American Horror Stories 2x05 – Bloody Mary
“Bloody Mary
is coming for us!”
UMA NOVA
VISÃO SOBRE A HISTÓRIA DA BLOODY MARY. Interessante como séries podem dividir opiniões, e eu vou falar sobre o
que eu senti enquanto assistia “Bloody
Mary”: eu gostei bastante. Particularmente, achei muito mais legal do que “Drive” ou “Milkmaids” (talvez não seja tão bom quanto os dois primeiros
episódios da temporada, mas ainda assim). Gostei das protagonistas, da maneira
como a trama foi guiada, dos plot twists
que trouxeram uma conclusão inusitada ao episódio… não é uma obra-prima, mas é
muito melhor do que várias histórias de “American
Horror Stories” até aqui. O episódio começa com um grupo de amigas (Lena,
Maggie, Bianca e Elise) decidindo chamar a
Bloody Mary dizendo seu nome três vezes em frente ao espelho e, uma vez que
elas o fazem, elas precisam lidar com as consequências de sua escolha.
Gostei da
abordagem da Bloody Mary nesse episódio, o que entrega um bom plot para o episódio: a aparição no
espelho do banheiro está ali para revelar-lhes
a verdade e falar sobre o futuro – não apenas para matá-las. Com encontros separados, cada garota tem uma
“conversa” com Bloody Mary na qual falam sobre o que querem, e Bloody Mary lhes
dá instruções de como conseguir… agora, se não quiserem morrer tendo seus olhos
arrancados por ela (impossível não se lembrar do Coríntio, depois do lançamento
recente de “The Sandman”), as garotas
precisam fazer o que lhes foi instruído. Lena, por exemplo, precisa derrubar a
capitã das líderes de torcida do alto da pirâmide para assumir seu lugar;
Maggie precisa liberar uma sex tape da garota que está traindo seu ex-namorado
para consegui-lo de volta; Bianca tem que denunciar um professor para conseguir
uma vaga na faculdade…
E Elise não conta o que ela precisa fazer.
O episódio é
conduzido de maneira interessante, gerando o suspense enquanto nos perguntamos
se as garotas terão coragem de fazer
tudo o que lhes foi pedido para conseguirem o que supostamente querem – Lena,
por exemplo, quer ser a capitã das líderes de torcida, mas ela é capaz de
possivelmente matar outra garota para
conseguir isso? Enquanto o tempo passa, as aparições de Bloody Mary ficam mais
frequentes em todo espelho que aparece na frente delas, e a tensão e o medo de
morrer parecem aumentar, Bianca é a única que parece disposta a esperar por
Elise, porque sempre confiou na irmã e acredita que ela vai encontrar uma maneira de acabar com isso tudo. O suspense
aumenta, no entanto, quando Lena não consegue causar o acidente de sua
companheira de equipe e, logo em seguida, aparece morta com os olhos
arrancados.
Maggie é a
próxima.
“Bloody Mary” também traz um background para a personagem e como ela
ficou “presa” dentro do espelho há mais de um século. Sua origem como “fantasma”
(embora o episódio deixe bem claro que ela não é um fantasma) se conecta à história de Margaret Worth, uma mulher que
recebia escravos fugitivos em sua casa e os torturava até vendê-los novamente.
A atual Bloody Mary é uma dessas mulheres que ficou presa no porão de Margaret
Worth e, antes de ser vendida novamente como escrava e, pior, de ser separada do seu filho, ela invocou a
ajuda e o poder de uma deusa a quem servia para lhe dar forças para se libertar
– e usou o poder para vingança.
Considerada “impura” para reencontrar seus ancestrais, ela é colocada dentro do espelho pela deusa e, a partir
de então, ela se torna uma espécie de “guardiã da verdade”, a revelando a quem
a chama.
Agora,
Bloody Mary está buscando uma maneira de
se libertar – e ela usa Elise para isso. Quando Bianca acredita que a irmã
encontrou uma maneira de se livrar de Bloody Mary de uma vez por todas, ela
descobre, no fim, que tudo era um plano de Elise e que foi ela, e não a Bloody
Mary, quem matou Lena e Maggie: essa era
a tarefa que a Bloody Mary lhe designou. Elise deveria reaver a adaga de
Mary e o sangue de três inocentes, e
isso a purificaria e a libertaria. Prometida poder, fama, riqueza e
tranquilidade, Elise foi capaz de matar
as próprias amigas para conseguir “o que realmente queria”, e esse foi o
feito de Bloody Mary: revelar quem ela realmente é. No fim, Bianca mata a irmã
para se defender, entrega seu sangue como a terceira inocente para libertar
Bloody Mary e, ironicamente, acaba assumindo o seu lugar como a “guardiã da
verdade”.
Eu gostei do
episódio!
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