Vice Versa, Episode 1 – Ocean Blue
“Minha emoção agora é azul-oceano”
MULTIVERSO?!
Protagonizada por Jimmy e Sea, e com participação especial de Ohm e Nanon, “Vice Versa” é uma das minhas maiores
apostas em BL do ano, e estou esperando por isso desde seu anúncio e seu
trailer teste – e fico muito feliz em
poder dizer, nesse momento, QUE EU ESTOU ENCANTADO! Com uma sinopse criativa e
interessante, um elenco competente e cheio de química, um conceito inteligente
e explícito baseado nas cores para
traduzir emoções, além de referências divertidas a outras séries (“Enchanté”, “2gether” e a própria “Bad
Buddy”), “Vice Versa” apresenta
um primeiro episódio divertido, carismático e cheio de potencial… mal posso
esperar para ver Talay/Tess atravessar uma série de cores e emoções em busca da
sua chave de portal e o seu caminho
de volta para o seu próprio universo… onde
um emprego promissor o espera.
A introdução
a “Vice Versa” funciona muito bem,
apresentando os protagonistas, Talay e Puen, antes de eles serem transportados para outro universo em uma
experiência de quase-morte. Talay é um colorista competente e um pouco
desavisado (as cores que ele escolheu
para os entrevistadores naquela primeira cena me fizeram gargalhar!), talvez
prestes a ganhar a oportunidade de sua
vida; Puen, por sua vez, é um ator de cinema famoso, que parece emendar
sucesso atrás de sucesso. Os dois se conhecem casualmente no banheiro do
aeroporto, quando Talay é arrastado para lá pela amiga, “para se distrair um
pouco”, porque ela é fã do Puen e espera encontrá-lo… embora eles estejam
esperando no portão errado, Talay tem
a sorte de encontrar Puen por coincidência no banheiro (!), e os dois
compartilham uma primeira interação bacana.
As faíscas à mostra já na primeira cena.
Até porque,
em termos de roteiro, alguma coisa precisava acontecer entre Talay e Puen
depressa, antes da mudança de universo, então eles estabelecem uma conexão
naquele encontro, quando Talay lhe dá um chapéu desenhado à mão de presente, e
Puen diz que “quem quer que tenha desenhado aquilo é muito fofo”… e Talay não o deixa ir embora sem contar que fora ele quem desenhara – o que eu achei
o toque final essencial para abrilhantar mais a cena e para nos convencer de
que existe química entre eles e de
que mal podemos esperar para vê-los juntos novamente… não que isso não vá ficar
ainda mais claro eventualmente,
quando a amiga de Talay consegue uma ponta como figurante para ele em um filme,
mas não conta para ele que é um filme no qual Puen está interpretando o
protagonista, e ela o colocou ali para “conseguir várias fotos de Puen para
ela”.
Uma das
melhores cenas do episódio, certamente… e eu adoro o fato de ambos os protagonistas poderem brilhar. Jimmy
é um rosto mais conhecido dos BLs, ainda que seja muito novo como ator (teve um
papel de destaque em “Bad Buddy” e
fez participação em “Enchanté”), e
ele estava absolutamente lindo (!)
naquele figurino do filme, com a camisa branca bem aberta e o suspensório (sorry, mas eu não posso deixar passar a review sem comentar como ele estava
lindo naquela cena!). Sea, por sua vez, está fazendo sua estreia, e com o
primeiro episódio de “Vice Versa”
voltado quase que inteiramente a ele, ele tem a chance de brilhar e demonstrar
todo o seu carisma, o que é excepcional! Me diverti com o Talay “surtando”
quando vê o Puen entrar, ou rindo quando está gravando uma cena na qual deveria
ser um cadáver, ou festejando que conseguiu o emprego com o qual sonhava…
Mas as coisas
não saem exatamente como Talay imaginava – antes que ele possa assumir o seu
novo emprego e iniciar uma nova fase de sua vida, ele vai nadar no mar à noite
enquanto celebra a sua conquista recente, tem câimbra, quase morre afogado e
desperta no hospital, em outro universo, no corpo de outra pessoa: Tess
(interpretado pelo Ohm), um cara que acabou de ser espancado em uma briga de
bar. E, então, com os personagens principais devidamente apresentados, chegou o momento de expandir essa trama de “Vice Versa”, e essa foi uma das coisas
que me chamou a atenção desde o início: eu adoro o conceito de universos
paralelos, de troca de corpo, e acho que existe muito a ser explorado nessa
premissa, e muito com o que brincar também… e, aparentemente, “Vice Versa” entende bem essa
oportunidade que tem de brincar.
