[Season Finale] Star Trek: Strange New Worlds 1x10 – A Quality of Mercy
O futuro do universo.
Fechando a
temporada da melhor maneira possível, “A
Quality of Mercy” é outro excelente episódio de “Star Trek: Strange New Worlds” – que é uma das minhas séries
favoritas no ano! Desde a estreia que eu agradeço à oportunidade de estar de
volta à USS Enterprise, com um elenco tão bom e um roteiro tão bonito, tão
criativo, tão bem estruturado… tão clássico e inovador ao mesmo tempo! “Strange New Worlds” constantemente
capta a essência do que existe de mais clássico em “Star Trek” e transpõe isso para novas histórias de personagens
conhecidos, fazendo isso de diferentes maneiras enquanto brinca com diferentes
gêneros e diferentes protagonistas… é impressionante como a série conseguiu
entregar uma primeira temporada consistente, que pode ser divertida,
assustadora, empolgante e emocionante, com cada episódio brilhando à sua maneira.
TODOS os
episódios foram excelentes!
“A Quality of Mercy” traz de volta ao
centro das atenções o que o Capitão Pike descobrira antes de aceitar retornar
para a Federação: as circunstâncias de
sua morte. Dividido entre um destino que ele precisa aceitar ou um destino
que ele ainda pode mudar, Pike é confrontado com uma escolha quando aparece, na
USS Enterprise, um tal Maat Al-Salah – um dos cadetes que fazem parte da sua
visão no futuro e da circunstância de sua morte. Aquele é o momento-chave no
qual Pike pode mudar todo o futuro.
Ele pensa em escrever uma carta para o garoto, empolgado em se juntar à Frota
Estelar, alertando-o sobre o risco que ele corre… e isso mudaria todo o futuro
e, quem sabe, salvaria a sua vida. Mas, enquanto tenta redigir a carta, Pike
recebe uma visita inesperada: sua
versão do futuro, mais velha do que ele seria na ocasião de sua morte naquela
visão.
Então, o
futuro está mudado.
O Pike do
futuro, no entanto, alerta esse Pike sobre os riscos que está correndo ao
escolher escrever essa carta e, consequentemente, alterar a história ainda não
escrita para ele – talvez, com essa mudança, alguma coisa muito mais grave vai
acontecer… algo que vai comprometer o
futuro e integridade do universo como o conhecemos. Então, Pike é enviado
para o futuro, para a própria USS Enterprise do futuro, e agora ele precisa
descobrir o que mudou e o que, exatamente, a sua outra versão quer que ele
descubra… existe algo ali que ele precisa
ver, conhecer, entender. E essa jogada ao futuro é uma das coisas mais
interessantes que “Strange New Worlds”
fez, nos apresentando novas “versões” de personagens que integraram a primeira
temporada, como La’an (que delícia vê-la mais leve), ou de personagens que
fazem parte da história da franquia como um todo…
Como o Capitão James T. Kirk.
Confesso que
FOI UMA EMOÇÃO TREMENDA ver a estreia de Paul Wesley como o Capitão Kirk –
nesse momento, com Pike ainda vivo, capitão da USS Farragut. A interação de
Pike e Kirk é um dos fios condutores de “A
Quality of Mercy”, e apenas um dos elementos que o Capitão Pike precisa conhecer naquele futuro. A nave de Kirk
é destruída por Romulanos, que são os
vilões principais desse Season Finale
eletrizante, e os dois capitães têm
ideias bem diferentes, mas complementares, de certa maneira, sobre como devem
agir… é legal ver o “embate” (se é que podemos chamar assim) de ideias
entre Pike e Kirk, ver os diferentes planos de ação, que funcionam melhor ou
pior para diferentes situações… mas só existe uma maneira correta de lidar com
os Romulanos naquele momento e, na verdade, não
é a maneira escolhida pelo Capitão Pike.
É a primeira
vez, para a Federação, que os Romulanos ganham um rosto – e sua semelhança com
Vulcanos é assombrosa, o que também pega Spock totalmente de surpresa… no
entanto, a diplomacia parece impossível. Pike, sempre confiante nesse método,
tenta propor um diálogo, tenta trilhar um caminho de paz para acabar com a
guerra infinita entre a Federação e os Romulanos, mas isso é interpretado como
fraqueza, e a sua hesitação em atacar quando tem a oportunidade desperta o
interesse de Romulanos sanguinários que não pensam em mais nada a não ser a
guerra… Kirk faz o seu melhor, tem um plano arriscado e inteligente de blefe,
mas ele não consegue impedir que UMA GUERRA DIRETA SE ANUNCIE, e apenas aquele
primeiro confronto causa uma série de mortes, que vão se acumular e se
transformar em milhões nos anos seguintes…
É isso o que
o Pike do futuro queria que o Pike que está tentando mudar seu futuro visse. É
angustiante e desesperador, acho que para qualquer fã de “Star Trek”, pensar na morte do Spock, e vê-lo quase morto na enfermaria depois do ataque dos Romulanos é muito
triste – e, também, perigoso para o futuro do universo. Por isso Pike precisava
viver aquele momento: para entender a gravidade da situação. Ele sente que, ao
salvar a própria vida mudando o futuro, talvez ele tenha condenado a de Spock,
que é alguém de quem ele gosta muito, e, mais do que isso, alguém que pode ser
a última esperança do universo de que um dia possa haver um acordo de paz entre
a Federação e os Romulanos… e, com a sua morte ou quase morte, isso nunca será
possível. Quantos milhões mais morrerão
em uma guerra sangrenta que foi iniciada naquele dia?
Pike retorna
ao presente, então, sabendo que existem
destinos que são inevitáveis… e que são inevitáveis por um motivo. Infelizmente,
ele tem que abraçar o seu futuro, por mais doloroso que seja, e fazer tudo o
que puder até lá. O seu retorno é bastante bonito, especialmente pela cena com
o Spock, na qual ele fala sobre como está feliz em vê-lo (e, na verdade,
podemos ver isso em sua expressão e sua postura), e sobre como “ele é
importante para ele”. Depois, Pike caminha pela ponte da USS Enterprise em tom
de despedida, embora ainda falte anos para que ele se despeça de fato, olhando
no rosto de cada pessoa que faz parte da sua história, “criando memórias”. De
quebra, ele ainda escolhe seu sucessor… como ele diz em uma cena bastante legal
e emocionante, ainda no futuro: “a USS
Enterprise terá sorte por ter James T. Kirk como capitão”.
Que
episódio! Que temporada! Que série!
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