The Sandman 1x08 – Chapter 8: Playing House
“Even a
Nightmare can dream, my Lord”
SANDMAN
REENCONTRA O PRIMEIRO ARCANO FUGIDO. Seguindo o arco “Casa de Bonecas”, “Playing
House” mostra Rose Walker continuando sua busca pelo irmão mais novo, Jed,
que não vê há sete anos, enquanto explora, também, alguns “poderes” que
desconhecia até então e que a conectam ao Sonhar de maneira inusitada – Rose
Walker é capaz de encontrar a sala do trono do próprio Sonho dos Perpétuos, por
exemplo, quando o escuta conversar com Lucienne sobre seu irmão… Morpheus, por
sua vez, está atento a cada passo de Rose Walker, no Sonhar e no Mundo
Desperto, porque ela é um vórtice de
sonho e pode criar e destruir mundos a seu bel prazer, talvez até sem saber
o que está fazendo. O segundo arco de “The
Sandman” se divide em vários núcleos paralelos e acompanha os personagens
por vários episódios em sequência, alterando um pouco o ritmo da série até
então.
Acompanhamos
pequenos trechos de histórias paralelas que, eventualmente, serão todas parte
de uma mesma trama… vemos Unity Kincaid sendo abordada a respeito da Doença do
Sono, da qual ela é a única sobrevivente (!), mas ela nem imagina que o suposto
“jornalista” é, na verdade, Coríntio, um pesadelo que escapou do Sonhar há anos
e está causando destruição no Mundo Desperto. Lyta, a melhor amiga de Rose, por
sua vez, está se “encontrando” com o marido morto toda noite, em seus sonhos, e
aquilo parece mais real do que um sonho deveria ser, com uma vida completa lá
dentro, uma casa que ele construiu para que eles morassem, e o convite para que
ela continue lá, com ele… inclusive,
temos a gravidez mais bizarra
possível quando Lyta engravida no sonho, porque “lá tudo é possível”, mas ela
desperta também com uma barriga imensa.
Rose lidera
a busca pelo irmão, espalhando cartazes com uma foto deles por toda a cidade,
mas é Lyta quem convence a assistente social a, pelo menos, ir até o garoto
para ter certeza de que ele está bem, porque é isso o que Rose quer saber: que seu irmão está bem. E, é claro, ele não está. Preso no porão por Clarice
e Barnaby, sofrendo todo tipo de violência física e psicológica, Jed só tem um
lugar no qual se sente seguro: num mundo
de sonhos que Gault conjurou para ele e no qual ele se refugia toda noite…
quando vemos Gault pela primeira vez, percebemos que ela não é o arcano
perigoso que Morpheus insiste que ela é, porque ela está fazendo de tudo para proteger o garoto dos abusos, o mantendo
num mundo de sonhos no qual ele é feliz, no qual ele é “o Sandman”. Quando
desperta, no entanto, Jed está em uma realidade horrível, e tememos por ele.
Angustiante
assistir às suas cenas desperto… a
sequência do bilhete me deu calafrios.
Naquela
noite, então, Rose Walker adormece para se juntar a Sandman na busca por Jed –
E QUE CENA ESPETACULAR. Eu sempre amei, na leitura de “Sandman”, a exploração dos sonhos, e vemos Rose caminhar sem
grande esforço pelos sonhos dos demais moradores da casa: Hal, Lyta, Zelda,
Ken, Barbara… Morpheus observa tudo de perto, parte fascinado, parte cauteloso,
porque sabe que o poder do vórtice é destruidor. Ao “ajudar” Rose, Morpheus tem
uma missão muito clara e egoísta em mente: ele quer que Rose o leve até Gault.
Ainda assim, ele ajuda Rose Walker a de fato encontrar seu irmão, falando sobre como os sonhos são, muitas
vezes, o lugar onde as pessoas “se sentem em casa”, e perguntando a Rose onde Jed se sentiria em casa… assim,
Rose encontra o sonho de Jed, e Gault percebe que ela vai ter que enfrentar o
verdadeiro Sandman.
Sofri muito
por Gault, confesso… apesar de ter sido criada como um pesadelo, tudo o que
Gault estava fazendo era pelo bem de Jed, porque queria salvá-lo da realidade
monstruosa na qual estava vivendo, mas Morphues é irredutível, e como ela é uma
criatura criada por ele e pertencente ao Sonhar, ele acha que aquele é seu
lugar e é para lá que ela deve voltar… de volta ao Sonhar, tendo capturado de
volta o primeiro arcano fugitivo, Sandman compartilha uma cena impactante com
Gault e Lucienne, na qual Gault fala sobre querer
ser um Sonho, e não um Pesadelo, e um tema importante de “The Sandman” é “apresentado”: a ideia de que todos podem mudar.
Morpheus não está pronto para aceitar isso ainda, mas é algo forte que fica
marcado, de alguma maneira, e é como Lucienne diz: eventualmente, até ele mesmo pode mudar.
Por ora,
Sandman condena Gault. E foi muito injusto.
O reencontro
de Rose com Jed, no mundo dos sonhos, acaba gerando resultados – mas não tão
conclusivos e felizes quanto se esperava. Morpheus só está interessado em levar
Gault de lá, portanto não dá a Rose o tempo de que ela precisa para conversar
com Jed, pouco se importando com a realidade na qual o garoto vive no Mundo
Desperto, mas a rápida e desesperadora conversa de Rose com o irmão lhe dá
algumas informações, como o nome das pessoas com quem ele está morando e um
possível lugar… então, Rose consegue localizá-lo, e precisa ir para lá
imediatamente! O problema é que Rose Walker acaba
chegando tarde demais. Quando ela chega à casa na qual Jed estava morando
nos últimos anos, ela descobre uma cena de crime: Clarice e Barnaby foram
assassinados e o garoto não está ali… ele
está longe, em um carro com ninguém menos que o Coríntio.
A vida de
Jed definitivamente não é nada fácil.
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