Além da Ilusão – O noivado de Isadora e Joaquim
Chantagem.
Registrando
porque em breve a novela entra em sua reta final e algumas reviravoltas estão
para acontecer, mas já adianto: Isadora,
Joaquim e Rafael/Davi é o núcleo menos interessante de “Além da Ilusão” há
muito tempo, e em grande parte não por causa de Isadora ou de Joaquim, nem
mesmo pela atuação do Rafa Vitti, contra a qual eu não tenho nenhum problema,
mas por causa da escrita horrenda do personagem de Davi… a começar, como eu já
disse mil vezes, pelo fato de ele ser, supostamente, um ilusionista, mas ter
“poderes” que vão muito além do ilusionismo, e isso é usado exaustivamente pela
autora para tirar soluções abruptas do nada, da maneira mais conveniente e
forçada possível… se ela queria que torcêssemos por Davi, infelizmente não
consigo fazê-lo – e estou amando o fato de o verdadeiro Rafael Antunes estar
acordando.
Finamente
veremos o Davi se dar mal, pelo menos por um tempo?!
Tentando
fugir do sofrimento (ha!), Isadora marca o seu casamento com Joaquim, enquanto
Davi está no seu encalço, prestes a descobrir que ele está roubando da fábrica… e, quando o faz, ele só precisa
encontrar uma maneira de provar isso,
porque então terá Joaquim nas suas mãos! Davi descobre que Joaquim está usando
o nome de Fátima como dona de uma empresa falsa que está “fazendo consertos”
para a Tecelagem Tropical, então ele começa a reunir provas contra Joaquim… a principal delas, o documento falso com a
foto de Úrsula que ele encontra. Mas, ao invés de entregar o Joaquim para o
Eugênio e para a polícia (a princípio porque “ele não pode ser chamado para
depor ou o delegado vai reconhecê-lo”), Davi resolve usar as provas que tem
para chantageá-lo – e, encurralando Joaquim, ele o manda devolver o dinheiro
roubado e terminar o noivado.
Davi poderia
ter entregado o Joaquim, se quisesse… ele podia ter acabado com ele de uma vez
por todas e com qualquer chance do Joaquim com Isadora, nem que tivesse feito isso
de maneira anônima, para não ser chamado para depor na delegacia, mas ele não
faz isso porque, apesar de não assumir, ele quer a sensação de estar mandando em Joaquim – ele se alegra com
a “tortura” que faz. Sentir-se superior lhe dá satisfação, é uma questão de
ego! Úrsula é quem alerta o Joaquim de como a atitude de “Rafael” é suspeita:
afinal de contas, se ele tem todas essas provas, ele poderia facilmente tê-lo
denunciado e teria ganhado esse jogo… se não o fez, então só pode ser porque
ele tem o rabo preso. Como Joaquim ainda não descobre nada, ele segue sua ordem
e termina com Isadora (!), mas ele não deixa que Davi celebre demais, porque
avisa que vai descobrir o que ele está escondendo…
E está mesmo
prestes a fazê-lo.
Eu não posso
defender o Joaquim e suas atitudes (embora eu ache que “Além da Ilusão” fosse ser muito mais legal se tivesse trabalhado
um bom caminho de redenção para o personagem), mas tampouco posso defender o
Davi, as coisas que faz, e o seu discurso dissimulado de que ele é “bom” –é
aquela coisa de que, na briga de Joaquim e Davi, eu estou do lado da briga.
Enquanto Davi se vangloria (“Essa vitória
é minha. E ninguém tasca!”), em uma cena asquerosa, o verdadeiro Rafael
Antunes, desperto no hospital depois de 6 meses, finalmente começa a se lembrar
de tudo, a começar por seu nome… mas, além disso, ele se lembra de quem é e do
que estava fazendo naquele trem no dia do acidente: estava vindo para Campos para trabalhar na tecelagem, e espera que
ainda tenha esse emprego. Então, ele vai até a tecelagem, apresentar-se
como Rafael Antunes…
E quem o recebe é justamente o Joaquim.
Agora, ele encontrou o que buscava.
E,
infelizmente, será um prazer ver o Davi cair.
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