Raven’s Home 5x04 – A Streetcar Named Conspire
A decisão
de Booker.
EU ME
DIVERTI TANTO! Eu estou adorando a
nova temporada de “Raven’s Home”. É
verdade que é estranho não ter
personagens que eram tão importantes, como a Nia e o Levi, e eu fiquei bastante inseguro com o anúncio da
quinta temporada sendo uma completa “reformulação” da série como a conhecíamos,
mas as escolhas têm sido acertadas. O clima de “Raven’s Home” está leve, descontraído e, acima de tudo, despreocupado: eles só querem nos contar
uma história que nos faça rir, e temos ótimos momentos de comédia nos episódios
recentes! Ainda acho que Victor está ocasionalmente meio “perdido” nas tramas,
e Alice está sendo a personagem nova de quem menos estou gostando (a trama toda
dos trens e do spa não me cativou
nesse episódio), mas o restante funciona lindamente mais uma vez… e estou
amando Booker com Ivy e Neil.
“A Streetcar Named Conspire” começa com
Raven tentando lidar com a ideia de que Booker está voltando para Chicago no
dia seguinte – e ela gostaria que ele ficasse mais tempo. Raven é uma
personagem sempre fascinante, e eu
vou comentar algo que eu comento desde o início da série: eu adoro a maneira
como “Raven’s Home” conseguiu trazer
uma Raven mais velha, uma Raven que é mãe e se comporta como mãe (nas
exigências, nas expectativas, na cobrança, nas broncas), mas ainda sendo a
Raven que conhecemos em “As Visões da
Raven”. Não é algo necessariamente tão fácil de se fazer, então isso
precisa ser reconhecido! Toda a trama de “querer que o Booker não vá embora”
traz muito disso, mostrando a Rae como uma mãe carente que não quer ficar longe
do seu “bebê”, e uma Rae que continua nos divertindo horrores em várias cenas.
Acredito que
a trama de “Fica Booker” foi muito bem desenvolvida: com certo cuidado, muita
realidade, e o seu tom necessário de comédia… e eu fiquei bastante reflexivo,
na verdade. Seguindo uma ideia de Alice, Raven resolve dar ao Booker “o dia
mais divertido em São Francisco”, para tentar convencê-lo a ficar, mas o que
ela considera divertido e o que o Booker consideraria divertido são duas coisas completamente diferentes…
Raven tenta convencer o filho o levando em uma série de lugares que foram importantes para ela, e que têm
histórias incríveis que, inclusive, acompanhamos em “As Visões da Raven”, mas que não significam nada para Booker,
porque é uma outra época, ele é uma outra pessoa e ele precisa fazer as suas próprias memórias… e é por
isso que ele prefere ir a um show com os seus novos amigos, e uma garota que
acabou de conhecer.
Gosto de
como “Raven’s Home” consegue mostrar
essas duas facetas da relação de mãe e filho, o que eu acredito que faça com
que a série atinja duas faixas etárias
simultaneamente. Particularmente, eu entendo a Raven e valorizo seu esforço e
suas tentativas, mas eu também entendo o Booker… e embora às vezes pareça
“ingratidão” ou algo assim, ele só está
sendo adolescente. Booker e Raven compartilham uma das cenas mais
engraçadas da quinta temporada até o momento, que é a do bonde desgovernado (o
tanto que eu ri com o polvo na cara da Raven não está escrito!), e, no fim, Booker consegue ir para o show que
queria e isso faz com que ele escolha
ficar em São Francisco. Pode não ter sido como a Raven esperava, mas foi pelo motivo que ela queria mostrar
para ele, no fim: ele percebeu que pode criar
boas memórias ali.
Assim, “A Streetcar Named Conspire” acaba não
trazendo nenhuma visão que é importante para o desenvolvimento do episódio em
si, apenas para a conclusão dele – e é a primeira visão do Booker nessa
temporada: ele vê a garota por quem se
interessou o agradecendo por tê-la levado ao baile. Acredito que isso
queira dizer que a veremos mais vezes pela série. Infelizmente, para curtir a
quinta temporada de “Raven’s Home”,
temos que ignorar o fato de que Booker parece despreocupado com a ideia de morar longe da Nia, ou mesmo do Levi, de
quem ele era tão próximo porque cresceram
juntos, mas são coisas nas quais não podemos focar demais, porque tem menos
a ver com a história do que com os bastidores: a série foi reformulada pela
Disney, personagens foram cortados e substituídos, e a série quer e precisa
continuar sem eles… e vamos que vamos.
Preciso
terminar a review comentando as
representatividades LGBTQIA+ do episódio, que podem ser pequenas e discretas,
ainda, mas que precisam ser valorizadas – como as mães de Nini ou Carlos e Seb
em “High School Musical: The Musical: The
Series”, ou o beijo lésbico de “Lightyear”.
Em “A Streetcar Named Conspire”,
temos um diálogo MARAVILHOSO na apresentação de Cami que sugere sua bi ou
pansexualidade (já que fala sobre ela sair
com garotas também), e de uma maneira tão casual e despreocupada; também
temos a história do condutor do bonde, que fala sobre ele ter conhecido o amor
da sua vida e “tê-lo perdido para o seu irmão”; e, por fim, as bandeiras
LGBTQIA+ que estão coladas no Gril Nota Mil, na porta e na janela… ainda são
pequenas representações, sim, mas estão ali e eu estou disposto a celebrá-las.
Afinal de contas, eu fiquei muito feliz as
percebendo.
“She only dates the coolest guys”
“And girls. I don’t like to use labels, but they have
a name for people like that. Popular”
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Luz
Obs: A visão do Booker serve para desenvolver um arco entre ele e Cami. Acho que é a primeira vez, que colocam uma visão de um episódio futuro.
ResponderExcluirMas, Raven poderia ter tido uma visão sobre Booker ficar na cidade ou coisa do tipo.
Diferente de você, estou amando a Alice e talvez você comece a gostar dela mais no próximo episódio que mostra a interação dela com Raven.
Spoiler: ALANA! PASSOS DAS "CHEETAH GIRLS"!