O universo
paralelo no qual Talay é “jogado” tem várias coisas diferentes do seu universo original – e muitas que ainda vai
descobrir, certamente. O Google se transformou em Qooqle, por exemplo. A
cerveja é um artigo de luxo, muito mais cara do que o vinho. A contagem nos
dedos funciona de uma maneira completamente diferente. E o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido na Tailândia.
Gostei de como o “universo paralelo” pôde, também, brincar com referências,
colocando o Force e o Book dirigindo um carro com a placa de “recém-casados”, e
não fica claro se é mesmo os Akk e Theo que conhecemos de “Enchanté”, mas, na minha cabeça, é… e eu achei muito fofo! Também
temos aquela senha para entrar na associação: “Continue me olhando assim e eu vou te beijar até você cair”… uma
das falas mais memoráveis de “2gether”.
Felizmente
para Talay, ele encontra ajuda em Phuwadol, uma enfermeira que sabe o que está
acontecendo… e pode ajudá-lo a entender:
“Eu sabia.
Eu tinha razão. […] Você não é o Tess. Você é outra pessoa. Você sofreu um
acidente e acordou no corpo de um estranho em um mundo que parece familiar, mas
não é realmente sua casa. Acertei? […] Lembre-se de uma coisa: isso não é
apenas troca de corpo… você viajou entre universos para estar em um novo corpo”
Momento
pessoal? Vamos lá… viajar a um universo paralelo sempre foi um dos meus maiores sonhos. Eu acredito
na existência de outras realidades, e obras que exploram outros universos sempre me chamaram atenção – e agora,
com o conceito de “Multiverso” em alta, ganhamos cada vez mais produções do
gênero, mas a ficção científica brinca com isso desde a década de 1950, e é
incrível… sobre o conceito de “universos paralelos”, destaco, aqui, a trilogia “Fronteiras do Universo”, atualmente
sendo adaptada à série (incrível, por sinal) “His Dark Materials” – “A
Faca Sutil” sempre me fascinou pela transição entre mundos e todas as
possibilidades que isso traz, e “A Luneta
Âmbar” causa em mim, em toda a sequência da Dra. Mary Malone em outro
mundo, uma sensação tão boa que eu mal sei explicar… é um pouco de inveja da
personagem, sim, mas no sentido de “Eu
queria viver isso”.
De todo
modo, voltemos ao episódio… precisei divagar um pouco para expressar a minha
intensa paixão pelo conceito de
universos paralelos, e certamente voltarei a isso em reviews futuras, e comecei
a falar sobre isso, agora, para poder dizer que entendo o Talay querer voltar para aquilo que conhece, para a sua
própria família e amigos, para o seu emprego promissor… mas, ao mesmo tempo,
não sei se no seu lugar eu estaria tão afoito
a retornar assim. Talay, no corpo de Tess, encontra através de Phuwadol, uma
associação cheia de pessoas que estão na mesma situação que ele: todas acordaram no corpo de outra pessoa, em
outro universo. Algumas delas querem retornar… outras não. Como Talay é uma
das pessoas que quer voltar para casa,
agora ele vai começar uma busca até a sua “chave de portal”: alguém que pode ajudá-lo a retornar.
“Há 99,99%
de chance de que a pessoa que procuramos seja próxima do dono do corpo em que
estamos”
O conceito
da missão é razoavelmente simples: Talay só pode retornar ao seu universo se
ele encontrar, nesse universo, alguém que passou pela mesma coisa que ele…
alguém que veio de outro mundo e com quem, no seu mundo original, ele tem algo
em comum, ou alguma conexão (!). E
como existe a chance de essa pessoa estar
no corpo de alguém que seja próximo do corpo no qual ele está agora, Talay
começa a procurar alguém que signifique algo para Tess… e é assim que ele chega
a Tun Pakorn (interpretado por Nanon), em uma cena emocionante por motivos externos ao episódio: ver Talay mexendo nas
memórias de Tess e encontrando aquela foto de Tess e Tun juntos mexe com
qualquer fã de “Bad Buddy” e de
OhmNanon, porque é uma foto do Ohm e do Nanon nos bastidores das gravações de
um episódio importante de “Bad Buddy”,
e uma foto linda que fez o fandom surtar
quando foi postada.
Como é bom vê-la aqui, eternizada nesse
episódio.
