Lost 3x17 – Catch-22
A quarta morte de Charlie.
DESMOND
SEMPRE ENTREGA EPISÓDIOS MUITO BONS! Desmond Hume é, como eu comento desde a
estreia da segunda temporada, um dos meus personagens favoritos em “Lost”, e a terceira temporada traz uma
trama ainda mais interessante para ele com toda essa coisa de “visões do
futuro”. “Catch-22”, exibido em 18
de abril de 2007, começa a ter um clima de reta
final de temporada, e percebemos o quanto essa série não para de crescer – também como eu sempre comento: reassistir a “Lost” está fazendo com que eu me
apaixone novamente por essa série e cada detalhe que a compõe! “Catch-22” é a primeira vez que acompanhamos uma visão de Desmond, no
melhor estilo “Premonição”, porque, das
outras vezes, apenas o ouvimos contar como Charlie morreria e como ele o
salvou… dessa vez, no entanto, vemos o Charlie morrer.
E parece
que, dessa vez, Desmond não pretende salvá-lo, mas garantir que tudo aconteça exatamente como eu sua visão.
Desmond acredita, na verdade, que Penny está chegando à ilha (afinal de contas,
ela comentara sobre como “com dinheiro e determinação o suficiente, é possível
se encontrar qualquer pessoa no mundo), e ele teme que, se mexer com alguma
coisa de sua visão, ela não vai se realizar… por isso, ele tenta garantir que a
morte de Charlie, dessa vez, vai acontecer exatamente como ele previu – o que é
uma sacanagem de Desmond, porque ele convence Charlie a acompanhá-lo, e ele
deixa que Charlie acredite que ele vai
salvá-lo, como fizera das outras vezes, mas não é o que ele pretende fazer.
Para garantir que tudo vai acontecer como ele viu em sua mente, Desmond reúne o
grupo que estava com ele na floresta em sua visão.
Primeiro,
ele chama Hurley, que é quem encontrou um cabo na praia. Depois, Jin, que eles
enganam para que se juntem a eles falando de um acampamento e de marshmallows.
Por fim, Charlie. Devo dizer que Jin é um personagem que eu amo (fora que o
Daniel Dae Kim é muito bonito, fico admirando sua beleza sempre que ele está em
cena), e é tão bom vê-lo leve e se divertindo em toda essa aventura, com
destaque para aquela cena MARAVILHOSA na qual ele está contando história de terror e ninguém está entendendo nada, mas
Hurley se assusta no momento certo de qualquer maneira… cenas como essa
precisam ser elogiadas em “Lost”
porque essa é uma característica da série que a ajudou a ser grandiosa como ela: o fato de que, além
de uma ilha cheia de mistérios, “Lost”
é a história dessas pessoas… todos
eles são tão REAIS.
Desmond não
sabe exatamente quando e como as coisas vão acontecer, mas as peças vão se
encaixando conforme eles caminham… eles veem alguma coisa cair no mar, por
exemplo, veem uma luz no céu e imaginam que alguém caiu na mata – alguém que
Desmond acredita piamente ser Penny. Então, ele entra na mata para salvá-la, e
todos os elementos que antecedem a “morte” de Charlie começam a aparecer, como
a chuva e a conversa de Hurley e Charlie sobre o Flash e o Superman. Quando chega o momento de deixar que Charlie
morra, no entanto, Desmond não consegue fazê-lo, e manda ele se abaixar e pula
sobre ele, antes que uma flecha o atinja no pescoço. E, logo depois, ele se
arrepende de tê-lo feito, porque talvez, no fim das contas, não seja sua
obrigação salvar o Charlie, e talvez não haja sentido em continuar fazendo isso
indefinidamente.
É a quarta
vez que ele salva Charlie… em algum
momento, no entanto, ele não vai conseguir.
Desmond
também se pergunta se aquilo tudo não é um teste, se ele não deveria deixar o Charlie morrer, como um
sacrifício, o que se conecta ao seu passado e a uma conversa que ele teve no
monastério sobre Abraão – ah sim, porque esse flashback de Desmond volta mais ainda no tempo e nos mostra Desmond
se tornando um monge e morando em um monastério… é uma história interessante e
que dá profundidade ao personagem, e ainda termina de uma maneira muito bacana.
Vemos Desmond ser “expulso” do monastério depois de beber umas garrafas de
vinho porque a mulher com quem ele ia se casar (!) o acusou de ter fugido por
medo, e então outro monge fala sobre como “acredita que o lugar de Desmond não
é ali, que ele está destinado a coisas maiores”. É uma fala que Desmond não
entende e/ou em que não acredita, mas fica em sua mente.
E talvez se realize na ilha.
Quando está
se preparando para ir embora do monastério, então, seu caminho se cruza com o
de Penny, e eu preciso dizer: QUE QUÍMICA PERFEITA QUE ESSES DOIS TÊM! Tão
natural, tão bonito, é a química que a série sonhava que Jack e Kate tivessem,
mas que nunca tiveram e nunca terão… a maneira como a primeira conversa de
Penny e Desmond flui com leveza e como a atuação de ambos transborda essa
sensação de “um sentimento bonito que está nascendo”, é simplesmente perfeito.
Mesmo com tão pouco tempo de tela juntos, Penny e Desmond nos fizeram acreditar
em seu amor, em seu relacionamento, e nos fizeram torcer por eles, tornando
tudo o que está acontecendo e vai
acontecer ainda mais forte e impactante. Porque Desmond acredita ter achado
Penny na ilha, no fim das contas, mas quando ele tira o capacete da mulher que
pulou do helicóptero em queda…
Bem, não é a Penny. Mas ela sabe quem ele é.
Enviada por Penny então?
Em paralelo,
o episódio tenta nos forçar uma história daquela confusão amorosa de Jack,
Juliet, Kate e Sawyer, e é um pouco difícil de engolir… talvez porque Jack não
tenha nenhuma química nem com Kate nem com Juliet, não sei. De qualquer
maneira, quando Kate vê Jack jantando com Juliet, ela fica com ciúmes e procura
Sawyer em sua barraca para transar com ele, como se ele fosse “um prêmio de
consolação”, e Sawyer percebe o que aconteceu no dia seguinte, quando está
jogando pingue-pongue com Jack e descobre que Kate o vira na “cozinha” na noite
anterior e que fora jantar com Juliet… infelizmente, essa é uma parte bem sem graça do episódio, mas, felizmente,
tempo de tela o suficiente é dedicado a Desmond e aos demais em toda aquela
jornada em busca de Penny – e Desmond, é claro, salva o episódio. Ansioso para
rever aonde isso vai chegar!
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