The Time Traveler’s Wife 1x05
A família de Clare.
Já comentei
isso em várias ocasiões, mas eu adoro “The
Time Traveler’s Wife”. Eu amo o livro original, e eu estou adorando a
maneira como a série adaptou a história de Henry e Clare para a TV – o que quer
dizer que já começo a ficar melancólico pensando que o próximo episódio é o
último. Acho interessante e inusitado como “The
Time Traveler’s Wife”, assim como toda a ideia de linha temporal
“bagunçada”, consegue conduzir o espectador por diferentes sentimentos em
questão de poucos minutos… estamos desesperados e angustiados em um momento,
nos divertindo em outro, incomodados em outro e emocionados no fim. O quinto
episódio da série traz um pouquinho mais da inesperada amizade de Henry e
Gomez, que eles ainda não sabem como pode
funcionar, além de trazer o Henry de 28 anos finalmente conhecendo a família de Clare.
E é um
desastre completo!
Para Clare,
ter Henry na sua casa de infância é estranho
– afinal de contas, aquele foi o lugar no qual ela cresceu sonhando com um
Henry que não era ele… o Henry que ela desenhou quando ele tinha 38 anos e ela
tinha 16. E é ainda mais estranho tê-lo no seu quarto, tocando em um antigo
jogo de damas sem saber qual é a importância
daquele jogo de damas, ou olhando pela janela e comentando sobre a clareira, um
lugar no qual ele ainda nunca esteve,
mas onde ela já o encontrou 152 vezes durante sua vida. Clare não pode deixar
de pensar (e falar) sobre como deve ser incrível “se apaixonar na ordem certa”,
enquanto ela e Henry continuam tentando
fazer funcionar, mesmo com todas as expectativas, mesmo com tudo o que
Clare espera que Henry possa ser, mas que ele ainda não é. É uma situação
complicada que se complica ainda mais pela viagem no tempo.
A introdução
do episódio fala justamente sobre isso: sobre como a viagem no tempo complica
as coisas, mas, além disso, eles também têm os problemas normais de um casal…
conhecer a família de Clare é muito mais complicado do que Henry jamais poderia
imaginar, por exemplo! A irmã é um pouco “intensa demais” (embora, no fim, seja
uma boa companheira!) e assusta um pouco o Henry, e o irmão é um tremendo
babaca que parece disposto a fazer da vida de Henry um inferno, mas Henry também não se ajuda muito – eu entendo um pouco o
fato de a Clare ficar sonhando com outro
Henry quando aquele Henry age como um perfeito babaca, mas, ao mesmo tempo, eu
entendo que parte da razão de o Henry agir daquela maneira é porque ele está
sempre sendo comparado com “outro” e sendo menosprezado… é uma situação difícil para ambos.
Mas, é
claro, fica mais complicada por causa da viagem no tempo. Perto da hora do
almoço, Henry desaparece, deixa a torneira aberta, e agora Clare precisa
enrolar a família até que ele retorne de sabe-se lá quando… o salto de Henry
nesse episódio é importante para consolidar, de certa maneira, a amizade de
Henry e Gomez – afinal de contas, eles foram confrontados com a ideia de que
“seriam melhores amigos” no episódio anterior, graças a uma informação do Henry
do futuro, mas a verdade é que, em 2008, nenhum dos dois consegue ver isso
acontecer ainda… eles se detestam.
Até tentam sair para tomar algo juntos e conversar, mas as coisas simplesmente não funcionam. Quando Henry
chega ao futuro, no entanto, em 2022, e leva uma surra de um grupo de
motociclistas bastante perigosos, quem aparece para salvá-lo é o Gomez de lá.
E, ali, ele
começa a entender como eles podem ser amigos…
O retorno de
Henry a 2008, então, é verdadeiramente DESASTROSO. Depois de ser salvo por
Gomez, Henry retorna para a primeira visita à casa dos pais de Clare muito muito machucado, porque levou uma
surra de vários caras até Gomez aparecer, e agora ele precisa descer as escadas
para almoçar como se nada tivesse
acontecido… para complicar ainda mais a história (e isso é algo que eu
achei perversamente cômico), Clare tenta explicar o atraso de Henry dizendo que
“eles tiveram uma briga” e, então, “ela foi crítica demais” ou qualquer coisa
assim, e eu não pude deixar de rir dos olhos arregalados dela quando Henry
aparece todo machucado e ela fica
tentando se explicar que não é isso que
eles estão pensando… e é difícil seguir adiante de toda essa situação em um
jantar com um climão horrendo, enquanto o irmão mala de Clare faz perguntas inconvenientes.
No fim, foi até
gostoso ver a Clare esbravejando contra a família, finalmente colocando para
fora tudo o que estava sentindo – porque, convenhamos, os pais são dois
insuportáveis! Ela parte em defesa da irmã mais nova, que é cabelereira e adora
ser cabelereira, e também ataca o irmão, que merecia até mais, na verdade, e
fala por si mesma, cansada de toda aquela farsa, de todo aquele teatrinho para
impressionar os pais, de toda a pressão e de todo o julgamento… mas ela sai
bastante mexida da mesa, e Henry demora alguns segundos até conseguir sair
atrás dela e, mesmo que o faça, ele não pode correr até ela, porque ele está mesmo muito machucado. Então, ele
sobe até o antigo quarto de Clare e consegue vê-la correndo em direção à
floresta, e ele sabe exatamente para onde ela está indo… ela está indo para a clareira, na esperança de encontrá-lo.
Então, ele
tem uma atitude bem bonita: ele pede a ajuda da irmã de Clare, que é
cabelereira e maquiadora, para fazer uma “transformação” nele, e só então ele
vai até a clareira, e os olhos de Clare se emocionam quando o veem: ali está o
Henry por quem ela sempre foi apaixonada… o
Henry por quem ela esperou toda sua vida. É verdade que ainda é o Henry de
28 anos e que eles vão crescer juntos,
mas ele está usando uma das roupas que ela deixava para ele durante a infância
e adolescência, e está com o cabelo cortado como ela se lembra dele (e como o
desenhou aos 16 anos, inclusive), e com maquiagem para cobrir os machucados
mais feios da surra que acabou de levar em 2022… acredito que Henry e Clare
chegaram a um ponto importante do
relacionamento deles, talvez eles estejam caminhando para um momento grande da
história…
O casamento.
É um bom
ponto para encerrar a primeira temporada. Mas
quero uma renovação para ver o restante do livro também ser adaptado…
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