Star Wars: Obi-Wan Kenobi 1x04 – Part IV

Mais um sequestro, mais um resgate.

Sem todo o fan service em referência aos clássicos de “Star Wars”, a Parte IV de “Obi-Wan Kenobi” evidencia a simplicidade e fragilidade de seu roteiro… infelizmente, esse episódio me deu a sensação de que estamos andando em círculos, o que não seria um problema tão grande, se ainda tivesse sido um episódio divertido e que me desse a sensação de estar assistindo “Star Wars”, mas não tivemos nenhum momento eletrizante como o episódio anterior entregou, com a tensão da cena em que Obi-Wan e Leia conversam com Stormtroopers, por exemplo, ou quando Obi-Wan reencontra Anakin Skywalker, agora como Darth Vader, e eles têm uma luta de sabres-de-luz. No fim do episódio anterior, a Princesa Leia e Obi-Wan Kenobi acabaram se separando, e enquanto Obi-Wan enfrenta o seu antigo pupilo, Leia cai em uma armadilha e é sequestrada, novamente.

Dessa vez, quando acorda em um tanque parecido com aquele no qual Anakin Skywalker foi colocado para se recuperar de suas queimaduras antes de se tornar Darth Vader, Obi-Wan precisa correr contra o tempo e invadir uma base do Império para salvar a Princesa Leia – o que quer dizer que ele terá que enfrentar mais Inquisidores e mais Stormtroopers do que jamais em sua vida… felizmente, ele tem a ajuda de Tala, alguém que ele espera que não esteja com o disfarce comprometido ainda, depois de tê-los ajudado no episódio anterior. Então, enquanto a Reva, a Terceira Irmã, faz de tudo para colocar as mãos em Obi-Wan e capturá-lo em troca do cargo de Grande Inquisidora que o Lorde Vader prometeu a ela, Obi-Wan se esgueira por corredores sombrios, com a ajuda remota de Tala, torcendo para não ser capturado assim como Leia.

Adoro a pequena Princesa Leia, preciso dizer isso – embora já tenha dito em outras oportunidades. E eu adoro o fato de ela ser fofa, carismática e extremamente inteligente… então, quando a Terceira Irmã lhe diz que Obi-Wan Kenobi está morto, para tentar forçá-la a contar a respeito do Caminho dos Jedi, eu sabia que a princesinha não acreditaria em Reva… ela é mais esperta do que isso! Forte como sempre soubemos que ela é, Leia, com apenas 10 anos de idade, tem em si uma carga de deboche fantástica que entrega alguns das melhores partes o episódio, e ela só sucumbe mesmo ao medo quando ela percebe que está prestes a ser torturada pela informação que não quer dar… aquela cena da Leia gritando me lembrou um pouquinho a Boo quando é colocada na máquina de gritos pelo Randall, no incrível “Monstros S.A.”.

Eventualmente, Obi-Wan consegue chegar até a Princesa, e é um reencontro emocionante, mas que precisa ser breve – eles precisam fugir novamente, e torcer para que Leia não seja capturada uma terceira vez… acho que já é hora de ela ser levada em segurança de volta para casa, não? Durante a fuga mais tensa do episódio, Obi-Wan tem um momento importante no qual um dos vidros da base está rachando, e ele consegue segurá-lo usando a Força, por tempo o suficiente para que Leia e Tala possam fugir, e para que os Inquisidores que os perseguem possam entrar e, então, ele possa jogar a água toda sobre eles e escapar em segurança… sempre é bom ver a Força sendo usada na franquia, mas confesso que a cena me incomodou um pouco pelo fato de o Obi-Wan terminá-la completamente seco e porque nem um pouco de água escapa antes das portas se fecharem.

De todo modo, o trio fantástico consegue escapar e, definitivamente, o disfarce de Tala não consegue se sustentar… Reva a acusa de “trair tudo o que ela é por um velho e uma criança”, mas Tala responde que “aquilo nunca foi quem ela realmente é”, então, quando tudo parece perdido ou quase, Tala, Obi-Wan e Leia recebem a ajuda de Sully, um piloto que está disposto a levá-los em segurança para longe dali… um outro piloto aliado, no entanto, acaba morrendo no meio da operação. Um dos momentos mais fofos e mais legais do episódio vem já no caminho de volta para casa, quando, depois de tudo o que aconteceu e com Obi-Wan bem pra baixo, Leia segura a sua mão… é TÃO FOFO o carinho que se construiu entre os dois de forma tão natural, tão verdadeira, certamente uma das melhores partes dessa série – não separem mais esses dois, por favor. Chega de sequestros.

 

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