A Favorita – Gonzalo descobre a verdade: Parte 1

Hora de sair das sombras…

ESTAMOS CHEGANDO A UM DOS MOMENTOS MAIS ICÔNICOS DE “A FAVORITA”. João Emanuel Carneiro de fato inovou ao conceber “A Favorita”, primeiro com a dinâmica fora do convencional de não sabermos quem era a mocinha e quem era a vilã – depois, com a ascensão da vilã e todo o sofrimento da mocinha, a protagonista conseguindo se esconder e manter-se escondida durante muitos e muitos capítulos, sem que o confronto fosse direto entre Flora e Donatela. Talvez, no entanto, esteja chegando a hora de Donatela sair de seu esconderijo e confrontar a Flora de uma vez por todas, porque ela precisa ser desmascarada antes que possa fazer mal a outras pessoas… Gonzalo é o primeiro da fila, e quem começa a falar para ele que a Flora não presta é o Halley, quando ele retorna para o seu emprego na empresa da qual se demitiu depois de saber que era filho da Donatela e do Marcelo.

Gonzalo é irritante (não tanto quanto a Irene, que é insuportável), e ele assume uma posição de negação, mas também não consegue evitar ficar em dúvida. Halley é convincente ao falar com ele e acusar a Flora, e embora Gonzalo diga que “o que ele está dizendo não faz sentido”, ele fica incomodado e resolve fazer alguns testes. Primeiro, Gonzalo procura Flora para lhe dar um presente caríssimo, um colar que, segundo ele, era de Irene e um dia será de Lara; ele também dá a Flora a combinação do cofre no rancho para que ela possa guardá-lo se quiser. É evidentemente uma armadilha, mas sabemos que Flora vai cair, porque a sua ambição e seu deslumbramento são maiores do que a sua razão – vemos seus olhos brilharem com o colar, e depois ela fica se vangloriando e fazendo planos de como, naquela noite, “vai se esbaldar”: colocar o melhor vestido da Donatela e provar todas as joias da Irene que ainda serão dela.

Isso porque Gonzalo lhe disse que eles estão indo para algum lugar – com a casa vazia, Flora pode fazer o que quiser. Silveirinha é mais sensato que Flora, pede cuidado, mas Flora não está nem aí… ela não quer ouvir. Naquela noite, Gonzalo não consegue parar de pensar em tudo o que o Halley disse (como quando ele perguntou se ele acredita que Flora teria passado 18 anos presa injustamente e sairia toda boazinha e generosa daquela maneira), e acaba voltando sozinho para o rancho, e encontra Flora sem sua máscara: deslumbrada, exagerada, se achando. Com um vestido vermelho espalhafatoso de Donatela, Flora curte a sua nova joia, o cofre que agora pode abrir, e tá falando um monte de m*rda megalomaníaca quando Gonzalo chega e ouve tudo… não é uma confissão de seus crimes, mas ela fala, por exemplo, sobre “derrubar aquele mausoléu e subir uma casa como sempre sonhou”.

Pronto.

A-DO-REI ver o sorriso de Flora congelando quando ela finalmente vê o Gonzalo, e é um máximo como ela acha que “ainda consegue explicar”. Desesperada, ela tenta dizer que “está brincando de imitar a Donatela”, na maior cara-de-pau (Gonzalo pergunta se ela gosta de imitar a mulher que matou o seu filho), e Silveirinha ajuda fingindo que Flora está bêbada… não que isso vá ser o suficiente. Ainda mais frente ao que Gonzalo ainda está prestes a descobrir… Halley chama o Gonzalo para “conversar”, mas, dessa vez, ele diz que “tem alguém que quer falar com ele”, então Halley leva Gonzalo diretamente para Donatela. E EU FIQUEI TENSO O TEMPO TODO DESSE REENCONTRO. E pensar que, em algum momento do passado, Gonzalo amou Donatela como a uma filha, e a defendeu de todas as acusações que Irene, por exemplo, fez contra ela durante anos.

E, agora, ele não acredita nela.

Gonzalo passa mal, diz que foi ao seu enterro, mas quando Donatela se aproxima para ajudá-lo, Gonzalo manda ela não encostar nele “porque ela é uma assassina”, e já está louco para chamar a polícia. Donatela se arrisca demais aparecendo para Gonzalo, e embora ele não tenha gostado da Flora com a joia e de como a viu, isso ainda não é o suficiente para convencê-lo de que, mais do que ambiciosa, Flora é uma assassina. Assim como Halley falou antes, Donatela fala sobre o sequestro de Lara e como Flora planejou tudo, ele só precisa pensar para se dar conta disso: uma semana depois do sequestro, o Dodi comprou uma mansão e a Flora se mudou para o rancho como a heroína, a mártir… era tudo o que ela queria. Donatela ainda diz que a Flora fez com que a vida deles virasse um inferno desde que se mudou para o rancho… até as brigas recentes dele e de Irene têm o dedo dela.

E tem mesmo.

Mas Gonzalo não quer ouvir, não quer pensar… ele apenas diz que o que a Donatela está dizendo “é uma loucura”, e quando ele volta a passar mal (afinal de contas, há quanto tempo ele está tomando comprimidos de farinha?), Halley entra para acudi-lo, e é só nesse momento que Gonzalo processa a informação de que o Halley é seu “cúmplice” e mais pessoas a estão ajudando. Então, Seu Pedro e Zé Bob também entram, e eu fiquei com tanta raiva do Gonzalo os chamando de “quadrilha”. Sinceramente, naquele momento eu já queria parar de insistir e pular logo para a cena das carnes, do lampião e do vestido sujo de sangue… por fim, Zé Bob ainda traz o Baiano, contando que foi o Dodi e a Flora que mataram o Dr. Salvattore, mas se Gonzalo não quer acreditar, não há nada que eles possam fazer para convencê-lo… ele nega tudo.

Ri, debocha, diz que “é evidente que pagaram aquele homem para dizer isso”.

Como é cansativo falar com gente teimosa e burra.

 

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