Stranger Things 4x04 – Chapter Four: Dear Billy

“What’s her favorite song?”

QUE EPISÓDIO, QUE TRAMA, QUE ATUAÇÃO PERFEITA! “Dear Billy” é, até o momento, o episódio mais impactante na quarta temporada de “Stranger Things” – especialmente porque a Maldição do Vecna está vindo atrás de alguém que conhecemos e de quem gostamos muito… no fim do episódio passado, Vecna escolhera sua próxima vítima, e sentimos a tensão quando Max viu o relógio na parede pela primeira vez. Agora, ela sabe que seu caso é muito parecido com os das duas vítimas anteriores de Vecna, o que só pode querer dizer que ela vai morrer nas próximas 24 horas… enquanto ela escreve cartas de despedidas e os amigos tentam encontrar uma alternativa para salvá-la, a trama de “Stranger Things” continua se desenvolvendo bem, em vários núcleos distintos – e, é claro, o grupo de Hawkins continua sendo o mais legal de se acompanhar!

Toda a história de Hopper e companhia? Sinceramente, pouco me importa… eu preciso dizer isso. Sinto que a série poderia ter economizado nos episódios longos reduzindo a trama toda que envolve o Hopper tentando fugir e a Joyce e o Murray indo para a Rússia para resgatá-lo – e parte de mim chegou a acreditar que ele seria salvo nesse episódio e, consequentemente, veríamos a conclusão dessa trama… mas eu não poderia estar mais errado. Infelizmente, Hopper depende de alianças para escapar em segurança, e embora Joyce queira confiar no cara para quem ela e Murray acabaram de entregar 40 mil dólares (!), eles não o conhecem… e ele é um grande traíra que fez de tudo para conseguir dinheiro: dos americanos, dos guardas russos e da KGB. Então, não apenas Hopper não é resgatado, como toda a situação parece estar mil vezes pior.

Na Califórnia, Will, Mike e Jonathan parecem estar em uma espécie de “prisão domiciliar”, embora não seja o caso oficialmente – Eleven foi levada por pessoas que vão treiná-la para que ela possa recuperar seus poderes e “voltar a ser uma super-heroína”, como ela escrevera no bilhete que deixara para Mike, e o trio está em casa, pensando em uma maneira de escapar… é uma trama menor do episódio, mas é interessante de se acompanhar porque eu gosto dos personagens, embora eu tenha ficado com o coração partido ao ver os olhinhos de Will brilhando, de lágrimas e de esperança, quando Mike fala com ele sobre os últimos dias e sobre como o tem tratado… sério, o Will não merece sofrer por hétero; espero que ele seja feliz, de verdade. A trama dos meninos culmina em um momento tenso no qual a casa é invadida e eles escapam numa van de pizzaria.

Uma tensão e tanto.

Mas o mais legal de se acompanhar atualmente em “Stranger Things” (sempre, certo?) é Hawkins, certamente! QUE HISTÓRIA INCRÍVEL SENDO CONTADA LÁ. Eu gosto muito do núcleo ao redor de Max, em primeiro lugar… além de a Max ser uma personagem incrível e com uma profundidade admirável, que faz com que nos importemos com ela, ela fica com um grupo que funciona muito bem: Lucas, Dustin e Steve. Eu simplesmente ADORO assistir a qualquer cena que tenha o Steve, e não só porque eu fico babando por ele (mas eu fico), mas porque ele é um dos meus personagens favoritos na série… ele fica “responsável” pelas “crianças” (embora, como seja comentado, eles não sejam mais crianças), enquanto Robin e Nancy têm um plano que é a única esperança de salvar Max: conversar com Victor Creel, o cara cuja família foi morta por Vecna nos anos 1950.

Max está desesperançada – e é triste assistir às suas cenas. Enquanto buscam uma maneira de salvar a sua vida e enquanto Lucas tenta falar com ela, Max está preocupada em escrever cartas de despedida para todas as pessoas que são importantes para ela, e as entrega, mas pede que eles não leiam… é para mais tarde, caso as coisas não deem certo. É desesperador ver o tempo de Max acabando, vê-la tendo experiências como as que Chrissy teve lá no primeiro episódio… pequenas visões e pequenos encontros com Vecna que mostram a Max que não tem como ela escapar, que ele já a escolheu como seu próximo alvo: aquela cena na qual ela vai até em casa para deixar uma carta para a mãe, para o padrasto e para a avó, e então ela conversa com a “mãe” do lado de fora da casa, mas a mãe não é a mãe, no fim das contas… apenas o Vecna a atormentando.

