que estão se divertindo… essa interação e esse bingo também renderam bons momentos leves e cômicos, e termina com as duas do lado de fora da Enterprise, assinando os nomes no casco e, finalmente, entendendo um pouco do apelo… elas se divertiram de verdade, e valeu a pena.

Que episódio GOSTOSO. Leve, divertido e com um quê de emoção e desenvolvimento de personagem. Perfeito, assim como todo episódio que “Star Trek: Strange New Worlds” está entregando. Amando essa série mais a cada semana!

 

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