Dear Doctor, I’m Coming for Soul 1x05 – Unwanted Ticket
“Minha vida era mais fácil quando você não existia”
Sofrimento
de décimo primeiro episódio adiantado? Temos. Mais um episódio EXCELENTE de “Dear Doctor, I’m Coming for Soul”, cada
vez mais consolidando o BL como um dos melhores que eu assisti nesse ano… a
química dos personagens, a trama, a carga emotiva bem dosada – “Unwanted Ticket” traz uma história bem
forte que começa com o Dr. Prakan e
Tua Phee provavelmente na melhor época da
relação deles, até que “conflitos” no trabalho de ambos faça com que eles
se afastem… e, bêbado, Prakan diz algumas coisas das quais se arrepende, mas as
consequências já estão aí e, agora, ele terá que lidar com elas. É um episódio
lindíssimo. Sofri e chorei? Sim… mas ainda assim consigo reconhecer que foi um
episódio intensamente bonito, e conduzido com muita sinceridade, calma e
propriedade… a série sabe o que está fazendo com seu roteiro e seus
personagens, e se desenvolve muito bem!
No último episódio,
vimos Prakan e Tua Phee compartilharem o que deve ter sido o momento de maior romance e importância para ambos – toda a
sequência da praia é linda… as conversas sentados na areia olhando para o mar,
a preocupação do Tua Phee quando Prakan “desaparece” e a maneira como o abraça
apertado quando ele retorna… foram coisas que ajudaram a aproximá-los e a
definir a conexão que eles já compartilham há tanto tempo. O clima de romance
estava no ar, e eu fiquei um pouco sem ar com a maneira como Tua Phee segura a
mão de Prakan prolongadamente para lhe devolver a chave do carro, e como os
atores colocaram tanto sentimento naquele momento singelo que era o das mãos se tocando, e como aquilo
significou tanta coisa… eu sempre me divirto/me emociono com o coração de
Prakan disparando por causa de Tua
Phee.
Acho que foi
o momento em que mais vimos Prakan
conscientemente apaixonado, e foi ótimo assistir a isso. Mexido com a
viagem à praia, o abraço e o toque das mãos, Prakan acorda no dia seguinte pensando em Tua Phee – relembrando os
sorrisos deles enquanto plantavam flores juntos, enquanto olha para as flores
através da janela… então, ele busca a presença de Tua Phee, com aquele sorriso
bobo e apaixonado que temos no rosto quando estamos vivendo esse começo de relacionamento,
e que é um momento tão gostoso! Adoro ver o Prakan enrolando para poder ver o
Tua Phee sair de casa e convidá-lo para “ir para o trabalho com ele”, mas quem
sai, na verdade, é o outro ceifador – A001, ou Khett. E ele fala algo que fica
na cabeça de Prakan durante todo o caminho: talvez
médico e ceifador não devam se ver durante as horas de trabalho.
Isso é quase
um “lembrete” para o trabalho “conflituoso” de ambos, e esse é o principal
drama do episódio. No caminho para o trabalho, Prakan vê uma ambulância parar
para atender um acidente, mas o pior está por vir: Baas, agora um colega de
trabalho, mas alguém que ele conhece desde a infância e que foi um dos motivos
pelos quais ele escolheu se tornar médico, é atropelado na sua frente… e, pouco
depois, B88/Tua Phee está ali para levar a sua alma… é um dos momentos mais
dolorosos e mais emocionais da série, porque Tua Phee está sério, sentindo por
Prakan sabendo que não há nada que ele possa fazer, enquanto a dor nos olhos de
Prakan é tão palpável que queríamos
abraçá-lo e dizer que tudo ia ficar bem quando ele implora para que Tua Phee
não leve a alma de seu amigo… Baas, percebendo que o ceifador pode se comunicar
com Prakan, pede que ele o avise que ele é doador de órgãos.
Confesso que
fui surpreendido pela morte dupla do episódio… e se aquilo me pegou, imagino o
quão doloroso deve ter sido para Prakan, vendo duas pessoas importantes em sua vida morrendo no mesmo dia. Baas,
antes de partir para “a sua nova jornada”, pede que o seu rim seja doado para Bua,
sua irmã, mas quando Tua Phee chega ao hospital, Bua também está morta… é uma situação tão tensa, triste e
complicada para Prakan e Tua Phee, porque eu defendo o ceifador: eu sei que,
assim como, no fundo, o próprio Prakan também sabe, que a culpa não é de Tua
Phee… que ele é apenas alguém que guia a
alma até a sua pós-vida, mas não é ele quem escolhe o momento da pessoa
morrer, tampouco o responsável por sua morte. Ele é apenas um guia. Ainda assim, eu também entendo que, na raiva
e na frustração, é difícil para Prakan pensar nisso…
Por isso,
quando Prakan tenta lidar com a morte de duas pessoas que amava e acaba bebendo demais, ele diz coisas das quais
vai se arrepender mais tarde, mas que não consegue não colocá-las para fora quando está procurando um culpado e vê Tua
Phee na sua frente… com a Dra. Nuch, Prakan fala sobre como se sente “inútil”,
porque dois amigos seus morreram e ele não pôde fazer nada para impedir isso, e
acho que o comentário dela sobre como “não é sua culpa” fica na cabeça de Prakan
e, quando vê Tua Phee, ele coloca a culpa sobre ele, embora ele não a tenha.
