Rebelde 2x02 – Ser o Parecer

Queimando demônios.

Olha que um cover de “Ser o Parecer”, como sugeria o título do episódio, teria “salvado” esse episódio, nem que fosse apelando para a nostalgia que as músicas da RBD causam em todo fã de “Rebelde”. Ainda é o segundo episódio, mas tendo em vista que é uma temporada de apenas oito, acho preocupante que a série esteja tão “perdida” quanto aparentemente está: os personagens parecem sem propósito, não dá para entender direito qual é a trama da temporada, algumas coisas são realmente vergonhosas (como as meninas caindo em cima do Esteban, sendo que acho que ninguém gosta do Esteban!), e o pouco que pode “salvar” a temporada é a história de Luka e Okane, que está apenas começando… não acho que virá lá grande coisa desse plot não, na verdade, porque minhas expectativas para “Rebelde” estão baixíssimas, mas é o pouco que talvez me interesse.

Ou deveria me interessar pela Jana sofrendo por ter terminado com Esteban?!

Francamente…

Gus, o novo diretor da parte musical do EWS, continua com suas ideias estapafúrdias, e colocando as garrinhas de fora – ele é um personagem marcado pela crueldade, o que não se pode dizer que não seja realista, tendo em vista que ele é professor e produtor musical, e sabemos que existem pessoas bem cruéis em ambas as profissões… ainda assim, ele inventa um “exercício” no qual os estudantes são convidados a vasculharem o passado em busca de objetos que representem segredos, fraquezas, traumas, problemas… demônios que serão queimados na fogueira em uma espécie de “ritual”, e que, naturalmente, rendem alguns problemas entre os estudantes. Senti de verdade pelo Dixon, que estava apenas mostrando resistência de uma maneira até que bem respeitosa (!), mas que acaba sendo alvo da fúria de Gus e é suspendido por nada.

Como é fácil suspender e expulsar alunos do EWS agora.

Uma das principais tramas do episódio fica para Andi e Emília – e talvez o romance das duas tenha chegado ao fim, para a decepção e tristeza de uma grande parcela dos fãs de “Rebelde”. Com medo de ter que voltar para o Brasil, já que está prestes a se formar no EWS e o seu visto vai expirar se ela não conseguir um trabalho antes que isso aconteça, Emília rouba uma canção de Andi para mostrar para Gus, quando o seu cover de “Dona de Mim” não impressiona… e, sobre não impressionar, devo dizer que esse início de temporada está deixando a desejar nas canções, e é a parte musical que pode “salvar” essa série ou ao menos nos distrair e dar algo pelo qual esperamos… de todo modo, Andi descobre que Emília roubou a canção e, eventualmente, a expõe na frente de todos no exercício de Gus – e isso faz com que Emília seja expulsa.

Ambas erraram nessa história toda. Adolescentes.

Luka Colucci, por sua vez, está “em uma nova fase” – seria interessante ver a queda de Luka em paralelo à ascensão de Esteban se gostássemos de Esteban… solteiro e agora um Colucci, Esteban está chamando atenção e tendo atitudes babacas, enquanto Luka, de alguma maneira, mostra potencial de se tornar uma pessoa “melhor”. Naturalmente, é um processo que vai levar tempo. Luka está vendendo roupas e acessórios em busca de dinheiro, e ganha a ajuda de Ilse, e, aos poucos, vai chamando a atenção de Okane em uma série de cenas que culminam nos dois sentados juntos do lado de fora da escola no fim do episódio, fumando algo e conversando. Estou curioso para assistir à evolução daquele diálogo “Você vai me beijar?” “Nem que me pagassem”, porque sei que Luka disse aquilo da boca para fora… por enquanto, é o que eu quero ver nessa temporada.

Afinal de contas, qual é o roteiro dessa temporada? Qual o fio condutor?

Ainda não sei dizer. Não sei se tem algum.

 

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