Enquanto isso, Robin e Nancy continuam sendo aquela dupla incrível que começaram a ser recentemente – e que adoramos! Obrigado, “Stranger Things”, por ter juntado as duas! “Fantasiadas” de “acadêmicas”, as duas vão até o Hospital Pennhurst para falar com Victor Creel… uma missão não lá tão fácil. Afinal de contas, ele é, supostamente, um assassino perigoso e, portanto, um prisioneiro de alta segurança. Ainda assim, mesmo sabendo que eventualmente elas serão desmascaradas, elas conseguem o direito a uma conversa com Victor Creel, para dizer que acreditam nele, para ouvir sua história e para buscar qualquer coisa que talvez possa ajudar Max a se salvar… o tempo dela está acabando. A história de Victor Creel e os flashbacks são um momento forte do episódio, e Robin se dá conta de algo que pode ajudar, embora não tenha certeza…

A música.

Felizmente, elas têm alguma coisa. No caminho das despedidas de Max, ela pede que Steve a leve até o cemitério e, então, sentada na frente do túmulo de Billy, ela tem uma das cenas mais emocionantes do episódio (e da série), na qual ela lê para o irmão a carta que escrevera para ele, e a sequência esbanja emoção e verdade… infelizmente, é naquele momento que Max está mais “vulnerável”, o momento perfeito para ser capturada por Vecna, e então tudo ao seu redor se transforma, o cemitério fica escuro e ela se vê encurralada, correndo sem saída pelo Mundo Invertido, que voltamos a explorar com uma riqueza de detalhes que não exploramos há muito tempo… através dos olhos de Max, vemos aquele mundo deteriorado, perigoso e “governado” por Vecna, enquanto Steve, Dustin e Lucas fazem de tudo, no cemitério, para tirá-la do transe e trazê-la de volta.

Não sei se alguma outra cena dessa temporada de “Stranger Things” chegará ao patamar da perfeição dessa sequência (até acho que sim, mas esse episódio entregou minha cena favorita na série até o momento), quando vemos os amigos colocarem, para Max ouvir no fone de ouvido, a sua música favorita, enquanto, no outro mundo, Max é capturada por Vecna e parece que não existe como ela fugir… enquanto escuta a música à distância e vê uma espécie de “portal” que a levaria de volta à realidade, Max se lembra de momentos com Lucas e com os amigos, cenas das outras temporadas de “Stranger Things” que também nos trazem lágrimas aos olhos, e aquilo lhe dá a força necessária não para acordar, ainda, mas para enfrentar Vecna e se soltar… e, então, ela corre, contra tudo o que se destrói ao seu redor, para chegar até os amigos do outro lado.

E consegue. É UMA DAS MELHORES CENAS QUE EU JÁ VI NA VIDA! Toda a construção da tensão é impressionante, a emoção estava a mil desde antes de Max ser “capturada”, o suspense da corrida contra o tempo enquanto Vecna falava com Max e se aproximava dela e os amigos procuravam a sua música favorita, tudo funcionou para que a cena fosse o primeiro grande clímax da temporada. As atuações, os efeitos, a ação e a emoção equilibrados, as memórias de Max, a música tocando, a corrida simbólica de volta à vida, o momento emocionante quando ela despenca, livre de seu transe por ora, e ela deixa que os amigos a abracem, aliviados, porque acreditavam que a tinham perdido, e ela diz que “ainda está aqui”. Sério, ainda é o quarto episódio e “Stranger Things” nos entregou essa perfeição de cena. Me deixa animado e com medo do que virá a seguir.

 

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Comentários

  1. Socorro moço! Quando sai o próximo review, preciso saber como aquele "véio" lazarento sobreviveu e retornou. Kkkkk... Enfim ótimo texto como sempre. Confesso que não estou muito empolgado com essa temporada, tens uns absurdos que me incomodaram, no entanto este plot da Max está muito bom, e esse momento do quarto episódio foi perfeito, concordo com tudo que vc disse. Até a próxima! 🥰

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    1. Quase saindo, Luciano, prometo! hahaha Estou assistindo aos poucos, dentro do que estou conseguindo, mas vi hoje mesmo o quinto episódio... vou escrever, revisar, arrumar as fotos, mas em breve vai estar aqui! :)

      Eu estou gostando da temporada, menos da parte da Rússia kkkk

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    2. Tranquilo moço. Tudo ao seu tempo. :)
      Então, é a parte da Rússia que me chateou mesmo. Essa mania dos americanos de transformarem suas personagens como superiores ao demais. Pois convenhamos, o Hoper apanhou, quase teve o pé amputado, mas não teve problemas com a dor, hemorragia, assepsia... que nada! De boas, ainda saiu pela neve descalço. Putz... meu gato, trisca a unha em mim, meu sangue escapa que nem um tsunami, kkkkk...

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    3. Essa parte do pé do Hopper me incomodou demais, porque ele fez de tudo com aquele pé quebrado, né? Ele correu, ele pulou janela... enfim, fez mais que eu faço com o pé normal kkkk

      Texto do quinto episódio está prontinho, vou postar logo! :)

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