Rebelde 2x03 – Let’s Duet!
“Te Perdí” arrasou!
Durante a
primeira temporada de “Rebelde”, eu
reclamei algumas vezes a respeito de como tudo parecia girar em torno do
Concurso de Bandas e sobrava pouco tempo para outras histórias (em comparação à
novela de 2004, que, como novela, tinha tempo o suficiente para se dedicar
bastante à música e, em paralelo, conseguia transmitir a sensação de que
estávamos mesmo em uma escola e que aqueles adolescentes tinham outros
problemas além do que iam cantar na
próxima apresentação) e, ironicamente, agora eu venho dizer que AS MÚSICAS
SALVARAM O EPISÓDIO. A segunda temporada de “Rebelde”
está bastante fraca, os personagens parecem desinteressantes
e o roteiro raso, e quando o episódio se transformou em uma longa apresentação cheia de música, eu me diverti… confiante
para o restante da temporada? Não, continuo não estando.
Gus, o novo
diretor do Programa de Excelência Musical do EWS, propõe uma nova atividade na
qual os estudantes terão que fazer uma
apresentação musical em dupla no fim da semana – algo que Dixon questiona
de maneira inteligente (apesar de Gus achar que tudo é uma afronta), perguntando qual o propósito do exercício, já
que Gus assumiu o MEP falando justamente sobre como o que fazia sucesso eram artistas solos… durante o episódio, no
entanto, vamos entendendo aos poucos o interesse de Gus: ele está ali para desestabilizar jovens que já têm tudo
para não estarem muito bem. A pressão
exagerada, as aulas e exercícios tóxicos e, agora, a “união” com alguém com
quem eles claramente não se dão bem,
deixando todo mundo em um estado de nervos alarmante no qual eles aceitam as
drogas que estão sendo distribuídas por Okane.
É um plano
perverso.
Com esse
objetivo, as duplas escolhidas por Gus são justamente aquelas que mais podem gerar problemas. Jana é
colocada com MJ, por exemplo, e as duas estão em uma briga infantil desde o
início da temporada, supostamente por MJ deixou a banda e os traiu, mas não é
mais apenas por isso… Andi faz dupla com Sebas, a pessoa que ela mais detesta no EWS, e toda a questão de Andi ter
“causado” a expulsão de Emília parece pesar ainda
mais para uma relação que já era bastante conflituosa e tinha tudo para dar
errado… Okane e Luka, por sua vez, são aquela história de supostamente se
detestarem, mas eles estão flertando e escondendo pessimamente um desejo mútuo
que vai explodir, mais cedo ou mais tarde… Esteban é posto com Claudia, com
quem ele tem que resolver a questão de ter começado algo com ela e ter transado
com Ilse… Dixon fica sozinho.
As
apresentações, de modo geral, foram boas e, como eu disse, foi o que “salvou” o
episódio, embora “Let’s Duet!”
continue não sendo um grande marco. Esteban e Claudia cantam “Amárrame”, e Esteban é um personagem de
quem eu desgosto tanto que nada que
vem dele me interessa muito, sinceramente; Luka e Okane se saem bem e cantam “Yo Visto Así”, com bastante química a
ponto de a plateia ficar gritando, como o público, para que eles se beijassem;
Jana e MJ tentam cantar “Mala Santa” (que talvez funcione como
uma espécie de referência a “Santa No
Soy”, não sei), mas é um verdadeiro desastre
porque elas não conseguem lidar com as diferenças delas e fazem o maior papelão
no palco; quem surpreendeu mesmo foram Andi e Sebas, que conseguem fazer a melhor apresentação do episódio, mesmo
com todas suas diferenças, em uma adaptação de “Te Perdí” que ficou linda.
Dixon, por
sua vez, é o último a se apresentar… e devo dizer que, além das apresentações,
DIXON FOI A MELHOR PARTE DO EPISÓDIO. Eu gosto desse Dixon questionar e
revolucionário, e eu amei vê-lo abandonando
tudo o que tinha planejado ao ver a maneira como as pessoas estavam se
portando durante a sua apresentação, e ele faz um rap inspirado e improvisado que é uma forma de protesto lindíssima
e, convenhamos, que mostra todo o seu talento que Gus está tentando ignorar ou
menosprezar… isso faz com que ele seja expulso do MEP, mas era algo que já
podíamos perceber que estava por acontecer, o que não quer dizer que Dixon não
continue certo, e eu gostei de ver como isso tudo chama a atenção de Celina e
intensifica uma divergência entre ela e Gus, porque eles têm ideias muito
diferentes de como dirigir uma escola
ou o programa de música.
Vamos ver o
que sai disso tudo!
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