Se aproximar
de Tun, no entanto, talvez não seja tão fácil quanto Talay esperava… foi Tun
quem chamou a ambulância quando Tess apanhou naquela briga de bar, e aquela
foto dos dois mostra que eles têm um passado significativo juntos, mas quando
Talay o procura, Tun está distante – e mais do que isso: fugindo literalmente. É muito divertido ver o Ohm e o Nanon atuarem
juntos novamente, mesmo que por um tempo curtinho: ver a química que os dois
esbanjam, ver as expressões divertidas do Nanon, da qual sentimos tanta falta,
e o destino vai fazendo com que os seus personagens se aproximem, mesmo que Tun
fuja do bar quando Talay tenta falar com ele… eles se encontram novamente na
empresa do pai de Tess, mas Tun está irritadiço, pronto para dizer que “o
odeia” e que “vai embora se eles não estão ali para falar sobre o roteiro”, mas
sabemos o que “Tun” esconde.
Mal posso esperar pelo próximo episódio…
Tudo nesse
episódio me fascinou e me empolgou pelo futuro da série. Gosto do universo de
cinema (Talay e Puen colorista e ator, respectivamente, em seu universo
original, vivendo, agora, nos corpos de Tess e Tun, o filho do dono da maior
empresa de cinema do país e um roteirista), gosto de como a função do colorista
(e da cor na mídia audiovisual) foi valorizada e trazida à tona, colocada em
evidência, e, como disse, acredito que existe muito potencial para “Vice
Versa”: ótima premissa, ótimos atores e uma estreia empolgante… uma coisa
que me chamou a atenção é aquela fala de que o verdadeiro Tess está, nesse
momento, no universo original de Talay, vivendo a sua vida – bem que podíamos
ganhar um episódio especial mostrando o
outro lado da história, com Tess e Tun no universo do qual Talay e Puen
vieram, não?
Quem sabe?
Para mais
BLs, clique aqui.
Revisão dos episódios da quinta temporada de "Raven's Home", por favor? O elenco mudou, mas o programa está bem melhor do que nas últimas temporadas e temos várias visões de Raven.
ResponderExcluirhttps://taplink.cc/ravensymonebra
ExcluirEu estava tendo dificuldade para começar (achar em boa qualidade para print e tal), mas se tudo der certo eu vou ver o primeiro episódio HOJE. Essa semana eu começo a postar daí :)
ExcluirAguardando. Obs: gosto muito da forma como escreve e aborda os episódios.
ExcluirAh! Muito obrigado!!!
ExcluirAcabei de assistir ao episódio... vou escrever agora e tentar postar durante o dia :)
Amei a review desse episódio. Episódio este muito bom, por sinal. Esses protagonistas são dois grandes gostosos, muito fofos e com uma química incrível. Achei tão fofa a cena do chapéu no banheiro...
ResponderExcluirVi que você conseguiu captar muitos easter eggs nesse primeiro episódio. O esperado de um grande BLzeiro como você kk. Muito legais essas referências a séries antigas.
Confesso que tive uns estranhamentos com a presença do Ohm e do Nanon na série, os atores ainda estão muito ligados aos personagens de Bad Buddy, e eu ainda não superei que o BL mais perfeito do mundo já acabou! Mas Vice Versa tem tudo para ser um BL incrível tbm, e vai ser uma experiência muito legal acompanhar essa série com você e seus textos maravilhosos, amigo!
Esperando captar mais referências nos próximos haha
ExcluirA parte do "estranhamento" com Ohm e Nanon eu concordo até pelo fato de que ainda parece que estamos vendo o Pat e o Pran, de certa forma... a interação é muito parecida com o que eles tiveram por muito tempo. Mas também sabemos que a participação deles é reduzidíssima, e quando Puen chegar à "outra realidade", provavelmente veremos bem pouco do Ohm e do Nanon, e bem mais do Jimmy e do Sea...
Olá. Estava pensando em começar essa agora que terminei Bad Buddy, mas vi que faz referências as outras séries. Será que eu vou ficar meio perdido?!
ResponderExcluirNão vai não, são referências pequenas e que são apenas "easter eggs" mesmo, pode ir sem medo. Mas, no geral, Vice Versa é beeem inferior a outros BLs como My School President e Bad Buddy, então esteja avisado hahaha
ExcluirSério?! Bem inferior? Vixe agora fiquei com um pé atrás...
ExcluirNão é ruim, tá? Mas é notavelmente inferior, então estou avisando para você colocar suas expectativas no lugar certo haha Mas eu gostei no fim, especialmente quando abaixei as expectativas mesmo.
ExcluirÉ tal como vc disse. É inferior comparado aos citados. Fica melhorzinho rumo ao final. Mas gostei. Agora vou dar uma lida nas publicações sobre 1000 Stars. ;)
Excluir1000 Stars é muito muito bom, acho que você vai gostar. Mais dramático (tem umas coisinhas perto do final que me incomodam um pouco, mas ainda assim amo). Vamos ver o que você acha depois de ler alguma coisa :)
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