A Favorita – A encenação de Pedro
Tal pai, tal filha.
COMO FOI
DIVERTIDO ACOMPANHAR O PEDRO JOGANDO O JOGO DE FLORA! Pedro sempre esteve do lado de Donatela… ele
sempre soube (e disse para todo mundo) que Donatela era inocente no assassinato
de Marcelo, e que fora Flora que o matara. Inicialmente, antes de sabermos que
estava dizendo a verdade, talvez achássemos o personagem de Pedro irritante – possivelmente, não me lembro
na verdade. Agora, no entanto, é muito gostoso acompanhar como suas convicções
são firmes e como, não importa o que aconteça, ele não deixa de acreditar em
Donatela Fontini, porque conhece a filha que tem. Mesmo quando Donatela foi
presa e julgada culpada pela morte do Dr. Salvattore. Mas isso quase lhe custou
a vida, e ele sabe que Flora é a responsável por ele ter sido espancado e ter
acabado no hospital… por isso, é hora de
mudar o jogo.
Pedro
aparece fazendo toda uma cena sobre como quer que Flora o perdoe pela maneira
como ele a tratou durante toda a vida e como não acredito nela – ele até pede
um abraço, e por um segundo, eu fiquei
totalmente tenso. Até com um pouco de raiva! Porque Pedro é convincente
quando diz, por exemplo, que “recobrou o juízo” e que percebeu como foi injusto
durante todos esses anos, como foi “uma vítima de Donatela”, e pede perdão
repetidamente. Mas é claro que, acreditando desde o princípio que tudo era um
jogo inteligente de Pedro, eu fiquei com raiva mesmo da Dona Irene (como
sempre), com aqueles comentários condescendentes e sua expressão de
superioridade que me irrita – eu quero mais ver a Dona Irene descobrir que a
Flora não vale nada do que propriamente ver a Flora pagar pelos seus crimes,
porque aquela mulher me irrita!
Flora,
então, aproveita a cena e precisa jogar junto com Pedro… ela diz que “não tem
nada para perdoar”, e o abraça – a situação mais forçada e bizarra possível!
Ela o chama de “paizinho”, mas desconfiada de que ele está armando alguma
coisa… porque ele, felizmente, realmente
está. Ele vai ficar por ali pelo rancho, observando tudo de perto, tentando
derrubar Flora de dentro, implantando dúvidas e teorias na cabeça das pessoas,
enquanto faz a cena de “pai do ano”. Os olhares dos dois, a encenação na frente
dos outros, a trilha sonora… tudo gera um
suspense brilhantemente construído! Quando estão sozinhos, Flora se torna
outra pessoa, e ataca o pai sabendo que ele não mudou desse jeito não, mas ele
continua impassível por alguns minutos, o que exige bastante sangue frio, se
você me perguntar… e eu achei que ele
realmente ficaria mais tempo fazendo isso.
Mas não
consegue… não na frente de Flora.
“Para com
essa encenação, eu te conheço!”, diz Flora. “Eu sei que você tá armando alguma coisa contra mim. Que que é? Fala a
verdade ou você vai se arrepender”
“O que você
vai fazer? Vai me matar também? Como? […] O que você pretende fazer para se
livrar de mim, sua assassina?”
O clima fica
bem tenso entre os dois quando eles estão sozinhos, e é INCRÍVEL isso tudo! A
Flora o chamando de “velho maldito”, o ameaçando, os dois se odiando com todas
as forças que têm, mas o jogo de Pedro é bom… ele diz que vai fazer o que puder
para colocar a Flora de novo atrás das grades, e quando Flora ameaça chamar a
Dona Irene e todos os demais para dizer que ele está mentindo e que, na
verdade, ele não mudou e não se arrependeu, ele diz que ela pode fazer isso se
quiser, mas, na frente deles, ele será o pai mais carinhoso do mundo… ou seja, não tem como Flora fazer isso.
Então, agora os dois estão disputando para ver quem dissimula melhor, e eles estão arrasando. Acabei me divertindo bastante nas cenas deles,
como quando eles estão quase se matando e são interrompidos pela chegada de
Irene, Gonzalo e Lara, então se abraçam, como se fossem pai e filha que se
amam.
É MUITO
CÔMICO E EU ADOREI.
Flora ainda
tem que lidar com alguns outros “problemas”, como o Dodi. Ela tenta se livrar
dele dando-lhe de presentes charutos cubanos e o deixando em uma cabana com o
gás ligado, mas ele percebe logo que é uma armação dela e, embora a cabana
exploda, ele não está lá dentro – e
agora Flora tem um inimigo declarado, sem mais dissimulações. Tanto é que Dodi
até dá um “presentinho” para Flora: um DVD no qual podemos vê-la atirando e
matando o Dr. Salvattore… Flora fica enlouquecida, o que quer dizer que a
tensão entre os dois está prestes a crescer demais. Bem vilã de novela, Flora
risca todo o disco que Dodi lhe deu, para extravasar a raiva, mas sabe que isso
não significa nada, porque era só uma cópia do vídeo verdadeiro, e a verdade é
que, até que ela pense em algo para se livrar do Dodi, ela está nas mãos dele…
e vai ter que fazer o que ele pede.
Como lhe conseguir dinheiro.
O jogo vira
por um breve período. Até agora, Flora dominou as vilanias da novela, e vê-la
acuada, nas mãos de Dodi, é uma mudança legal da dinâmica da novela –
novamente. Flora chega a se arriscar do lado de fora do prédio da empresa para
invadir uma sala e roubar barras de ouro para dar a Dodi o dinheiro que ele
está pedindo, e é muito bom ver que ela não tem o controle de tudo… Dodi até a faz engraxar seus sapatos, isso
só pela humilhação mesmo. Claro que isso ainda vai voltar para Dodi, porque
Flora não vai deixar por isso mesmo e seu ódio
só está crescendo a cada atitude de Dodi. De quebra, ainda temos o Pedro agora o tempo todo no rancho, jogando “teorias
inocentes” no ar, como quando Gonzalo fala sobre as barras de ouro roubadas
supostamente por uma secretária da empresa e ele comenta se isso não pode ter a
ver com o Dodi e tudo o mais…
Pedro está numa interessante posição de
poder agora! Pela primeira vez.
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