The Sandman 1x03 – Chapter 3: Dream a Little Dream of Me
Johanna Constantine!
QUE EPISÓDIO
PERFEITO – E “THE SANDMAN” SÓ VAI
SEGUIR MELHORANDO! Embora eu tenha sentido falta de algumas músicas tocando
para “alertar” Constantine da chegada de Sandman (queria ter ouvido um
pouquinho de “Mr. Sandman” e da
própria “Dream a Little Dream of Me”,
que dá título ao episódio), todo o mais no episódio foi tão PERFEITO que eu
estou absolutamente encantado. Essa é uma das minhas edições favoritas no
início de “Sandman” (embora, em “Prelúdios & Noturnos”, não sei se
alguma pode de fato bater de frente com “O
Som de Suas Asas”), e a adaptação nos deixou com um delicioso gostinho de
quero mais… e foi maravilhoso demais acompanhar Jenna Coleman (por quem eu sou
apaixonado desde “Doctor Who”, com
Clara sendo minha companion favorita,
por sinal!) dando vida a Johanna Constantine! Que personagem e que atuação!
Adoro o fato
de “The Sandman” estar adaptando
edição a edição nesse início de série (embora eventualmente eles comecem a unir
algumas edições dentro de um mesmo episódio), dando tempo para que o universo
se estabeleça, para que nos conectemos com o personagem, mantendo um tom
reflexivo que é muito característico da HQ de Neil Gaiman. “Chapter 3: Dream a Little Dream of Me” começa com Hetti tentando
avisar a Johanna Constantine sobre o retorno de Sandman, alguém que Johanna
julga existir “apenas na imaginação das pessoas, como um conto de fadas”. Mas
ela está prestes a encontrá-lo pessoalmente, já que as Graças contaram a ele
que a sua algibeira esteve com Constantine – isso não quer dizer, no entanto,
que ainda esteja com ela… e, na verdade, não está, como Sonho descobre pouco
depois de encontrar Johanna.
Constantine
ganhou uma publicação própria dentro do selo “O Universo de Sandman” (assim como “Lúcifer”, “Os Livros da
Magia” e assim por diante), e unindo isso ao fato de Jenna Coleman estar
tão fascinante em seu papel, não é
nenhum espanto que as pessoas já estejam
sonhando com um spin-off da personagem… Constantine é um nome memorável e
um personagem riquíssimo que pode ser explorado em uma série de histórias como
a que inicia esse episódio: quando ela é “convidada” a realizar um exorcismo em
alguém da realeza britânica… uma princesa que está tentando se casar às
escondidas. A sequência tem um quê de macabra, mas também um quê de divertida, e o exorcismo realizado
durante uma cerimônia fingida de casamento é uma das melhores cenas do episódio. Com a presença de Sonho
tentando evitar e tudo!
Isso porque
o demônio que está sendo enviado de volta ao Inferno tenta negociar com Sonho para que ele impeça Constantine, falando sobre
como “sabe onde está o seu elmo”, mas Johanna está mais interessada em terminar
o trabalho e receber seu pagamento do que qualquer coisa… em paralelo, falando
sobre a terceira ferramenta de poder
de Sandman, também ouvimos falar muito sobre o rubi, quando Ethel vai visitar o
filho, John Dee, no hospital psiquiátrico no qual ele está preso. Gosto de como
“The Sandman” tem tempo, em formato
de série, para desenvolver essas tramas em paralelo, e Ethel e John entregam
uma série de cenas muito interessantes,
com destaque, é claro, para a reta final daquela narrativa, quando Ethel passa
ao filho o seu amuleto de proteção e ele consegue “fugir” em uma sequência
sangrenta e impressionante.
E ainda tem uma ajudinha do Coríntio, que
faz uma breve participação.
A ferramenta
de poder em destaque, no entanto, é a algibeira que esteve com Johanna
Constantine, mas que já não está mais… e Sonho precisa convencê-la a ajudá-lo.
Toda a dinâmica dos personagens funciona brilhantemente, e não apenas de Sonho
e Johanna: também foi incrível ver o Sandman aos poucos aceitando a presença e a ajuda de Matthew, o novo corvo que
Lucienne mandou para acompanhá-lo. Com Johanna, por sua vez, a dinâmica é tão
perfeita que chega a ser uma tristeza o fato de que ela não é uma personagem que vai continuar até o fim da temporada.
Embora Johanna diga que “trabalha sozinha” e até se dispõe a procurar a
algibeira de Sonho com uma ex-namorada na manhã seguinte, ele não pensa em
deixá-la em paz, então ele consegue encontrá-la através de um pesadelo
recorrente que ela tem… afinal de contas,
esse é o reino dele.
Então, os
dois partem juntos à casa de Rachel Moodie, a ex-namorada que Johanna espera
que vá bater a porta na sua cara – mas não faz isso. Johanna Constantine demora
para perceber que existe algo errado
e que o que está “vivendo” é, na verdade, um sonho, e que Rachel está em uma
situação deplorável, à beira da morte e agarrada à algibeira de Sonho, porque
aquela areia não foi pensada para humanos…
“Dream a Little Dream of Me” acaba amenizando essa sequência e a tornando
mais emotiva por completo, ao invés do bizarro e macabro desenvolvimento dessa
trama nas páginas da HQ, e isso rende belos momentos para todos os personagens:
Johanna se desculpando com Rachel por tê-la deixado com a areia e, no todo, por tê-la deixado, e Sandman tem
compaixão dela e, não podendo fazer nada para impedir a sua morte, permitindo
que ela morra dormindo e em paz…
Assim,
Johanna Constantine se despede de “The
Sandman”, mas reconhece o pouco que ele pôde fazer na morte de Rachel, e
pede que Matthew cuide de Sonho por ela… então, enquanto ela vai embora embaixo
de uma chuva forte, Sonho chama o seu nome e diz que “ela não vai mais ser
atormentada por aquele pesadelo”. SÉRIO, A DINÂMICA DESSES DOIS É MUITO
PERFEITA, QUERIA FICAR MAIS TEMPO NESSA HISTÓRIA! E, novamente, a série entrega
um episódio perfeito, que é tanto uma bela adaptação para os fãs de longa data
das HQs de Neil Gaiman, como um conto fascinante para quem está chegando à
história através da série. E agora, acolhendo sua nova dupla e tendo a
algibeira em seu poder, é hora de buscar a segunda ferramenta roubada: o elmo.
E, para isso, Sonho terá que fazer uma viagem desagradável ao Inferno.
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