A Favorita – O assassinato do Dr. Salvattore

“A única assassina dessa história é ela!”

Então, o público finalmente descobriu que Flora é a assassina de Marcelo… e “A Favorita” entra em uma nova fase na qual mocinha e vilã são bem definidas – e que os jogos comecem. O capítulo da grande revelação, que contou com a melhor audiência da novela até então, é um verdadeiro primor da teledramaturgia: começa com Donatela apontando uma arma para Flora em um banheiro público, ameaçando matá-la, e, no fim, Flora está matando o Dr. Salvattore com vários tiros, usando justamente a arma de Donatela, para fazer o que quis fazer há 18 anos e não conseguiu, que é acusar Donatela de um crime que ela não cometeu. Dessa vez, no entanto, parece que as coisas darão certo, e é um tanto desesperador assistir a isso tudo, agora sabendo que, no fim das contas e apesar de todos os seus defeitos, Donatela era mesmo inocente.

Quando Flora atira em Salvattore, Donatela grita desesperada, e tenda chamar Dodi para o seu lado, dizendo que ele está sendo cúmplice de um assassinato, mas a única pessoa que foi estúpida ali, como eles dizem, foi a própria Donatela, que caiu em um plano ridículo por pura ingenuidade. Flora ainda fala sobre a arma de Donatela, com as suas impressões digitais, e como não vai matá-la naquele momento porque ainda quer que ela tenha uma vida longa, de muito sofrimento. Donatela fica desmaiada enquanto Flora e Dodi fogem da cena do crime e colocam a arma do crime na mão de Donatela… quando Zé Bob chega (porque, afinal de contas, ele estava seguindo o Dr. Salvattore) já é tarde demais, e Donatela acorda assustada, segurando a arma com força e ameaçando atirar, sem saber quem é que se aproxima dela no escuro… até ver que é o Zé.

Infelizmente, a cena é comprometedora… o Dr. Salvattore morto, num lugar suspeito, a Donatela sozinha ali, com uma arma na mão. Desesperada, enquanto Zé Bob tenta fazê-la baixar a arma, Donatela fica balbuciando sobre como jura que não foi ela, sobre como foi a Flora, que aquilo tudo é uma armadilha para incriminá-la, como Flora planejou para que todo mundo acreditasse que foi ela, mas não foi. Mas ela mesma sabe que ela não tem chances de convencer as pessoas disso. E é com essa consciência que ela precisa fugir antes que a polícia a encontre ali quando ela escuta as sirenes se aproximando, sabendo que foi a própria Flora que os chamou… desesperada, angustiada, ela pede que Zé Bob a ajude, que a salve, mas, naquele momento, ele também está muito atordoado e não sabemos se ele acredita nela ou não… não o culparíamos por não acreditar.

E quando Zé Bob pede, pela milésima vez, que Donatela baixe a arma, ela responde:

“Que arma? A arma! Foi ela que botou na minha mão. Foi ela. Não adianta. Você não vai acreditar em mim, eu entendo. Não tem como acreditar. Que pena. Eu te amo, Zé”

Então, Donatela vai embora correndo antes que a polícia entre e, quando a polícia chega, Zé Bob está sozinho ali e, ao ser interrogado, ele diz a verdade: Donatela estava ali sozinha quando ele chegou, mas quando ouviu a polícia, ela largou a arma e saiu correndo. Naturalmente, Zé Bob é levado para a delegacia para depor, mas o depoimento dele é bem sincero, ele diz toda a verdade do que viu, do que não viu e do que a Donatela lhe disse. Enquanto isso, Donatela corre em direção ao metrô, onde passa a noite sozinha. É desesperador, e sabemos que o sofrimento de Donatela está apenas começando… quando a notícia chega ao rancho, Lara chora, Gonzalo fica furioso e diz que Donatela vai pagar por tudo e ainda maldiz o fato de “ter chamado de filha a assassina do seu filho”. As poucas pessoas com quem Donatela inicialmente podia contar já não estão mais do seu lado.

Donatela está sozinha.

Dodi, Silveirinha e Flora, por sua vez, dão um jeito de gerar álibis para aquela noite, e depois se juntam em um restaurante para brindar e celebrar o “futuro luminoso” que começa para eles agora… Donatela, por sua vez, está cada vez mais no fundo do poço. Vai ser acusada de assassinato e fuga, o que depõe ainda mais contra ela, e ela amanhece com o movimento do metrô e anda pelas ruas de São Paulo, completamente descomposta, e logo chega a uma banca de jornal onde se depara com a matéria na primeira página: DONATELA ASSASSINA. Então, ela se apressa para comprar uns óculos escuros, uma toca para esconder o cabelo, um casaco preto… é o fim de Donatela, e todo mundo vai garantir que ela se afunde cada vez mais. Tenho, particularmente, muito nojo de Dona Irene conversando com Flora sobre isso, dizendo que a Donatela é “má” e elogiando a Flora.

Vai ser tão bonito vê-la descobrir a verdade!

Mas quando?

Eu AMO que O PEDRO NÃO ACREDITA EM FLORA. Não importa o que ela diga, Pedro não acredita nela e nunca acreditou – e, agora que tudo está ruindo, ver o Seu Pedro estar contra Flora é o alívio enquanto assistimos “A Favorita”. Ele grita com Flora, ele diz a Irene e Lara que elas não podem acreditar nela, que ele leu nos jornais o que estão dizendo, mas é tudo mentira: “Donatela não matou ninguém. A única assassina dessa história é ela”. Pedro diz que todos eles foram drogados por essa criatura, a Flora, e agora estão crucificando uma pessoa inocente, e eu fico muito feliz de como Pedro consegue enxergar além de todas as armações, consegue entender que foi tudo meticulosamente planejado para que Flora incriminasse Donatela! Que orgulho dele, sinceramente, mas Flora continua dissimulada, como se o Pedro fosse o vilão da história…

Pedro se afasta de todos com um aviso a Lara:

“Você e seus avós ainda vão se arrepender muito por dar ouvidos a essa daí”

A pergunta é: quando?!

 

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