Smash 1x08 – The Coup

“C’mon and touch me!”

OneRepublic é sensacional, e “Touch Me” foi INCRÍVEL – deveria fazer parte do musical que Tom e Julia estão montando sobre Marilyn Monroe? Não. Mas que a música foi incrível, isso foi… “The Coup” é um episódio bem interessante de “Smash”, que traz outro momento importante da montagem de um musical: aquele momento em que tudo dá “errado”, conceitos básicos precisam ser repensados, e ninguém sabe direito para onde estão indo. É desesperador de se assistir, só imagino o quão desesperador deve ser fazer parte disso tudo e ficar esperando por notícias que não vêm. As críticas não pegaram leve com “Marilyn, the Musical” depois do workshop imperfeito do episódio anterior, e, uma semana depois, várias pessoas envolvidas com a produção estão esperando notícias, como a Ivy, o Tom e a Julia… Derek e Eileen, por sua vez, têm planos.

Ivy está arrasada – e preocupada. A incerteza do que será de “Marilyn, the Musical” a está consumindo, e, felizmente, ela tem amigos bacanas que resolvem fazer com que ela saia de dentro do seu apartamento… é hora de se distrair um pouco ao invés de ficar sentada esperando por notícias que ela nem sabe se virão. Certamente não é o primeiro workshop de que eles participam, e eles sabem que, às vezes, essas produções nem vão para frente quando o primeiro workshop não dá lá muito certo. Toda a sequência de Ivy com os amigos no boliche rendeu um ótimo momento para a série, com direito a “Dance to the Music” interpretada não apenas por Ivy, mas por uma boa parte do elenco que fica no ensemble de “Marilyn, the Musical”, e é uma cena leve e divertida que funciona muito bem… mais cedo ou mais tarde, eles terão notícias do musical.

Derek, por sua vez, chama Karen para que o “ajude” em algo: ele e Eileen estão pensando na possibilidade de fazer uma “intervenção” no show, e repensar todo o seu conceito. Para isso, eles chamam um novo compositor e pedem que Karen cante uma música nova que foi escrita para a personagem de Marilyn Monroe… mas ele diz à Karen que é de extrema importância que Tom e Julia não fiquem sabendo de nada, o que ela acha estranho – e, por isso, não tem certeza de que se sente confortável fazendo algo que parece uma traição… afinal de contas, o musical é deles, mas Karen acaba se envolvendo de qualquer maneira. Então, com a ajuda de Ryan Tedder (gente, eu AMO OneRepublic, DEMAIS!), eles montam uma nova “concepção”, dita moderna, da personagem de Marilyn, e eventualmente chamam Tom e Julia para que eles possam assistir à ideia.

Acaba sendo um desastre por vários motivos, mas eu preciso dizer: “Touch Me” é incrível, Karen estava maravilhosa (como ela sempre é!), e embora o que o Derek e a Eileen estivessem fazendo não fosse muito correto e a música e a cena não combinassem com a ideia que Tom e Julia têm para o musical sobre Marilyn Monroe, a música é, de maneira independente, MUITO BOA! Naquele momento, temos a sensação de que Karen Cartwright poderia ser uma grande cantora pop, e talvez pudesse ser um caminho para a personagem, que já chamou a atenção de um empresário famoso, e a demo de “Brighter Than the Sun” parece que continua circulando por aí e fazendo sucesso… fico um pouco triste por Karen, não vou negar, por ela ter se envolvido nisso tudo e ter se sentido péssima depois, mesmo que, inicialmente, ela tenha percebido que talvez não fosse algo tão legal com Tom e Julia.

Eileen tem a ajuda da filha para se dar conta de que o que está fazendo com pessoas que são suas amigas há anos não é lá muito legal, mas eu apresento, aqui, uma opinião possivelmente controversa: Tom e Julia precisavam, sim, de um chacoalhão. Eles são talentosos, a ideia é deles, mas eles são bastante protetores de seu trabalho e eles vão precisar se abrir para a ideia de que O MUSICAL PRECISA DE MUDANÇAS. O ideal é que sejam pensadas por eles mesmos, de maneira respeitosa ao trabalho que eles vêm realizando há semanas, mas é preciso que seja pensado. Derek e Tom têm uma cena surpreendentemente forte na qual eles discutem e informações mais detalhadas do passado deles, no qual eles eram amigos, e o motivo da briga vêm à tona, e ambos entregaram muita emoção naquele momento… foi uma cena de assistir com a respiração presa!

Porém, Derek diz algumas coisas que são verdadeiras: Marilyn Monroe não é uma fantasia, eles não podem romantizar tudo e fazer um conto de fadas… ela também era depressiva, viciada em drogas, suicida, e Tom vai ter que deixar aquele seu “mundo cor-de-rosa” e se debruçar sobre essas facetas da personagem, também, para fazer um musical sincero e que funcione. Eileen, por sua vez, também impõe algumas coisas: ela lamenta ter “traído” Tom e Julia, e pede desculpas por isso, mas algumas mudanças ela já sabe quais serão… por exemplo, eles precisam de um título para a produção que não seja simplesmente “Marilyn, the Musical”, e eles precisarão apostar em uma estrela para o papel de Marilyn, para chegar à Broadway, porque isso atrai investidores e, eventualmente, público. Senti muitíssimo por Ivy na cena em que Tom lhe conta a respeito disso.

O mundo do teatro é mesmo traiçoeiro.

 

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