Lost 4x02 – Confirmed Dead

“I’m Daniel Faraday. I’m here to rescue you”

Eu adoro o ritmo, as ideias e os mistérios da quarta temporada de “Lost” – e “Confirmed Dead”, exibido em 07 de fevereiro de 2008, é um episódio excelente no quesito “levantar perguntas”. De volta aos flashbacks, dessa vez para apresentar a “equipe de resgate” (ha!) que acabou de chegar à ilha, o episódio traz uma série de novos mistérios, como o urso polar da Dharma no deserto, o contato com espíritos ou o avião supostamente falso que foi encontrado no fundo do mar… e tudo isso me empolga demais! As primeiras cenas do episódio trazem a aparente confirmação de que o Oceanic 815 caiu no oceano e de que todos os passageiros e tripulação estão mortos – mesmo que, eventualmente, os flashbacks do episódio vão mostrar que isso tudo não passa de algum tipo de conspiração, já que Frank pode confirmar que aquele corpo não é do piloto.

Eu estou FELICÍSSIMO com a chegada de Daniel Faraday – eu não posso me adiantar demais, mas eu SEMPRE amei o Daniel, e eu fico com um sorriso no rosto ao vê-lo andando todo inocente e inteligente pela ilha… eu o amo demais! O primeiro flashback do episódio é dele, bastante breve, e é através de sua perspectiva que vemos a notícia sobre o Oceanic 815, algo que mexe profundamente com ele, mesmo que ele “não saiba explicar o porquê”. Depois, já o encontramos sendo jogado para fora de um helicóptero, pouco antes de cair no meio da mata e ser achado por Jack e Kate. O segundo flashback é de Miles Straume, um caça-fantasma (!) que, por algum motivo, é recrutado para essa missão e que é bem estouradinho, mas pode comprovar que Kate está dizendo a verdade quando diz que não foram eles que mataram a Naomi.

Habilidade útil a de Miles.

Dan e Miles têm algum desenvolvimento durante o episódio, então, mas ainda queremos ver mais deles – e eles não estão “no comando”, como Miles quer acreditar que estão, porque Sayid e uma galera têm armas apontadas para a cabeça deles… o terceiro flashback do episódio apresenta a terceira integrante da “equipe de resgate”, Charlotte Lewis, uma antropologista cultural curiosa, que chega a um sítio de escavação arqueológica no meio do deserto no qual os ossos de um urso polar foram descobertos… um urso polar usando o símbolo da Dharma! Charlotte, diferente dos colegas, cai mais perto do segundo grupo de sobreviventes, aquele liderado por John Locke para longe da praia, porque não querem ser descobertos, e eu adoro toda a tensão que o episódio gera, e como Ben chega a tentar matá-la, sem sucesso, porque ela está de colete.

O quarto flashback do episódio é dedicado a Frank Lapidus, o piloto responsável pelo helicóptero que foi atingido por uma tempestade de raios entre o cargueiro e a ilha – e ele é uma peça importante, talvez a primeira pessoa a entender que toda aquela coisa de “restos do Oceanic 815 encontrados no fundo do mar” é falsa. Daniel, um físico, Miles, um caça-fantasmas, Charlotte, uma antropologista e Frank, um piloto, no entanto, são apenas peões deum plano muito maior: eles são recrutados para essa “missão” porque “terão um papel importante a desempenhar”, mas talvez eles não saibam bem qual é o motivo de toda essa excursão… talvez a única pessoa que tivesse mais informações de fato fosse Naomi Dorrit, a única treinada para o que eles iam enfrentar – e, ironicamente, a única que foi assassinada pouco depois de chegar à ilha.

Um dos momentos mais interessantes do episódio vem na reta final, depois que o grupo liderado por Jack chega até Frank, o piloto do helicóptero, que conseguiu pousá-lo em segurança na ilha – e, assim, começamos a entender como apenas seis sobreviventes conseguiram deixar a ilha, como vimos nos flash forwards do episódio anterior. Enquanto Juliet cuida de um machucado em sua testa e ele parece conversar com ela de maneira inocente e despreocupada, ele saca informações como o seu nome, para descobrir se ela é uma sobrevivente do 815 ou se ela é alguém que já estava na ilha antes da queda do avião… ele estudou o manifesto, ele sabe muito bem que Juliet nunca esteve naquele voo, e pode levá-los ao que eles vieram procurar na ilha. Miles fica exaltadíssimo com a informação que Frank lhe dá, e fala, pela primeira vez, sobre eles estarem atrás de Ben.

Em paralelo, no segundo grupo de sobreviventes, algo similar acontece e as mesmas informações vêm à tona. Depois de Ben ter tentado matar Charlotte e ela ter sobrevivido, ele quase é morto por Locke, que finalmente está disposto a ouvir o que Sawyer vem falando desde o início do episódio, pelo menos, mas Ben, como sempre, tem as maneiras perfeitas de escapar nos últimos momentos, então ele começa a falar sobre Charlotte: seu nome, sua vida, sua missão ali, todas as pessoas que vieram no helicóptero com ela, e o que eles estão buscando… eles estão ali porque vieram atrás dele. E ele sabe disso tudo porque ele tem um espião infiltrado no barco deles. A tensão que esse episódio gera é interessantíssima, as dúvidas também. Sabemos, há muito tempo, que resgatar os sobreviventes não é a prioridade dessa “equipe de resgate”.

Mas o que eles querem ali, afinal? O que querem com Ben?

 

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