Foi doloroso ver o Tua Phee todo prestativo, se dispondo a ajudá-lo e a levá-lo
para casa, enquanto o Prakan, movido pela frustração e pela revolta, diz que “a
sua vida era muito mais fácil quando Tua Phee não existia”. Nossa, isso atinge
Tua Phee de uma maneira tão intensa que é doloroso de se assistir…
Eventualmente,
Prakan se arrepende disso… e Nuch o ajuda a fazê-lo. Prakan desperta no dia
seguinte e descobre, por Keeta, que “um cara ligou para ele na noite anterior
para levá-lo para casa”, mas antes que Prakan possa procurá-lo, Nuch quer falar
com ela, e é uma cena linda na qual ela fala sobre como o fato de Prakan ter
avisado, na hora, que Baas era um doador de órgãos (graças ao Tua Phee) fez com
que várias vidas fossem salvas.
Infelizmente, a vida de Bua não foi uma delas, e Prakan tem todo o direito de
sentir a dor dessa perda, mas ele também pode ficar feliz por todas as pessoas
que Baas salvou. Muito mais calmo e percebendo que não foi legal com Tua Phee
na noite anterior (mesmo que não se lembre exatamente o que dissera), por isso
ele ligou para Keeta o levar para casa, Prakan sabe que precisa procurar por Tua
Phee e pedir desculpas.
Aqui, temos
uma das cenas mais dolorosas do episódio, que é Prakan apertando a campainha
insistentemente e gritando o nome de Tua Phee do lado de fora da sua casa,
pedindo que ele saia e venha conversar com ele, dizendo que está pronto para
conversar se o magoou no dia anterior, mas Tua Phee se recusa a sair… acho que
o mais “bonito” e mais triste de toda essa história é o fato de que Tua Phee não sai de casa, mas não é exatamente
porque ele está magoado com Prakan, ou bravo ou qualquer coisa assim – ele se
recusa a sair porque ele está pensando no que Prakan dissera e acredita que a
única maneira de permitir que ele seja feliz é se afastando dele… então, ele diz a Khett que “nunca mais vai
vê-lo”. Ele está fazendo isso pela “felicidade” de Prakan (assim acredita), por
mais que isso lhe doa… e eu sofri vendo o
Tua Phee sofrendo.
“Unwanted Ticket” também começa a
oficialmente desenvolver seu casal secundário – e essa é a parte mais leve do episódio, para dar uma quebrada
em todo o drama denso e pesado que estávamos acompanhando com Tua Phee e
Prakan… o casal secundário de “Dear
Doctor, I’m Coming for Soul” é formado por Keeta, o enfermeiro educado,
bonito (!) e divertido que faz parte da equipe de Prakan e Nuch (e que é
“bastante flexível, em todas as posições”, como descobrimos nesse episódio), e
por Natee, o médico arrogante, esnobe e inescrupuloso que faz parte da equipe
de Metha. Um casal improvável, talvez,
pela grande diferença de personalidade de ambos, mas eles nos surpreendem em
suas cenas, porque eu achei que não seria fácil torcer por eles… mas talvez
seja. Até porque Keeta é um querido e nós queremos vê-lo feliz, e ele está
sofrendo por ser apaixonado por Prakan e vê-lo constantemente com Tua.
Keeta e
Natee têm três ou quatro cenas muito
importantes nesse episódio. A primeira delas é quando Natee se prepara para
dormir e encontra Keeta no quarto, então eles conversam, se provocam, Keeta
pede que ele cole algo nas suas costas (e o comentário provocante aqui?!) e
depois, percebendo que Natee está com fome, o chama para comer… gostei da cena
da pizza, porque foi bastante íntima
nas informações compartilhadas sobre eles mesmos, e foi quando eu vi o Natee mais suave – talvez haja espaço para ele
crescer e deixar de ser uma pessoa tão detestável. Outra cena importante, e que
eu adorei, foi quando Keeta aparece se voluntariando para levar Natee para
casa, mas acaba o dispensando depressa quando recebe a ligação de Tua Phee
dizendo que Prakan precisa dele… Keeta foi um pouco insensível mandando o Natee
descer da moto? Talvez… mas ele não superou Prakan ainda, e Natee bem que
mereceu, porque adora ser grosseiro com os outros.
Foi divertido vê-lo todo bravinho/enciumado
depois.
Natee já
está mais envolvido do que ele
imagina, e eu adoro isso.
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